quinta-feira, 27 de maio de 2021

Liturgia Diária - A misericórdia de Deus cura, salva e liberta!.

 A Cura de um cego em Jericó. – Comunidade Católica Presença

Leitura (Eclesiástico 42,15-26)

Leitura do livro do Eclesiástico.
42 15 Relembrarei agora as obras do Senhor, proclamarei o que vi. Pelas palavras do Senhor foram produzidas as suas obras.
16 O sol contempla todas as coisas que ilumina; a obra do Senhor está cheia de sua glória.
17 Porventura não fez o Senhor com que seus santos proclamassem todas as suas maravilhas, maravilhas que ele, o Senhor todo-poderoso, consolidou, a fim de que subsistam para a sua glória?
18 Ele sonda o abismo e o coração humano, e penetra os seus pensamentos mais sutis,
19 pois o Senhor conhece tudo o que se pode saber. Ele vê os sinais dos tempos futuros, anuncia o passado e o porvir, descobre os vestígios das coisas ocultas.
20 Nenhum pensamento lhe escapa, nenhum fato se esconde a seus olhos.
21 Ele enalteceu as maravilhas de sua sabedoria, ele é antes de todos os séculos e será eternamente.
22 Nada se pode acrescentar ao que ele é, nem nada lhe tirar; não necessita do conselho de ninguém.
23 Como são agradáveis as suas obras! E todavia delas não podemos ver mais que uma centelha.
24 Essas obras vivem e subsistem para sempre, e em tudo o que é preciso, todas lhe obedecem.
25 Todas as coisas existem duas a duas, uma oposta à outra; ele nada fez que seja defeituoso.
26 Ele fortaleceu o que cada um tem de bom. Quem se saciará de ver a glória do Senhor?
Palavra do Senhor.
 

Salmo Responsorial 32/33

A palavra do Senhor criou os céus.
 
Daí graças ao Senhor ao som da harpa,
na lira de dez cordas celebrai-o!
Cantai para o Senhor um canto novo,
com arte sustentai a louvação!
 
Pois reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
Transborda em toda a terra a sua graça.
 
A palavra do Senhor criou os céus,
e o sopro de seus lábios, as estrelas.
Como num odre, junta as águas do oceano
e mantém no seu limite as grandes águas.
 
Adore ao Senhor a terra inteira,
e o respeitem os que habitam o universo!
Ele falou e toda a terra foi criada,
ele ordenou e as coisas todas existiram.

Evangelho (Marcos 10,46-52)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).

 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 46 chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu.
47 Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!"
48 Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: "Filho de Davi, tem compaixão de mim!"
49 Jesus parou e disse: "Chamai-o" Chamaram o cego, dizendo-lhe: "Coragem! Levanta-te, ele te chama."
50 Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele.
51 Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: "Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!
52 Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou." No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho.
Palavra da Salvação.

Reflexão 

O pecado nos estaciona, nos escraviza e nos deixa sem perspectivas nos impedindo de enxergar as maravilhas que Deus realiza na nossa vida.
Por causa dele nós ficamos à beira do caminho, isolados das graças e bênçãos que nos foram destinadas. O cego de Jericó é, então, o nosso protótipo quando nos deixamos escravizar pelo pecado e temos a visão obscurecida para as realidades espirituais.
O grito de Bartimeu é também o brado que parte da nossa alma que anseia pelo perdão e pela misericórdia de Deus quando nos sentimos afastados do povo de Deus por causa das condições em que estamos vivendo. Mesmo que aparentemente não deixemos transparecer, a nossa alma grita pedindo socorro, como aconteceu com o cego. O que nunca poderemos esquecer é de que Jesus está sempre perto de nós, sentado também conosco, esperando a nossa invocação. Mesmo que aqueles que O acompanham não nos reconheçam e achem que somos indignos de ficar perto do Mestre, Ele nos acolhe e anseia pelo nosso regresso. 
 
Bartimeu foi insistente e corajoso e deu uma prova da sua fé apesar da sua situação de penúria. Com o gesto de se desfazer do manto que o cobria, ele jogou fora a sua vida pregressa, toda a carga que levava sobre os ombros e se entregou sem restrições aos cuidados de Jesus. “Mestre, que eu veja”, foi o seu único pedido. Ele não se justificou nem acusou a ninguém pela sua desgraça, apenas confiou na misericórdia de Deus que cura, salva e liberta. Assim também nós precisamos fazer: reconhecer a nossa cegueira causada pelo pecado, pedir piedade ao Senhor, jogar fora o manto que pesa nos nossos ombros para acolher a cura da nossa alma. Aí então, poderemos nos ajuntar aos outros que caminham com Jesus para sermos Seus discípulos na busca de outros Bartimeus que também estão sentados, mendigando às margens da vida.  Jesus quer se deixar encontrar por todos que se acham assim e está atento ao nosso chamado   - Como você está atualmente, sentado à beira do caminho ou caminhando com o povo de Deus?  – Há alguém que você conhece hoje nesta mesma situação do cego Bartimeu?  - Você tem enxergado as maravilhas de Deus na sua vida? – Você já jogou fora o manto que o impedia de ver Jesus?
 
 
Helena Serpa 

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