Leitura da profecia de Malaquias.
3 1 Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E
imediatamente virá ao seu templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança
que desejais. Ei-lo que vem - diz o Senhor dos exércitos. 2 Quem estará
seguro no dia de sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer?
Porque ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. 3
Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de
Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então eles serão
para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm. 4 E a
oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias
antigos, como nos anos de outrora.
Palavra do Senhor.
O rei da glória é o Senhor onipotente!
“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o rei da glória possa entrar!”
Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?”
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente,
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”
“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o rei da glória possa entrar!”
Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?”
“O rei da glória é o Senhor onipotente,
o rei da glória é o Senhor Deus do universo.”
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor, 23conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos -, como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.] 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
Palavra da salvação.
Reflexão
Hoje, quarenta dias depois do Natal, festejamos a Apresentação de Nosso Senhor no Templo de Jerusalém. Ao celebrarmos essa festa, fazemos memória daquele momento em que a Virgem SS. e o bem-aventurado José, cumprido o prazo estabelecido pela Lei de Moisés, levaram o Menino Jesus à Cidade Santa para lá o consagrarem a Deus. À imitação da Sagrada Família, também nós, de velas nas mãos, nos dirigimos hoje ao templo de Deus, que são as nossas igrejas, para lá, em união com o sacerdote, oferecermos ao Pai o Cristo que se nos ofereceu a nós. Mas, se na vigília da Páscoa as velas simbolizam o Cristo ressuscitado, aqui elas representam a inocência luminosa do Menino Deus: a cera é o seu corpo virginal e puro, formada pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe; o pavio é a sua alma santíssima e guarnecida de todos os tesouros da graça; e a chama é a sua divindade, eterna e onipotente. Eis o dom preciosíssimo que no dia de hoje Maria SS. e S. José levam ao Templo como primícia única de seu castíssima e virginal união. Por outro lado, a profecia do justo Simeão nos ajuda a recordar que essa festa aponta ao mesmo tempo para duas noites e duas outras celebrações: de um lado, a noite santa do Natal, porque Jesus é “luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”; de outro, a noite santa de Páscoa, porque Cristo “será um sinal de contradição”, imolado na cruz — blasfêmia para os judeus, loucura para os gentios — e, por sua dolorosíssima Paixão, causa de muitas angústias para o Coração de sua Mãe: “Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. Também nós, nesta festa que complementa os mistérios da divina infância de Cristo e anuncia, de alguma forma, o mistério do Calvário, nos apresentemos a Deus, oferecendo-nos e sacrificando-nos a Ele em desagravo dos nossos pecados, sempre por meio de seu Filho encarnado e pelas mãos de Maria SS. reparadora.
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