Nosso país, hoje, é como um
paciente que está passando por uma grave cirurgia. No entanto, não é hora de
apavorarmos…
O nosso país está vivendo uma situação de
grande turbulência, tanto política, quanto social, educacional e
financeira. Vimos no ano passado o povo saindo às ruas reivindicando
mudanças no sentido de que se pusesse fim a corrupção e aos desmandos
governamentais em todos os níveis. Foi uma boa coisa que aconteceu para o
país; funcionou como uma mola propulsora que movimentou as forças vivas
da nação e exigiu de pessoas de bem uma ação em favor da honestidade
pública.
Esta grave crise que o país atravessa,
evidentemente foi fruto de um longo período de corrupção instalada de
maneira quase institucional em todos os níveis de poder da nação. Por
outro lado, as finanças do país foram ao fundo do poço, a inflação
disparou junto com o desemprego e a alta dos juros. E o povo percebeu a
gravidade da crise.
Agora podemos acompanhar pelos
noticiários a gravíssima situação nos presídios devido as facções que
neles agem promovendo verdadeira carnificina entre elas. Parece que o
país está em chamas e vai explodir. Tudo isso foi cultivado há muitos
anos, com muito descaso, incompetência e negligência com os presídios e
presidiários. Não chega a ser surpresa o que hoje ocorre. Vimos o que
aconteceu no Carandiru há dez anos. Não houve providências cabíveis para
resolver o problema anunciado. Os presídios sempre foram uma bomba
relógio sem hora para explodir. Aconteceu! A destruição da família, a
falta de Deus e de boa educação para a juventude, geraram tudo isso.
Mas o país não vai explodir não. Nosso
país está sendo passado a limpo, e isso vai levar tempo. E o mais
importante, estamos vivendo tudo com respaldo e respeito à ordem
democrática e constitucional. Ainda que nem todos concordem com as
decisões do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, estamos
vivendo em pleno Estado de Direito que garante a democracia.
O povo foi para as ruas e exigiu
mudanças, e os homens e mulheres de bem começaram a agir. A operação
Lava-jato já colocou muitos empresários e políticos, corruptos ou
corruptores, na cadeia e vai colocar mais ainda. É uma questão de tempo.
Nunca se tinha visto isso na história do Brasil. É uma grande
esperança.
Apesar de toda esta turbulência, vejo com
otimismo o que está acontecendo em nosso país. Os males estão vindo à
tona com efervescência. Podemos dizer que agora está aparecendo a
sujeira escondida em baixo do tapete. O povo acordou, está participando e
cobrando soluções por uma forte pressão através da mídia, sobretudo
pela internet, apoiando as medidas necessárias contra a corrupção,
contra o desemprego, contra os juros altos, contra a péssima educação
secundária pública, e cobrando as reformas imprescindíveis que o Brasil
precisa no campo do trabalho, da educação, do sistema político, etc..
É bom que tudo isso seja público e
notório; senão os males ficam ocultos e jamais serão eliminados. Parece
que se abriram, de uma vez só, todas as portas das mazelas cultivadas
durante anos. No entanto é uma oportunidade para que elas enfrentadas e
vencidas.
O Brasil hoje é como um paciente que está
passando por uma grave cirurgia, indispensável. Cabe a nós rezar para
que Deus ilumine, proteja os seus cirurgiões, e para
que tudo corra bem e recebamos do Céu a nossa tão esperada cura. Não é
hora de apavorarmos, é hora de rezar pela nossa querida pátria, tão bela
e tão rica.
Este será um ano de graças para o Brasil.
Um Ano Mariano, sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, que traz no
seu mando a nossa bandeira. Ela vai cuidar do Brasil, porque foi
declarada pelo Papa e pelo Presidente do Brasil, em 1930, Rainha e
Padroeira do país. Não é um título honorífico, é uma missão que Deus lhe
deu. O que o Papa liga na terra, Deus liga no céu. Maria sabe disso e
tem o poder de Deus para agir. Confiemos e rezemos muito neste ano pelo
nosso Brasil.
Prof. Felipe Aquino
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