terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Liturgia Diãria - “Não foi a carne nem o sangue”

 Reflexão do Evangelho – Mt 16,13-19 – Vocacional Oblata

Leitura (1 Pedro 5,1-4)

Leitura da primeira carta de São Pedro

Caríssimos, 1exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que será revelada: 2sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; 3não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas, antes, como modelos do rebanho. 4Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 22(23)

O Senhor é o pastor que me conduz,  não me falta coisa alguma.

O Senhor é o pastor que me conduz;  não me falta coisa alguma.  Pelos prados e campinas verdejantes,  ele me leva a descansar.  Para as águas repousantes me encaminha  e restaura as minhas forças. 

Ele me guia no caminho mais seguro,  pela honra do seu nome.  Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, /nenhum mal eu temerei.  Estais comigo com bastão e com cajado,  eles me dão a segurança! 

Preparais à minha frente uma mesa,  bem à vista do inimigo;  com óleo vós ungis minha cabeça,e o meu cálice transborda.

4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei /pelos tempos infinitos. – R.

Evangelho (Mateus 16,13-19)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Tu és Pedro, e sobre esta pedra  eu irei construir minha Igreja,  e as portas do inferno não irão derrotá-la (Mt 16,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

Palavra da salvação.

Reflexão

Celebramos hoje a festa da Cátedra de São Pedro, por ocasião da qual a Igreja repete, agora pela pena de S. Mateus, a mesma cena que meditávamos ontem, ainda que do ponto de vista de S. Marcos. Aqui, o evangelista nos conduz a Cesareia de Filipe, onde S. Pedro professa sua fé em Cristo, e este, ao ver o príncipe dos Apóstolos deixar-se iluminar pelo Espírito Santo, prorrompe de júbilo, dizendo: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu”. Porque, com efeito, como diz a Epístola aos Tessalonicenses, o homem é corpo, alma e espírito: corpo e alma, na ordem meramente natural, e espírito, quando elevado pela graça à participação da natureza divina. Os que são só corpo e alma, movem-se ora pelos apetites sensíveis, quando não cresceram ainda em virtude, ora pelo conhecimento do bem e do dever, quando começam a sair da “infância” moral e adquirem os primeiros hábitos virtuosos. Mas tudo isso é ainda muito pouco para um cristão, porque não é o sangue nem a carne, mas somente o Pai celeste que nos pode levar ao conhecimento de seu Filho encarnado, Jesus Cristo, nem há virtude natural que, sozinha, sem um dom gratuito dos céus, nos faça dignos de receber a luz da fé. 

Por isso, o fiel precisa que Deus, que lhe deu o corpo e a alma naturais, lhe dê também um espírito, isto é, uma modificação íntima operada pela graça que o torne apto para ser movido pelo Espírito Santo, o único que pode levar-nos a dizer, com aquela fé sobrenatural: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Que, por intercessão de S. Pedro, fundamento da Igreja e princípio visível da unidade da fé, Deus nos conceda o dom de sua graça e faça bem-aventuradas as nossas almas, por crerem como convém à nossa salvação e santificação diária.

 

https://padrepauloricardo.org

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