quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Liturgia Diária - Fé e sacrifício.

 Marcos 8, 27-33: Tú eres el Mesías. – Boosco.org

Leitura (Tiago 2,1-9)

Leitura da carta de São Tiago

1Meus irmãos, a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida e também um pobre, com sua roupa surrada, 3e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: “Vem sentar-te aqui, à vontade”, enquanto dizeis ao pobre: “Fica aí, de pé”, ou então: “Senta-te aqui no chão, aos meus pés” – 4não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tornastes juízes com critérios injustos? 5Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6Mas vós desprezais o pobre! Ora, não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? 7Não são eles que blasfemam contra o nome sublime invocado sobre vós? 8Entretanto, se cumpris a lei régia, conforme a Escritura: Amai vosso próximo como a vós mesmo, estais agindo bem. 9Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e a Lei vos acusa como transgressores.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 33(34)

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,  seu louvor estará sempre em minha boca.  Minha alma se gloria no Senhor;  que ouçam os humildes e se alegrem! 

 Comigo engrandecei ao Senhor Deus,  exaltemos todos juntos o seu nome!  Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, / e de todos os temores me livrou. 

 Contemplai a sua face e alegrai-vos,  e vosso rosto não se cubra de vergonha!  Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,  e o Senhor o libertou de toda angústia.

Evangelho (Marcos 8,27-33)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; / só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”. 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.

Palavra da salvação.

Reflexão

O Evangelho de São Marcos, que constitui um testemunho fidelíssimo do ensinamento de São Pedro, tem como eixo central justamente a profissão de fé do príncipe dos Apóstolos: "E vós, quem dizeis que eu sou?", perguntou-lhes Jesus, e Pedro respondeu: "Tu és o Messias". Embora sincera e dom do Pai, esta fé de Simão não é ainda aquela fé madura e radiante que o fará capaz, anos mais tarde, de sacrificar-se por Cristo, morrendo a mesma morte que Ele, por amor a nós, desejou morrer. Aqui, vemos a Pedro reconhecer, sim, em Jesus o Messias de Israel, mas ainda sem compreender a fundo a caminho de cruz e humilhação que o Servo Sofredor — como já fora anunciado por Isaías — havia de percorrer. Por isso o Senhor o repreende, por querer ele seguir um Cristo sem cruz, conforme uma religiosidade "analgésica" e "triunfalista", reduzida aos horizontes do egoísmo humano. Que aquelas duras e verdadeiras palavras do Senhor — "Vai para longe de mim, Satanás!" — as sintamos hoje como dirigidas particularmente a nós, que, embora professemos a Cristo com os lábios, muitas vezes nos negamos a seguir a via em que Ele deseja ser acompanhado: "Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16, 24). Peçamos, pois, à nossa Mãe Dolorosa que, juntamente com o dom de uma fé mais madura, nos dê a graça de entender o quão suave é sofrer por Aquele que tudo suportou por nós.

 

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