A Cruz foi a consumação de um ato eterno do amor de um Deus. Ela se tornou o sinal da invencibilidade dos que triunfariam na vida, vencendo o Maligno e seus sequazes. Nada poderia abalar a consistência daquele gesto de Jesus, braços abertos, chamando todos à reconciliação com Deus. Por mais durável que fosse a influência de homens poderosos, por mais forte que fosse uma idéia a gerar um Hitler ou um Stalin, por mais potentes que fossem as forças que dominariam Pan e Tor, tudo foi decidido naquele instante único nos anais das gentes, quando Cristo expirou se fazendo o perene referencial da infinita bondade de Deus. A Cruz na qual Cristo deu a sua vida pela salvação da humanidade ficou sendo o definitivo divisor de águas: os que a aceitassem cantariam vitória, mas os que se lançassem contra ela conheceriam sempre revés amargo. Ela é a explicação do eterno problema da dor na existência humana. No Calvário não se execrou o sofrimento. Este se tornou bendito, pois purifica, santifica, une a Deus. No Gólgota a amargura se sublimou para dignificar a criatura. Esta ao perceber na sua aflição a sombra de Jesus é capaz de suportar com dignidade as contrariedades do dia. À luz do Calvário a dor se faz remédio salutar. A Cruz daria aos que a acatam um equilíbrio perfeito e seria doravante uma escola de santidade. A figura de Jesus Crucificado figura vem polarizando as atenções da humanidade há mais de dois milênios, suscitando heróis, forjando santos, plasmando os campeões da fé, inoculando entusiasmo incontido em milhares de discípulos, subjugando a pusilanimidade de um sem número de indecisos. O amor escreveu na Cruz o capítulo mais grandioso que jamais caiu de seu estro portentoso. Cenas épicas, pintalgadas de sangue e sangue de um Deus com quadros trágicos que fez até a natureza lastimar. Tudo isto, tanta dor, tanta humilhação por nossa causa! Fatos positivamente inacreditáveis, só aceitáveis porque vivos numa demonstração de imenso afeto por todos os homens. Os gigantes mitológicos no intuito de escalar o céu e reaver o paraíso perdido andaram longo tempo colocando serras sobre serras. Afinal, expiraram sua estultícia soterrados no Ossa ou no Pélion, depois de feridos pelos raios de Júpiter. Para ascender ao céu era necessária uma Cruz e nela um Deus morto por amor. O homem recebeu por esta Cruz sua exaltação definitiva. O alerta de São Pedro deve ecoar então bem no íntimo de nossos corações: “Não foi com coisas perecíveis, isto é, com prata ou com ouro, que fostes resgatados da vida fútil que herdastes de vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo” (1 Pd 1,18).Cumpre valorizar os sofrimentos de Nosso Senhor, operando cada um a própria salvação para que o sangue divino não lhe torne inútil. É preciso ainda que cada um abra inteiramente as portas de seu coração para receber a Jesus como seu salvador pessoal. Além disto, cumpre levar a redenção de Cristo por toda parte, trazendo as ovelhas desgarradas para o redil daquele que tanto nos amou. O Redentor nos convida a aceitarmos sua Cruz, penhor de nossa felicidade. | ||||
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O SIGNIFICADO DA CRUZ DE JESUS.
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