Ato
solene foi celebrado pelos bispos no Santuário da Divina Misericórdia,
em Cracóvia, e contou com a presença do presidente da Polônia, Andrzej
Duda.
Em cerimônia realizada no Santuário da Divina Misericórdia, em
Cracóvia, os bispos católicos da Polônia fizeram, na presença do
presidente do país e de inúmeros peregrinos, a entronização de Jesus
Cristo como Rei da Polônia. O ato público aconteceu durante a Missa do
último sábado, dia 19 de novembro, e reuniu do lado de fora do templo
cerca de 6 mil fiéis. O mesmo rito foi repetido no dia seguinte,
domingo, em catedrais e paróquias de toda a Polônia.
Não é a primeira vez que os bispos poloneses proclamam oficialmente o
reinado de Nosso Senhor em seu país. As últimas cerimônias aconteceram
em Jasna Góra, em 1997, e em Sagiewnikim, no ano 2000. Que um rito
solene como esse conte com a participação de um chefe de Estado, no
entanto, é um fato inédito para a Polônia. O presidente Andrzej Duda,
católico convicto, participou de toda a Missa acompanhado por sua mãe e
por alguns ministros de seu governo.
Foto: Eliza Bartkiewicz/episkopat.pl
"A razão providencial e mais próxima para esse ato deve ser encontrada
nas revelações supostamente recebidas pela serva de Deus Rosalia
Zelkova",
explica o padre Paul McDonald.
"De acordo com ela, o Senhor pediu para ser devidamente entronizado
como Rei da nação polonesa, de um modo especial e não apenas nos
corações dos polacos. Isso salvaria a Polônia da próxima guerra que
viria".
À parte essa revelação privada, no entanto, também o Magistério da Igreja tem um ensinamento bem claro
a respeito da soberania de Cristo sobre os povos. Uma das manifestações mais importantes nesse sentido é a Carta Encíclica Quas Primas, escrita pelo Papa Pio XI e publicada em 11 de dezembro de 1925. Nela é possível ler frases como as seguintes:
" Não recusem os chefes das nações prestar testemunho público de reverência e de obediência ao império de Cristo junto com seus povos, se quiserem, com a incolumidade do seu poder, o incremento e o progresso da pátria."
" Se os homens, pública e privadamente, reconhecem o poder soberano de Cristo, necessariamente virão benefícios incríveis à inteira sociedade humana, como liberdade justa, tranquilidade e disciplina, paz e concórdia. A dignidade régia de nosso Senhor, como de alguma maneira torna sagrada a autoridade humana dos príncipes e dos chefes de Estado, assim enobrece os deveres dos cidadãos e a sua obediência."
"O dever de venerar publicamente Cristo e de lhe obedecer diz respeito não somente aos particulares, mas também aos magistrados e governantes."
Isso significa dizer que
Nosso Senhor deve reinar sobre os corações,
mas também sobre toda a sociedade. Se somos realmente diferentes dos
animais; se possuímos de fato uma alma, para além de nosso organismo
físico, rejeitar publicamente a religião significaria deformar a própria
natureza humana, chamada que é a amar a Deus com todo o seu ser, tanto
individualmente quanto em conjunto. A mídia e a classe intelectual vêem
com maus olhos ações desse tipo porque já foram contaminadas pelo vírus
do "laicismo". Esquecidas do verdadeiro significado da expressão "Estado
laico" — que consiste na justa e sadia separação entre a esfera civil e
a espiritual —, o que elas querem, na verdade, é um "Estado ateu", que
não faça menção alguma do nome de Deus, desprezando com isso a própria
razão, e ignore completamente a religião de seus súditos,
transformando-se assim numa verdadeira tirania.
De fato, as tragédias do século XX — que Papas como Pio XI fizeram
questão de denunciar — mostram que o silêncio a respeito do Criador
conduz fatalmente à divinização das criaturas, àquilo que os antigos
chamavam de "idolatria". Não é que as pessoas deixem de acreditar em
Deus; o que elas fazem é substituir o verdadeiro por
deuses falsos: o Estado, o dinheiro, o sexo, a fama etc.
Considerando tudo isso, reconhecer Cristo como Rei significa, ao mesmo
tempo, um grande "não", especialmente por parte das autoridades civis.
Com isso, elas estão declarando: "Não, não vamos tomar o lugar de Deus";
"Não vamos aprovar leis que contrariem a realidade das coisas, tal como
foram criadas por Deus"; "
Não vamos construir outra Torre de Babel com os nossos atos de governo";
"Não vamos incentivar a destruição da natureza humana leis iníquas".
Para o bem de todos os homens, portanto, que se repita em muitos outros
lugares, em todo o mundo!, essa consagração realizada na Polônia. E que viva Cristo Rey!
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
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