Mateus 11, 20-24
Naquele tempo, 20Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se: 21Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza. 22Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós! 23E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia. 24Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!
Betsaida era uma das cidades que entristeceram Jesus. Porque a pesar de ter sido a terra natal de Pedro, André e Felipe, de ter sido o lugar onde Jesus fez a maior parte dos milagres, Corozim e Betsaida eram cidades totalmente corrompidas, incrédulas e interesseiras. Mas que lições podemos tirar de toda esta situação em Betsaida?
Primeiro se não vigiarmos, a nossa convivência com um ambiente corrompido em que vivemos ele nos corromperá. Quantos homens bons e honestos se corrompem ao entrar na política? Quantos jovens crentes não mudam suas atitudes cristãs ao entrarem na universidade? Quantos homens e mulheres cristãos não mudam suas aparências e seus atos ao entrarem em certos empregos ou quando sobem seu poder aquisitivo? Quantos servos de Deus, comprometidos com o evangelho têm esfriado, ou têm deixado Jesus porque assimilaram a corrupção do mundo, o pecado do mundo? Assimilaram os prazeres do mundo.
A segunda lição que aprendemos com Betsaida é que: a nossa indiferença poderá nos excluir do reino de Deus.
Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. 22- Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. Tiro e Sidom eram cidades pagãs da Fenícia – atual Líbano, cidades que não viram os milagres e tudo o que Jesus fez. Portanto, presumi-se que por ignorância agiam e praticavam a maldade. Que o diz é o Próprio Jesus: Porque, se os milagres que foram feitos aí tivessem sido feitos na cidade de Sodoma, ela existiria até hoje. Pois eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que de você, Cafarnaum.
Mas não. Betsaida era indiferente com o poder de Deus. Era uma cidade mergulhada no mundanismo. Betsaida de hoje somos nós, sou eu és tu quando somos indiferentes. Deus falando conosco e nós conversando outros ou com o pensamento longe! E às vezes dentro da própria Igreja ou na celebração litúrgica; Somos indiferentes quando sabemos da necessidade do irmão e não damos a mínima atenção; Somos indiferentes quando não andamos no caminho estreito, preferindo agir conforme a nossa vontade; Somos indiferentes quando achamos que Jesus irá tardar em voltar e que teremos muito tempo para desfrutar os prazeres da vida; Somos indiferentes quando conhecemos a Palavra de Deus, sabemos o que é do seu agrado e o que não é, conhecemos as profecias e relegamos tudo isso para o terceiro plano.
A nossa indiferença com Jesus poderá nos custar o preço de Corazim e Cafarnaum ou o preço das virgens néscias (Mt25,1-13). O preço de ser deixados para trás. Quantos não vêm para Jesus por causa de problemas com os filhos ou com os pais? Muitas vezes é a perda trágica de um parente que nos faz sair da aldeia e buscar Jesus. Vivemos no nosso mundo egoísta, na nossa aldeia, no nosso conformismo, na nossa preguiça espiritual e muitas vezes não deixamos Jesus entrar nela. Colocamos muitas vezes nossos negócios, nossos alvos na frente de Jesus e não o reino de Deus em primeiro lugar. Muitas vezes estamos (ou pensamos que estamos) presos a religiões, culturas, idéias, traumas antigos, conceitos e preconceitos. E então, Jesus dirigindo-se à nós diz: Ai de ti Corazim! Ai de ti Betsaida!
Pe. Bantu-CN
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