segunda-feira, 21 de novembro de 2016

LITURGIA DIÁRIA - MÃE E IRMÃOS DE JESUS

 Resultado de imagem para Mateus 12,46-50
1a Leitura - Zacarias 2,14-17
Leitura da profecia de Zacarias
2 14 Solta gritos de alegria, regozija-te, filha de Sião. Eis que venho residir no meio de ti - oráculo do Senhor.
15 Naquele dia se achegarão muitas nações ao Senhor, e se tornarão o meu povo: habitarei no meio de ti, e saberás que fui enviado a ti pelo Senhor dos exércitos.
16 O Senhor possuirá Judá como seu domínio, e Jerusalém será de novo (sua cidade) escolhida.
17 Toda criatura esteja em silêncio diante do Senhor: ei-lo que surge de sua santa morada.
Palavra do Senhor.


Salmo - Lc 1
O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

A minha alma engrandece o Senhor,
e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador.

Pois ele viu a pequenez de sua serva,
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez por mim maravilhas
e santo é o seu nome!

Seu amor, de geração em geração,
chega a todos os que o respeitam.
Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos.

Derrubou os poderosos de seus tronos
e os humildes exaltou.
De bens saciou os famintos
e despediu, em nada, os ricos.

Acolheu Israel, seu servidor,
fiel ao seu amor,
como havia prometido aos nossos pais
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

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Evangelho - Mateus 12,46-50
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
12 46 Jesus falava ainda à multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar.
47 Disse-lhe alguém: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te”.
48 Jesus respondeu-lhe: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
49 E, apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos.
50 Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Palavra da Salvação.

Reflexão

Neste Evangelho, sem desmerecer a família e muito menos a sua família, Jesus nos apresenta uma dimensão belíssima da Igreja: ela é a Família de Deus, a Família de Jesus. E isso de verdade, não apenas símbolo ou figura de linguagem. A Igreja é a nossa segunda família e, na falta da família carnal, ela torna-se a nossa primeira família.
A mãe e os “irmãos” de Jesus chegaram e queriam falar com ele. Não era fácil. Tiveram de ficar lá fora, porque a multidão enchia o local. Quando o avisaram, Jesus lançou no ar uma pergunta: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Essa afirmação não diminui nem exclui Maria, pois ela cumpria sempre a vontade de Deus, como Jesus bem sabia.
Mas, sem dúvida, a resposta de Cristo à sua própria pergunta relativiza os vínculos familiares na perspectiva do Reino de Deus, que tem a primazia absoluta e cujo eixo central é a vontade divina. Um pouco antes, Jesus havia dito que quem quiser segui-lo, devia renunciar pai, mãe, irmãos... De fato, todo discípulo ou discípula de Jesus terá de experimentar pessoalmente, e mais de uma vez, a dor da renúncia à família. Mas Jesus prometeu: ganhará cem vezes mais pais, mães, irmãos, irmãs e tudo o mais que renunciar.
Para nós, a prioridade do Reino de Deus é absoluta, e esse Reino se concretiza em fazer a vontade de Deus. Se a cumprirmos, espera-nos no Céu uma vida em família e não apenas como hóspedes da casa de Deus.
Nós queremos ser dignos filhos do Pai que temos, que é Deus Pai, do irmão que temos, que é Jesus, e da mãe que temos, que é Maria.
“Vós sois lavoura de Deus” (1Cor 3,9). Entre as várias figuras usadas na Bíblia para nos explicar o que é Igreja, está esta: a Igreja é a lavoura de Deus.
Imagine uma lavoura cheia de pragas: tiririca, caruru, carrapicho... Essas ervas daninham crescem mais rápido que a plantação e a matam, ou fazem com que produza menos e grãos de menor qualidade.
As pragas são aqueles cristãos e cristãs que estão dentro da Igreja e dão maus exemplos, levando uma vida errada, de pecado, vícios... Isso atrapalha e prejudica toda a Comunidade.
Aqui está a explicação por que algumas Comunidades cristãs produzem tão pouco e dão pouco testemunho. São os maus cristãos que estão no meio dela e prejudicam o crescimento de toda a Comunidade. Isto se observa não só a nível de Comunidade, mas de todos os grupos cristãos. Uma maçã podre na cesta, apodrece todas as outras.
Jesus jogou tudo na Igreja, elevando-a a sua família. Que nós correspondamos a esse presente que ele nos deu.
O Papa Pio XII gostava de fazer palestras num grande auditório que existe no Vaticano. Ele falava para casais, para jovens e para profissionais das diversas áreas. Um dia, ele estava falando para casais e namorados juntos. Observando a platéia, ele viu que os namorados estavam juntinhos, de braços dados e com muito carinho um com o outro. Já os casais era um pra lá e outro pra cá, sem nenhuma demonstração de amor e carinho.
Então o Papa ficou triste e desabafou dizendo: “Gente, o sacramento do matrimônio une ou separa as pessoas? Eu vejo aqui que aqueles que não receberam o sacramento estão unidos, ao passo que os que o receberam estão desunidos!” E Pio XII fez um apelo: “Vamos provar para os filhos e para o mundo que o sacramento do matrimônio os uniu, e não tenham vergonha de mostrar publicamente que se amam!” Claro que o sacramento é uma graça que traz a união e um amor maior. O problema é que nem sempre colaboramos com a graça!
O mesmo podemos dizer em relação aos outros sacramentos e à toda a Igreja. Compensa ser terreno bom e plantas viçosas nesta lavoura de Deus. 
Maria é a flor mais bela da Igreja. Ela enfeita, alegra e perfuma a Comunidade cristã. Mãe da Igreja, rogai por nós!
 
 
 
 
Pe Queiroz

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