domingo, 11 de julho de 2021

15º Domingo do Tempo Comum - A missão dos doze discípulos.

  Décimo Quinto Domingo do Tempo Comum – Jesus chamou os doze e começou a  enviá-los dois a dois – São Marcos 6, 7-13 – Dia 15 de julho de 2018 | Ide  e Anunciai
Leitura (Amós 7,12-15)

Leitura da Profecia de Amós.

7 12 Amasias disse a Amós: “Vai-te daqui, vidente, vai para a terra de Judá e ganha lá o teu pão, profetizando.
13 Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei, uma residência real”.
14 Amós respondeu a Amasias: “Eu não sou profeta nem filho de profeta. Sou pastor e cultivador de sicômoros.
15 O Senhor tomou-me de detrás do meu rebanho e disse-me: ‘Vai e profetiza contra o meu povo de Israel’”.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 84/85

Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade
e a vossa salvação nos concedei!


Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e salvação há de seguir os passos seus.

Leitura (Efésios 1,3-14 ou 3-10)

Leitura da carta de São Paulo aos Efésios.

1 3 Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo,
4 e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos.
5 No seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua livre vontade,
6 para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça, que nos foi concedida por ele no Bem-amado.
7 Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça
8 que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência.
9 Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre,
10 para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra.
11 Nele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio daquele que tudo realiza por um ato deliberado de sua vontade,

12 para servirmos à celebração de sua glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo.
13 Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido,
14 que é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória.
Palavra do Senhor.

Evangelho (Marcos 6,7-13)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o Espírito; conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou como herança (Ef 1,17s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

6 7 Então, Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos.
8 Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto;
9 como calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas.
10 E disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali.
11 Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra ele”.
12 Eles partiram e pregaram a penitência.
13 Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.

Palavra da Salvação.

 Reflexão

Jesus Cristo está a poucos meses pregando pela Judéia e Galiléia. Foi formando um grupo de discípulos e seguidores, e o Mestre escolheu doze deles como apóstolos. Com eles fala intimamente, explica-lhes as parábolas, escuta-os e ensina-os. Chega o momento de mandá-los para pregar. É a primeira missão dos apóstolos, uma primeira mega missão para preparar o caminho da pregação de Jesus. O Mestre lhes explica com detalhe o que fazer. Não lhes pede que dêem grandes sermões teológicos, nem que falem de tal forma que deixem boquiabertos quantos escutarem. Simplesmente tem que anunciar a paz (“A paz esteja nesta casa”), e ensinar que o Reino de Deus está próximo, o Reino do Amor. Com esta tarefa e com a confiança colocada no senhor, os apóstolos saem para percorrer os povoados e cidades próximas.
O chamado e consequentemente o envio é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério, o serviço deve ser entendido numa dimensão comunitária. Pois a igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Ele os envia em missão, dois a dois, colocando como centro vida em comunidade na ação missionária. Este foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão
Onde fica sua força, a eficácia da sua ação? Em que são enviados por Alguém. Não anunciam uma mensagem própria, mas sim a mensagem de Outro. Aí está a força do cristão quando prega para os outros. Não sou eu que quero fazer com que o outro fique admirado com minhas idéias maravilhosas; sou eu que quero transmitir ao outro a grandeza de Deus, a maravilha de Deus, a experiência de se sentir amado por Deus. Pensemos que esta pregação não é algo exclusivo de umas missões de evangelização. Pregamos com nosso exemplo quando vamos à missa em família, quando consolamos um amigo que está precisando. Pregamos com nosso exemplo quando compartilhamos a alegria de viver, o otimismo diante de uma situação difícil, a vontade de amar aquele que não se sente amado, o entusiasmo por “fazer o bem sem olhar a quem”.
Os doze apóstolos saíram para pregar pelos caminhos e cidades. O Evangelho nos narra que regressaram cheios de gozo, felizes por constatar os frutos de sua missão. É a experiência comum de quem participa de uma missão de evangelização: três ou quatro dias de pregação, de missão, dias de trabalho, cansaço, sacrifício, mas dias que nos enchem o coração de alegria e satisfação, a alegria que só Deus pode dar. Façamos da nossa vida uma missão contínua: missão na família, sendo a peça que une e anima a convivência familiar. Missão no trabalho, com a honestidade, o profissionalismo, o gosto pelas coisas bem feitas. Missão entre nossos amigos e conhecidos, com nosso otimismo diante da vida, nosso testemunho de cristãos alegres, entusiastas, fiéis aos valores do Evangelho e da Igreja.
Pai, ajuda-me a superar toda tentação de acomodar-me, pois, como apóstolo do teu Reino, tenho de estar, continuamente, a caminho.
 
 
 
Pe. Bantu Mendonça katchipwi Sayla

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