sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Liturgia Diária - A importância da cruz.

Terceiro anúncio da paixão I Leia o trecho em Lc 18, 31-34

Leitura (Tiago 2,14-24.26)

Leitura da carta de São Tiago

14Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos” e “comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? 17Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática!” Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras! 19Tu crês que há um só Deus? Fazes bem! Mas também os demônios creem isso e estremecem. 20Queres então saber, homem insensato, como a fé sem a prática é vã? 21O nosso pai Abraão foi declarado justo: não será por causa de sua prática, até a ponto de oferecer seu filho Isaac sobre o altar? 22Como estás vendo, a fé concorreu para as obras, e, graças às obras, a fé tornou-se completa. 23Foi assim que se cumpriu a Escritura que diz: “Abraão teve fé em Deus, e isso lhe foi levado em conta de justiça”, e ele foi chamado amigo de Deus. 24Estais vendo, pois, que o homem é justificado pelas obras e não simplesmente pela fé. 26Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta.

 Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 111(112)

Feliz é todo aquele  que ama com carinho a lei do Senhor Deus.

Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra,  abençoada a geração dos homens retos! 

Haverá glória e riqueza em sua casa,  e permanece para sempre o bem que fez.  Ele é correto, generoso e compassivo,  como luz brilha nas trevas para os justos. 

Feliz o homem caridoso e prestativo,  que resolve seus negócios com justiça.  Porque jamais vacilará o homem reto,  sua lembrança permanece eternamente!

Evangelho (Marcos 8,34-9,1)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer  o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

Naquele tempo, 34chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la. 36Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? 37E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras diante dessa geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com seus santos anjos”. 9,1Disse-lhes Jesus: “Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder”.

Palavra da salvação.

Reflexão

O Evangelho é, como o próprio nome indica, uma boa notícia; por isso, se ele nos exorta a abraçar a cruz e a seguir a Cristo em seu caminho de sacrifício e renúncia é porque aqui, na dor, existe de fato uma fonte de alegria e redenção, ainda que muitas vezes, devido às nossas fraquezas e às seduções do inimigo, não estejamos dispostos a reconhecê-lo. Com efeito, Deus, que é Amor (cf. 1Jo 4, 8), nos propõe em sua Boa-nova um modelo de vida que, apesar de chocar-se com os nossos desejos e expectativas mundanas, é o único que nos fará realmente bons e felizes: "Se alguém me quer seguir", diz Jesus, "renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga", quer dizer, morra para si mesmo, para o homem velho que, por seu apego desordenado às criaturas, nos esvazia de nossas mais preciosas energias para amar e servir a Deus na pessoa de nossos irmãos. 

Renunciar, pois, a si mesmo e fazer morrer ao egoísta que vive dentro de nós é condição necessária para que vivamos, em plenitude, a própria vida divina do nosso Redentor. Roguemos hoje a Cristo que nos dê, pelas mãos de Maria Santíssima, Virgem Dolorosa, a alegria de sermos contrariados em nosso comodismo e egoísmo, a fim de, morrendo para o que nos mata, vivermos para Aquele que nos veio trazer vida, e vida em abundância (cf. Jo 10, 10).

 

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