O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem (Sl 26,1s).
Mesmo oprimido por incontáveis tribulações, o missionário de Cristo sente-se amparado pela misericórdia e consolação divinas. Com o Mestre, aprendamos a “consolar os que se acham em toda e qualquer aflição”, ajudando a cumprir o projeto de “vida feliz” que Deus deseja a todos.
Início da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – 1Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus, e o irmão Timóteo à Igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos que se encontram em toda a Acaia: 2para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação. 4Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. 5Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo. 6Se estamos em aflições, é para a vossa consolação e salvação; se somos consolados, é para a vossa consolação. E essa consolação sustenta a vossa paciência em meio aos mesmos sofrimentos que nós também padecemos. 7E a nossa esperança a vosso respeito é firme, pois sabemos que, assim como participais dos nossos sofrimentos, participais também da nossa consolação. – Palavra do Senhor.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R.
2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R.
3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R.
4. O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem e os salva. / Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Alegrai-vos, vós todos, porque grande há de ser / a recompensa nos céus que um dia tereis! (Mt 5,12) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós”. – Palavra da salvação.
Hoje, damos início à leitura do Evangelho segundo São Mateus, começando desde já pelo sermão das bem-aventuranças. Aqui Jesus nos esboça, como é sabido, um caminho seguro de felicidade, a qual só é possível se nos abrirmos de fato à experiência da verdade: a verdade de que é preciso saber padecer por amor para poder receber o prêmio do eterno repouso. As bem-aventuranças mesmas não passam, se as encaramos com um olhar meramente humano, de uma lista de "desprazeres", de um desafio às nossas tendências sensíveis à busca do prazer, da comodidade, da satisfação pessoal. A fé, porém, tira-nos o véu dos olhos e nos permite enxergar que por trás da pobreza, da mansidão, das injustiças pacientemente suportadas, das perseguições etc. pode haver uma fonte de alegria e felicidade. Isso, no entanto, o devemos meditar constantemente, pondo-nos por cima dos "preconceitos" da carne e da sensualidade, por si sós tão avessas ao que é duro, exigente, trabalhoso. Que o Senhor nos ajude hoje a compreender em que consiste o verdadeiro amor — amor que Ele tão profundamente viveu por nós, alegre de poder carregar nos ombros o peso de nossos pecados a fim de conceder-nos, em meio às angústias do Calvário, uma alegria sem fim. Aprendamos com Ele, pois, a carregar as nossas cruzes, confiantes no auxílio que nossa Mãe Santíssima, Dolorosa e Bem-aventurada, não nos há de negar.
https://padrepauloricardo.org
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