A palavra “vocação” provém da língua latina, do verbo latino “Vocare”, que quer dizer “chamar”. A vocação é, portanto, um chamado de Deus para uma missão. É Ele quem toma a iniciativa. Desse modo, a vocação é um olhar de amor de Deus sobre cada pessoa.
A vocação é dom de Deus, mas, também resposta livre da pessoa ao convite divino. Nesse sentido, vocação é quando a pessoa descobre o 'como' vai entregar a sua vida e responde com um sim generoso: ao dom de Deus a pessoa responde com o dom de si mesma.
A vocação tem um duplo caráter: é ao mesmo tempo pessoal e comunitária. Deus chama a pessoa pelo próprio nome para um serviço, uma missão na sua Igreja ou no mundo.
“Não existe cristão sem vocação”. O Batismo é fonte de todas as vocações. A vocação toca a pessoa no modo como ela deve viver a vida cristã, o seu batismo e também se relaciona ao seu estado de vida - o chamado ao matrimônio, à vida consagrada ou o sacerdócio.
“Não existe cristão sem vocação”. O Batismo é fonte de todas as vocações. A vocação toca a pessoa no modo como ela deve viver a vida cristã, o seu batismo e também se relaciona ao seu estado de vida - o chamado ao matrimônio, à vida consagrada ou o sacerdócio.
Alguns pensam que vocação é algo restrito para quem tem um chamado especial, como para ser padre ou religioso consagrado. Isso é um engano, pois a vocação faz parte da vida de todo homem. Cada pessoa humana foi criada por Deus com uma vocação específica. Cada ser humano traz em si, na sua essência mais profunda, um chamado que dá sentido a sua existência, um chamado a ser de determinado modo e de realizar algo, isso é vocação.
VOCAÇÃO E SENTIDO DA VIDA
"Ama a tua vocação com paixão, ela é o sentido da tua vida".(Auguste Rodin)
Há no homem um desejo natural de felicidade. Como ensina o Catecismo da Igreja: “Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem, a fim de atraí-lo a si, pois só ele pode satisfazê-lo” (nº 1718). Esse desejo de felicidade está intimamente ligado ao sentido da nossa vida.
Todos somos chamados a dar um sentido profundo à nossa vida. Para nós cristãos Deus é o sentido último da nossa existência, pois só Ele pode saciar os anseios íntimos do nosso coração. Como dizia Santo Agostinho: “Fizestes-nos para vós e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em vós”. Portanto, o sentido da vida está em caminhar para Deus para viver em comunhão com Ele: esta é a vocação do ser humano.
Dar rumo e sentido à vida é uma maneira de encontrar e seguir a nossa vocação. Podemos dizer que a vocação está em cada um como um mistério a ser decifrado. Para descobrir a própria vocação é preciso trilhar um caminho de discernimento. É preciso entender que vocação não se dá por acaso na vida de alguém e também não é uma escolha aleatória que se faz diante de várias alternativas, mas foi escrita por Deus no coração de cada pessoa.
Encontrar a nossa vocação é reconhecer, dentro da nossa própria história, o projeto de Deus que nos chama para uma missão. É descobrir para que viemos ao mundo, para que Deus nos criou, se descobrirmos isso, descobriremos o sentido do nosso existir e o caminho da nossa mais plena realização.
ESCUTAR A VOZ DE DEUS
Como vimos, a vocação é um chamado amoroso de Deus e uma resposta generosa do homem. No processo vocacional uma atitude fundamental é requerida de nós: precisamos escutar a voz de Deus. Necessitamos exercitar os ouvidos do nosso coração.
Deus está constantemente nos chamando. Hoje, Ele faz isso por meio da Igreja, de pessoas, necessidades, fatos, acontecimentos, inspirações...
Deus está constantemente nos chamando. Hoje, Ele faz isso por meio da Igreja, de pessoas, necessidades, fatos, acontecimentos, inspirações...
Para responder ao chamado amoroso de Deus precisamos silenciar o nosso coração e deixar que Ele nos fale o que espera de nós.
Outra atitude essencial para discernir a nossa vocação é a oração. Todo chamado é entendido e decifrado a partir de uma experiência pessoal com Deus. Devemos procurá-lo e falar-lhe como a um Amigo, pois a oração é um diálogo amor “com Aquele que sabemos que nos ama” (Santa Teresa).
O documento de Aparecida nos propõe um itinerário para nos tornarmos discípulos-missionários e primeiro passo é o encontro com Jesus Cristo. É esse encontro que dá sentido a toda a nossa vida. Quem encontra a Cristo experimenta o milagre de ver sua vida transformada, com um ideal que o apaixona e lhe dá vontade de viver, como a loucura confessada por São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim?” (Gálatas 2,20).
Diante de um chamado é natural ter dúvidas, medo das conseqüências e tentar esquivar-se. Moisés também passou por isso. É a força da experiência de Deus que dá coragem para vencer o medo e responder ao chamado. Pedro também teve medo das conseqüências de seguir Jesus e por isso O negou três vezes (Jo 18,17. 25-26), mas depois da experiência do olhar de Jesus entendeu o Seu amor e, então, deu sua resposta assumindo sua vocação (Jo 21, 15-19).
Como decorrência do encontro com Cristo também encontraremos o nosso lugar na Igreja e no mundo.
Como decorrência do encontro com Cristo também encontraremos o nosso lugar na Igreja e no mundo.
VOCAÇÃO FUNDAMENTAL E VOCAÇÕES ESPECÍFICAS
Deus nos chama, primeiramente, à vida: é a vocação humana. Nós somos irrepetíveis. Somos únicos. Seres criados à imagem e semelhança de Deus. Cada um de nós é chamado a assumir no mais íntimo do nosso ser a fé cristã pelo Batismo (vocação cristã). Somos, por fim, chamados a assumir a vocação específica dentro do plano de Deus (vocação leiga, sacerdotal e vida consagrada).
Vocação fundamental:
É o chamado de cada um à vida. E, pelo Batismo, o chamado à filiação divina “por adoção”. Isto é, a ser Igreja, fazendo parte da família de Deus. Da vocação fundamental derivam as vocações específicas.
É o chamado de cada um à vida. E, pelo Batismo, o chamado à filiação divina “por adoção”. Isto é, a ser Igreja, fazendo parte da família de Deus. Da vocação fundamental derivam as vocações específicas.
Vocação Específica:
É a maneira como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental. Deus confia a cada um uma tarefa específica, própria, conforme as aptidões de cada pessoa. As vocações específicas são:
É a maneira como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental. Deus confia a cada um uma tarefa específica, própria, conforme as aptidões de cada pessoa. As vocações específicas são:
Vocação Leiga
Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm a missão de anunciar Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. São pessoas não consagradas que trabalham na construção do reino de Deus. Exercem ministérios diversos na comunidade, conforme os dons que Deus lhes deu. Esses serviços são: catequese, animação da liturgia, pastoral familiar, demais pastorais, grupos e movimentos. O leigo representa a Igreja no coração do mundo, atuando assim nos mais diversos ambientes (escola, trabalho, família), com o testemunho de sua vida, sua palavra oportuna, sua ação concreta. Por outro lado, ele é o homem do mundo no coração da Igreja.
Dentro da vocação leiga temos também dois estados de vida:
Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm a missão de anunciar Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. São pessoas não consagradas que trabalham na construção do reino de Deus. Exercem ministérios diversos na comunidade, conforme os dons que Deus lhes deu. Esses serviços são: catequese, animação da liturgia, pastoral familiar, demais pastorais, grupos e movimentos. O leigo representa a Igreja no coração do mundo, atuando assim nos mais diversos ambientes (escola, trabalho, família), com o testemunho de sua vida, sua palavra oportuna, sua ação concreta. Por outro lado, ele é o homem do mundo no coração da Igreja.
Dentro da vocação leiga temos também dois estados de vida:
- Matrimônio
Estado de vida dos casados. Assim como Deus chama cada pessoa à vida, também chama cada casal ao amor. É esta a vocação dos que escolhem viver o amor por meio da constituição de uma família. Quanto mais o casal vive na intimidade com Deus, tanto mais sólida será sua felicidade e de seus filhos.
Os leigos casados tem na família seu primeiro espaço de engajamento na sociedade. Na Igreja os leigos casados tem a oportunidade de participar de várias pastorais, grupos e movimentos.
O casal que se realiza em sua vocação torna sua família uma pequena Igreja doméstica, de onde surgirão todas as vocações.
Os leigos casados tem na família seu primeiro espaço de engajamento na sociedade. Na Igreja os leigos casados tem a oportunidade de participar de várias pastorais, grupos e movimentos.
O casal que se realiza em sua vocação torna sua família uma pequena Igreja doméstica, de onde surgirão todas as vocações.
- Leigos solteiros
São leigos que não se sentem chamados ao casamento, nem à vida sacerdotal ou consagrada. São solteiros por uma causa, por um ideal de vida. Existem muitas pessoas neste estado de vida e dedicam à sociedade e à Igreja todas as energias de sua vida
Vocação à Vida Consagrada
- Religiosos e religiosas
Através desta vocação, mulheres e homens são chamados a testemunhar Cristo e os valores do Reino, vivendo uma consagração total através dos votos de pobreza, castidade e obediência. Tem como missão: viver a total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos, a partilha dos dons, a vida comunitária e o carisma congregacional.
Carismas congregacionais: encontramos na Igreja a presença de muitas congregações religiosas masculinas e femininas. São grupos de irmãos e irmãs e padres que formam famílias religiosas, partilhando a vida e a missão a serviço da Igreja e da construção do Reino de Deus. Cada congregação está ligada à pessoa de um fundador ou de uma fundadora que tem a missão de ser mediador, a fim de que o dom (carisma) suscitado pelo Espírito Santo possa tornar-se visível na Igreja através de diversas atividades que as famílias religiosas realizam junto ao povo.
Temos, pois, Congregações Religiosas dedicadas aos doentes, aos migrantes, à educação, aos menores abandonados, à juventude, às missões, aos meios de comunicação, à pastoral paroquial, às vocações... Cada congregação, fiel ao carisma fundacional e aberta aos sinais dos tempos, revela mais acentuadamente algum aspecto do rosto de Jesus Cristo, de sua presença e amor no meio do povo.
Temos, pois, Congregações Religiosas dedicadas aos doentes, aos migrantes, à educação, aos menores abandonados, à juventude, às missões, aos meios de comunicação, à pastoral paroquial, às vocações... Cada congregação, fiel ao carisma fundacional e aberta aos sinais dos tempos, revela mais acentuadamente algum aspecto do rosto de Jesus Cristo, de sua presença e amor no meio do povo.
Há congregações inteiramente dedicadas à contemplação: “Na solidão e no silêncio, mediante a escuta da Palavra de Deus, a realização do culto divino, a ascese pessoal, a oração, a mortificação e a comunhão do amor fraterno, orientam toda a sua vida e atividade para a contemplação de Deus. Oferecem assim à comunidade eclesial um testemunho singular do amor da Igreja pelo Senhor, e contribuem, como uma misteriosa fecundidade apostólica para o crescimento do povo de Deus” (João Paulo II, Vida Consagrada, n. 8).
Como um jardim, onde a diversidade das flores tornam mais colorido e gracioso o ambiente, assim são na Igreja os diversos carismas, prestando um serviço diversificado e dinâmico ao povo de Deus.
- Institutos seculares masculinos e femininos
São mulheres e homens, solteiros ou viúvos, chamados em pleno mundo a consagrar a sua vida a Deus e à Igreja. Fazem a profissão dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência como os religiosos; tem vida fraterna, mas não necessariamente em comunidade, como os religiosos. A vocação do leigo consagrado deve ser vivida no mundo, no ambiente da família e da sociedade. É a vocação de ser sal da terra e luz do mundo.
Novas Comunidades-Associações Privadas
As comunidades novas baseiam-se em novas inspirações adaptadas dos institutos de Vida Consagrada da Igreja Católica, tendo como grande diferencial a Vida Comunitária ser formada por Sacerdotes e leigos, homens e mulheres em uma mesma Comunidade devidamente dividida mais trabalhando junto em prol da Evangelização ou Promoção da Dignidade Humana.
Tais formas de vida comunitária em vista da Evangelização existem desde o fim do século XX, se expandindo pelo mundo todo em diversas novas comunidades, e ainda hoje aguardam um futuro enquadramento canônico enquanto são muito bem vistos pela hierarquia católica, sob a qual existem em esforçado serviço e auxílio. É formada por leigos e padres engajados como um passo a mais em seus engajados projetos de evangelização diocesanos oriundos comumente da Renovação Carismática Católica.
Devido a essa sua origem também são conhecidas por Comunidades Carismáticas, e teve seu apogeu na convocação feita por sua Santidade o Papa João Paulo II em 1998, no Vaticano onde reunindo-se com milhares de Comunidades do Mundo Inteiro reconheceu sua existência e lhes deu o grande impulso motivador na Igreja.
Vocação Sacerdotal
O sacerdócio é uma forma de seguir o chamado de Deus exclusivamente para os homens. O padre é alguém tirado do meio do povo e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo povo nas coisas que se referem a Deus. Ele é o grande mediador entre Deus e o povo. Seu papel é dar continuidade à missão de Jesus Cristo, Cabeça da Igreja. Além de celebrar a Missa e ministrar os sacramentos (como o Batismo, a Confissão), cabe a ele fazer crescer o amor nas comunidades, nas famílias, no coração das pessoas. Existem 2 tipos de padres: os religiosos, que além de exercerem o ministério paroquial, assumem também o carisma de sua congregação; e os diocesanos, que não pertencem a nenhuma congregação religiosa, mas obedecem à diocese, na pessoa do Bispo.
O sacerdócio é uma forma de seguir o chamado de Deus exclusivamente para os homens. O padre é alguém tirado do meio do povo e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo povo nas coisas que se referem a Deus. Ele é o grande mediador entre Deus e o povo. Seu papel é dar continuidade à missão de Jesus Cristo, Cabeça da Igreja. Além de celebrar a Missa e ministrar os sacramentos (como o Batismo, a Confissão), cabe a ele fazer crescer o amor nas comunidades, nas famílias, no coração das pessoas. Existem 2 tipos de padres: os religiosos, que além de exercerem o ministério paroquial, assumem também o carisma de sua congregação; e os diocesanos, que não pertencem a nenhuma congregação religiosa, mas obedecem à diocese, na pessoa do Bispo.
Material Compilado por: Sem. Ronaldo Vicente
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