terça-feira, 25 de outubro de 2011

RESPOSTA ÀS AFIRMAÇÕES DE UMA TESTEMUNHA DE JEOVÁ.



Enviado por Joana(nome fictício)

Religião: Testemunha de Jeová

Estado: MG – Minas Gerais
 
MENSAGEM 1 - Bom, na minha opinião não se deve dizer algo do qual não se tenha total certeza. Li no seu site que testemunhas de Jeová não crêm em Jesus como salvador e que são uma ceita. A verdade é que você (que falou essa MENTIRA) está TOTALMENTE ERRADO sobre nós. CREMOS que JESUS é o nosso salvador, e ele foi enviado por nosso Deus e Maravilhoso pai JEOVÁ para morrer por nós e pagar pelos pecados que nós cometemos. Se não fosse por JESUS não teríamos conhecimento nem esperança da VIDA ETERNA. Nós também não somos uma ceita como você disse. Somos apenas praticantes da BÍBLIA ( a palavra de Deus), estudamos a bíblia; fazemos uso de seus ensinamentos e orientações e ensinamos a outras pessoas o que nos é ensinado através da bíblia. Não somos hereges como VOCÊ disse, apenas fazemos a vontade do nosso Deus e amoroso pai JEOVÁ, fazendo o possível para seguir o exemplo deixado por JESUS CRISTO, NOSSO SALVADOR E REI. Então POR FAVOR, PARE de FALAR MENTIRAS ÁS PESSOAS… não devemos cometer injustiças. Que JEOVÁ Deus e nosso SENHOR JESUS CRISTO te abençõe e proteja sempre… e que te dêem o verdadeiro conhecimento sobre o nosso único e verdadeiro Deus criado: JEOVÁ. Obrigada.

MENSAGEM 2 – Li sobre as Testemunhas de Jeová e vi que você( seja lá quem for) disse que não acreditamos em inferno. E NÃO acreditamos mesmo! Na BÍBLIA em momento algum aparece a palavra INFERNO, em momento algum nos é dito que alguém irá para o inferno, somente que o diabo e seus seguidores terão a destruição eterna ( ou morte eterna). Acho que você deveria primeiro saber mais sobre nós, para depois tirar suas próprias conclusões e opiniões. Não julgamos ninguém por serem católicos ou evangélicos apenas oferecemos nosso entendimento para ensinar outras pessoas seguindo sempre o exemplo do nosso SALVADOR JESUS CRISTO. Esse trabalho que fazemos é de bom coração pois queremos que assim como um dia nos foi ensinado a verdade, queremos passar essa verdade à outras pessoas para que tenham conhecimento do Deus verdadeiro que é o nosso Criador e Deus JEOVÁ. No mais, obrigada pela compreensão e que JEOVÁ e nosso SENHOR JESUS CRISTO te abençõe, proteja e te guie sempre.
Obs.: Devido a extensão das mensagens, diminuimos a fonte poupando espaço para a resposta.
RESPOSTA

Erich Hoffer, um grande estudioso na área do estudo da mente diz que no meio do protestantismo e das seitas, pessoas deixam-se facilmente serem levadas por um manipulador e tornam-se literalmente seguidores cegos, pessoas que querem livrar-se de suas capacidades, de seus potenciais. Elas procuram por respostas, significados e iluminação em coisas externas a si mesmas. Hoffer também diz que os “crentes” cegos são eternamente inseguros e incompletos, por fim ele os organiza em dois grupos decorrentes, os que tornam-se fanáticos ou fundamentalistas e, que ainda podem ser divididos em três classes: Primeira: as pessoas inseguras; Segunda: as mentalmente desequilibradas; Terceira: as solitárias, sem esperanças e amigos.
Particularmente para mim você encaixa-se nas três classes.
Os fundadores de seitas (logo mais vos explicarei o motivo do uso da palavra seita) como a sua levam para suas denominações toda a ideologia persuasiva dos credos dos quais se desligaram formando um ciclo vicioso de persuasão e fanatismo. São fanáticos que geram mais fanáticos, que por sua vez produzem mais e mais fanáticos. Dentre as várias técnicas gostaria aqui de salientar duas: a Seleção e a Indução.
Na técnica da Seleção, o doutrinador seleciona cuidadosamente a informação para que os pontos destacados estimulem os leitores ou ouvintes para as conclusões que, esperam-se, eles atinjam. Isto é deliberadamente planejado para evitar ou desestimular raciocínios pessoais e avaliações independentes. Similar a esta é a técnica de indução, que é uma forma argumentativa aonde toda a evidência é planejadamente condicionada em uma seqüência fazendo com que no final a única conclusão, possível, seja aquela que o doutrinador que ver aceita.
Abordei isso primeiramente, antes de iniciar a contrapor suas fracas e ingênuas argumentações, para que você possa “olhar-se no espelho da Verdade” e refletir sobre o que realmente você acredita ser a Verdade. A partir de agora trataremos de seus argumentos enviados até nós.
1. Em primeiro lugar tudo o que escrevemos em forma de artigos, publicações ou respostas, passa, em geral, por uma profunda análise filosófica, sociológica, histórica, humana e teológica, tudo aquilo que disponibilizamos no ambiente do site é com absoluta certeza, sendo assim tenha a absoluta certeza de que o conteúdo por você lido foi escrito com absoluto exímio de veracidade e segurança, e não arredamos uma vírgula sequer daquilo que está escrito e a disposição no site, referente ao seu questionamento;
2. Em segundo lugar a única pessoa errada aqui é você, o que foi questionado no site não tem nada a ver com a relação salvífica de vocês com Cristo, e sim com o fato de vocês negarem a Sua Divindade (o que é uma heresia gravíssima), e se você desconhece as suas próprias origens doutrinais (que defendem que Jesus Cristo não é Deus) a culpa não é do Apostolado e sim comodidade sua;
3. Consideramos firmemente que vocês, Testemunhas de Jeová, caracterizam-se verdadeiramente como uma seita (e se escreve com “s” e não com “c”, como no email recebido por nós de sua parte) pois contêm erros e desvios gravíssimos em suas linhas doutrinais (alguns feitos de forma proposital) e de ideologia, o que diferem vocês de outras denominações protestantes, como por exemplo o erro citado acima, mas serei mais específico:
Em seu livro “Lavagem cerebral e Hipnose no meio Protestante”, Jaime Francisco de Moura, nos dá uma calorosa definição sobre “seita”, confira:
“Seita é uma dissidência ou um grupo fechado que julga estar o mundo corrupto, e pretende ter a verdade como patrimônio seu e solução para todos os problemas da humanidade. É uma fé e uma prática centralizada em doutrina falsa, que exige devoção para um ponto de vista, ou para um líder religioso. É uma grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas. Na verdade é uma heresia organizada.”
Paulo Barbosa em seu artigo “Os seis estados da inteligência perante a verdade” descreve no primeiro momento algo muito interessante, veja:
“Estado de Ignorância – denominado também de nescientia, que é quando a inteligência não possui a verdade e nem se esforça por possuí-la, sendo, portanto, um estado puramente negativo, ou seja, uma ausência de relação da inteligência para com a realidade, uma ausência de adequação com o real.” (Disponível em: blog civilizacaoeambiente.blogspot.com)
Talvez você se identifique… Algumas coisas são tão visíveis que só não enxerga quem prefere permanecer na ignorância.
4. “A origem de onde nasceram freqüentemente e continuam nascendo as heresias é a seguinte: há mentes perversas e sem paz, que, discordando em sua perfídia, não podem suportar a unidade. (…) Mestres na arte de corromper a verdade, eles enganam com bocas de serpente, vomitando de suas línguas pestilentas peçonhas mortíferas. Os seus discursos brotam como chaga cancerosa, o trato com eles deixa no fundo de cada coração um veneno mortal”. (Capítulo X, como surgem a maldade e as heresias, Cipriano de Cartago, in “A Unidade da Igreja Católica”)
As únicas mentiras aqui são as afirmações contrárias usadas por você em suas infantis acusações. Por falar em mentiras, por que não tocar então nas várias (e frustrantes) tentativas de adivinhar o final do mundo encabeçado por seus fundadores? Outra coisa aqui a ser mencionada é que, de boas intenções o inferno (que daqui a pouco mostrarei que de fato EXISTE) está cheio, por isso acharia bom seu argumento não ser esse no momento que Cristo chegar novamente ao nosso meio para o Julgamento Final, e por ensinarem uma falsa doutrina permeada de conveniências humanas vocês também se caracterizam como hereges;
5. Sinceramente às vezes certos argumentos me fazem rir ao ponto de até achar engraçado a falta de exegese e de contexto que alguns de vocês possuem (e ainda se intitulam como estudiosos da Bíblia). Coitado de Nosso Senhor Jesus Cristo então, que teria de deixar tudo escrito, programado, planejado, confirmado, reconhecido por instituições credenciadas… e assim por diante, faça mil favores! Acaso você também esqueceu (ou você rasgou da sua “bíblia”) o que o próprio Cristo mostrou com sua vida e ensinamentos que, não poderia falar ou ensinar tudo de uma vez, já que naquele momento provavelmente seria demais para os discípulos (cf. João 16,12-13).
É contraditório que um Protestante aceite a Bíblia e rejeite a autoridade da Igreja Católica. Como veremos um ensinamento logo a seguir:
“Nenhum Protestante deveria citar a Escritura, porque ele não tem meios de saber quais são os livros inspirados; a menos que, é claro, queira aceitar a autoridade da Igreja Católica com relação à essa questão.” Frei William Most.
Para a maioria de vocês o discurso é o seguinte: com o corpo morre também a alma, todos os mortos, bons e maus, ficam dormindo um longo sono. No fim do mundo, os bons ressuscitarão para a vida eterna e os maus serão aniquilados. Inferno não existe, e ainda afirmam isso usando a “bíblia” (mas acredito que só encontrem essas besteiras nas que vocês reescreveram).
Isso é muito criativo, devo até parabenizar… é de acordo com as aspirações da vida boa: Salário gordo e trabalho mínimo. Ou seja: quanto ao prêmio tudo bem: deve ser completo e eterno. Até um paraíso terrestre, um passatempo gostoso, não faria mal. Agora, gente, o castigo não: é muito mais cômodo o mau ser aniquilado, “desintegrado”. Comer, beber, roubar, adulterar até o fim e depois, um risco e tudo acaba numa tranquilíssima, eterna dormida… Uma Maravilha!
Mas vamos acordar dessa viagem na “maionese”. O famoso Sheol, o “poço” dos mortos dos hebreus, que vocês também escolheram para os seus, muito indefinido no começo, pouco a pouco foi se focalizando. Já Daniel (12,2) frisa que os mortos do Sheol ressuscitarão: os bons para a vida eterna e os maus para o “horror eterno”. Nada de aniquilação!
Mas na Bíblia (A Verdadeira), é o próprio Cristo quem diz a última Palavra. “Em verdade, te DIGO que HOJE estarás comigo no paraíso”. Foi o que disse Jesus ao ladrão arrependido. (Lc 23,43). Na parábola do rico e Lázaro, o destino se cumpre imediatamente, sem sonos intermediários: o Lázaro é elevado ao seio de Abraão e o rico sepultado no inferno. Um inferno com fogo. É o que se chama de “Juízo particular”, claramente mencionada na carta aos Hebreus (9,27): “… os homens morrem uma só vez, depois do que o julgamento”. Nos Evangelhos quase a cada página Jesus nos fala de um castigo eterno, de um fogo inestinguível (Mateus 3,12). Quem dera houvesse aniquilação, mas não há.
“Jesus anuncia em termos graves que “enviará seus anjos, e eles, erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade, e os lançarão na fornalha ardente (Mt 13,41-42), e que pronunciará a condenação: “Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo Eterno!” (Mt 25,41). O Ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 1034-1035)
Portanto, está mais que provado que o Inferno existe.
6. Não apenas conhecemos sua história e evolução durante os anos como também fizemos um profundo trabalho de revisão perante o que foi abordado no artigo questionado por você, por isso, aqui reafirmo com ainda mais intensidade o que descrevi no primeiro ponto desta resposta a você. Enquanto a julgamento, não me faça rir de novo (desse jeito não conseguirei terminar de redigir sua resposta), você disse que não julgam ninguém por serem Católicos ou protestantes, engraçado, a pouco tempo recebi uma revista de uma de suas “irmãs de seita” intitulada “Sentinela da Manha, Os seis mitos do Cristianismo” (na verdade é Catolicismo, mas para “maquiar” e criar uma ilusória visão de “não ataque” a nós, colocaram isso) que ia de encontro à seis dos principais dogmas da Santa Igreja Católica, portanto não me venha com essa falácia de que não julgam ninguém, pois sua seita já chegou ao auge de nos intitular como “A prostituta das igrejas”, procure e você vai achar esse tremendo desrespeito. O que mostramos não refere-se a julgamento nenhum, mas somente ao anúncio da Verdade, que é o dever de qualquer cristão e quem tem de ser anunciada doa a quem doer.
7. Engraçado o fato de nos questionar quando intitulamos o fundador de sua seita como herege, quando o próprio difundiu heresias, afastando muitos da Igreja de Cristo. Para melhor esclarecer, buscarei o significado de heresia com a maior precisão possível, já que na modernidade tem sido usada de forma vaga e com muitos significados. Heresia nada mais é que “[...]distorcer um sistema por meio de uma “omissão”:”escondendo-se” uma parte da estrutura, o que implica que o esquema é desfigurado pela retirada de uma de suas partes, negando-se uma parte dele; quer deixando o vazio sem preenchimento, quer preenchendo-o com alguma outra afirmação.” (Hilare, 1953, p.14). No caso do jeovismo (como o chamam alguns estudiosos) que teve origem nos Estados Unidos da América por obra de Charles Taze Russell (1852-1916), não só cria afirmações maléficas e falsas, como também deixa vários espaços vazios – exemplo temos a volta de Cristo professado por seu fundador, que nunca aconteceu, mesmo depois de sua morte.
8. Nossa fraterna amiga diz acreditar unicamente em seu pai Jeová, sendo quem em nenhum manuscrito grego apresenta a palavra Jeova¹, e nem sequer encontramos no texto hebraico, como diremos a seguir. Não obstante, Jeová aparece no texto português de Mt 1,20.22..24; 2,13.15.19; 3,3; 4,4.7.10; 5,33… A lista continua até Ap 22,6. Ora este fato é verdadeira aberração lingüística. Com efeito. O nome Jehveh é o nome revelado por Deus a Moisés, conforme Ex 3,14s. Tornou-se muito freqüente no Antigo Testamento, onde ocorre 6.820 vezes, não, porém, no Cântico dos Cânticos, nem em Ester, nem no Eclesiastes. – Os hebreus só escreviam as consoantes J H V H, suprindo mentalmente as vogais a e.
Após o exílio (587-538 a.C.), porém, os judeus tendiam sempre mais a não pronunciar o santo nome de Deus, a fim de não correr o risco de o profanar; quando, pois, encontravam as quatro consoantes sagradas, pronunciavam Adonay (meu Senhor). Ora, nos séculos VI e seguintes após Cristo, os massoretas (rabinos judeus) quiseram colocar as vogais por escrito no texto bíblico; mas ao nome de J H V H não deram vogais, apenas escreviam na sua proximidade as vogais de A D O N A Y, a saber: a mudo (com pronúncia de e), o e a². Donde se fez Jehovah. Vê-se, pois, que o nome Jeová nem sequer está na Bíblia, mas resulta da combinação, feita pelos judeus medievais, dos nomes Jahveh e Adonay. Sendo assim fraterna irmã, os Testemunhas de Jeová já começam equivocado pelo nome.
Confesso que não gostamos muito de ter de escrever isso, pois estamos acostumados a receber questões mais elaboradas e que realmente trazem em sua base algum fundamento (ainda que falso ou conveniente) e que por sua vez nos exigem uma busca mais intensa e aprofundada de estudos, que não se reflete no seu caso. Sugiro que na próxima vez você tenha mais autocontrole e para refletir naquilo que escreve, ou então peça ajuda de algum dos seus “pastores”. Por conclusão, PARE de levar esses falsos ensinamentos à frente e tenha coragem de abrir seu coração verdadeiramente a uma profunda reflexão!
Estaremos em oração por você. A PAZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!





Mendes Silva

Ivanildo Oliveira Maciel Junior

Apostolado Spiritus Paraclitus



Fontes de Pesquisa:

1. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (CIC)

2. Moura, Jaime Francisco de, Lavagem Cerebral e hipnose no meio Protestante, 1º edição, São José dos Campos, SP: Editora ComDeus, 2011

3. Bate Papo Com um “Crente”, Pe. Lino Simonelli, PIME

4. As grandes Heresias, Rj: Editora Permanência

Nenhum comentário: