Início da carta de São Tiago
1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma. 5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos. 9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios.
Palavra do Senhor.
Responsório (Sl 118)
— Venha a mim o vosso amor e viverei.
— Venha a mim o vosso amor e viverei.
— Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei!
— Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!
— Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!
— A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.
— Sei que os vossos julgamentos são corretos e com justiça me provastes, ó Senhor!
— Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, /ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos
Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.
Palavra da salvação.
Reflexão
A tentação em que os fariseus põem hoje a Jesus Cristo corresponde a uma
atitude que nós muitas vezes adotamos em nosso trato com o Senhor: do
mesmo modo como aqueles hipócritas pediam dEle, como de um "mago" e
solucionador mágico de problemas, sinais e prodígios fabulosos, assim
também nós, ao invés de vermos nEle o nosso Rei e Senhor, O tratamos
como a um servo sempre à disposição para satisfazer os nossos caprichos;
é como se no fundo da alma estivéssemos a dizer-Lhe: "Faça-se a minha
vontade, assim na terra como no céu", numa drástica inversão, de sabor
claramente pagão, da ordem que deve reinar em nosso relacionamento com Aquele que nos criou para si.
O Evangelho desta segunda-feira nos convida, assim, a examinar nossa
consciência e a perguntar, diante do Senhor Sacramentado, como tem sido
nossa vida de oração. Acaso podemos dizer com Ele: "O meu alimento é
fazer a vontade dAquele que me enviou e cumprir a sua obra" (Jo
4, 34)? Qual será a reação de Cristo aos pedidos que frequentemente Lhe
fazemos? Estará alegre por ver-nos dispostos a aceitar tudo quanto o
Pai quiser enviar-nos ou, pelo contrário, desalentado — suspirando e
gemendo — devido às nossas petições esdrúxulas, mesquinhas, insensatas,
sinais de um coração egoísta, acomodado, pagão? Aproximemo-nos hoje
confiadamente de Jesus e Lhe supliquemos que nos faça querer só e tão
somente realizar a sua santíssima, justíssima e amabilíssima vontade.
https://padrepauloricardo.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário