Leitura do livro do Eclesiástico.
36 1 Tende piedade de nós, ó Deus de todas as coisas, olhai para nós, e fazei-nos ver a luz de vossa misericórdia!
2 Espargi o vosso terror sobre as nações que não vos
procuram, para que saibam que não há outro Deus senão vós, e publiquem
as vossas maravilhas!
5 para que reconheçam, como também nós reconhecemos, que não há outro Deus fora de vós, Senhor!
6 Renovai vossos prodígios, fazei milagres inéditos,
13 Reuni todas as tribos de Jacó, para que saibam que não há
outro Deus senão vós, e publiquem vossas maravilhas! Tomai-as como
herança, assim como eram no começo.
14 Tende piedade de vosso povo, que é chamado pelo vosso nome, e de Israel, que tratastes como vosso filho primogênito.
15 Tende piedade da cidade que santificastes, de Jerusalém, cidade do vosso repouso.
16 Enchei Sião com vossas palavras inefáveis, e o vosso povo com a vossa glória.
17 Dai testemunho em favor daqueles que são vossas criaturas
desde a origem. Tornai verdadeiros os oráculos que proferiam os antigos
profetas em vosso nome.
18 Recompensai aqueles que vos esperam pacientemente, a fim
de que vossos profetas sejam achados fiéis. Ouvi as orações de vossos
servos.
19 Segundo as bênçãos dadas a vosso povo por Aarão,
conduzi-nos pelo caminho da justiça, para que todos os habitantes da
terra saibam que vós sois o Deus que contempla os séculos.
Palavra do Senhor.
Tende compaixão e olhai por nós, Senhor.
Não lembreis as nossas culpas do passado,
mas venha logo sobre nós vossa bondade,
pois estamos humilhados em extremo.
Ajudai-nos, nosso Deus e salvador!
Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
Por vosso nome, perdoai nossos pecados!
Até vós chegue o gemido dos cativos:
libertai com vosso braço poderoso
os que foram condenados a morrer!
Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo,
celebraremos vosso nome para sempre,
de geração em geração vos louvaremos.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o Filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 32 estavam a caminho de Jerusalém e Jesus
ia adiante deles. Estavam perturbados e o seguiam com medo. E tomando
novamente a si os Doze, começou a predizer-lhes as coisas que lhe haviam
de acontecer:
33 "Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do homem será
entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à
morte e entregá-lo-ão aos gentios.
34 Escarnecerão dele, cuspirão nele, açoitá-lo-ão, e hão de matá-lo; mas ao terceiro dia ele ressurgirá.
35 Aproximaram-se de; Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu, e
disseram-lhe: "Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te
pedirmos."
36 "Que quereis que vos faça?"
37 "Concede-nos que nos sentemos na tua glória, um à tua direita e outro à tua esquerda."
38 "Não sabeis o que pedis, retorquiu Jesus. Podeis vós beber
o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou
ser batizado?"
39 "Podemos", asseguraram eles. Jesus prosseguiu: "Vós
bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados no batismo em que
eu devo ser batizado.
40 Mas, quanto ao assentardes à minha direita ou à minha
esquerda, isto não depende de mim: o lugar compete àqueles a quem está
destinado."
41 Ouvindo isto, os outros dez começaram a indignar-se contra Tiago e João.
42 Jesus chamou-os e deu-lhes esta lição: "Sabeis que os que
são considerados chefes das nações dominam sobre elas e os seus
intendentes exercem poder sobre elas.
43 Entre vós, porém, não será assim: todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo;
44 e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos.
45 Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos."
Palavra da Salvação.
O Evangelho da Missa, ao apresentar-nos a presunção daquele pedido dos filhos de Zebedeu, nos faz saber que, para progredirmos na perfeição cristã, rezar, pura e simplesmente, nem sempre é o bastante; é imprescindível sabermos também o que convém pedir a Deus. "Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!", rogam a Jesus, que lhes responde com uma paternal e enérgica negativa: "Vós não sabeis o que pedis." Além de simples e humilde, a nossa oração de petição deve ter em mira não a nossa glória — vã e passageira —, mas a glória de Deus: "Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça" (Mt 6, 36).
Por isso, devemos pedir antes de tudo a graça de sermos santos e fieis à vontade do Senhor. Não peçamos que nos livre das cruzes, mas que nos dê força para carregá-las com visão sobrenatural; não peçamos que nos conceda facilidades, mas um espírito de serviço pronto a entregar-se pelo bem dos irmãos, porque "o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir". Peçamos, enfim, que o próprio Senhor nos ensine a pedir o que e como convém, como Ele mesmo soube pedir em meio às angústias do Getsêmani: "Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua" (Lc 22, 42).
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