terça-feira, 11 de outubro de 2011

LITURGIA DIÁRIA - JESUS, OS FARISEUS E OS MESTRES DA LEI.


Primeira Leitura: Romanos 1, 16-25
XXVII SEMANA COMUM*
(verde - ofício do dia)

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos Irmãos - 16Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. 17Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé (Hab 2,4). 18A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade. 19Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o lêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência. 20Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar. 21Porque, conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato. 22Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos. 23Mudaram a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis. 24Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. 25Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém! - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(18)
REFRÃO: Os céus proclamam a glória do Senhor!
1. Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete. - R.
2. Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz; aí armou Deus para o sol uma tenda. - R.
Evangelho: Lucas 11, 37-41

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 37Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. 38Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. 39Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! 40Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? 41Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. - Palavra da salvação.
catolicanet.com


Homilia - Pe Bantu

Os evangelistas com frequência usam um estilo literário resumido e próprio para exprimir as ações e as mensagens de Jesus. Lucas é o único evangelista a mencionar refeições de Jesus na casa de fariseus. Nesta narrativa de hoje, por ocasião do jantar de Jesus, temos uma introdução a uma série de advertências à doutrina dos fariseus, com sucessivos "ais", que se seguirão.

O que deflagra as sucessivas advertências de Jesus é a crítica que fazem sobre
sua inobservância em relação à purificação ritual dos pratos e talheres antes da refeição. Jesus em sua réplica transfere esta questão particular para a questão mais ampla da própria religião dos fariseus: preocupam-se com a pureza externa, que fica nas aparências, mas não são zelosos no essencial que é o interior da pessoa, suas intenções e desejos. Está em foco não cada fariseu individualmente, mas sua própria religião.

A impureza interior dos fariseus consiste na avareza e cobiça, que leva à prática do roubo e maldades. Em sua experiência religiosa, preocupavam-se apenas com minúcias e aparências, ignorando a justiça e o amor de Deus, que são essenciais. Chega-se à verdadeira religião pela pureza interior, que consiste em abandonar a avareza e a cobiça, doando-se e partilhando com os empobrecidos e excluídos.

A partir deste texto chegamos à conclusão de que a Deus não interessa as purificações externas rituais. Estas foram criadas para dar boa consciência aos líderes religiosos. O que agrada a Deus é um coração puro, libertado das ambições e maldades, que transborda em atos concretos de amor aos irmãos. A última frase é de difícil interpretação. Mas percebe-se seu sentido. É a prática da partilha, ou seja, da esmola que leva à pureza de todo seu ser.
Por isso, comigo e juntos dirijamos ao Pai do Céu a nossa oração: Ó Pai purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.

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