sexta-feira, 29 de abril de 2016

A MISERICÓRIA E O PECADO.

O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores. (01) O anjo assim o disse a José: “Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados(Mt 1,21), o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento da Redenção: “Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado por todos para a remissão dos pecados(Mt 26,28). (CIC-1846) 

Deus, que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós(2). O acolhimento da sua misericórdia exige de nós a confissão das nossas faltas. “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a maldade(1Jo 1,8-9). (CIC-1847)
Como afirma São Paulo: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça(Rm 5,20). Mas para realizar a sua obra, a graça tem de pôr a descoberto o pecado, para converter o nosso coração e nos obter “a justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5, 21). Como um médico que examina a ferida antes de curá-la, Deus, pela sua Palavra e pelo seu Espírito, projeta uma luz viva sobre o pecado: “A conversão requer o reconhecimento do pecado. Contém em si mesma o juízo interior da consciência. Pode ver-se nela a prova da ação do Espírito de verdade no mais íntimo do homem. Torna-se, ao mesmo tempo, o princípio dum novo dom da graça e do amor: "Recebei o Espírito Santo". Assim, neste "convencer quanto ao pecado" descobrimos um duplo dom: o dom da verdade da consciência e o dom da certeza da redenção. O Espírito da verdade é o Consolador” (03) (CIC-1848)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 - Cf. Lc 15
02 - Santo Agostinho, Sermão 169, 11, 13: PL 38, 923
03 - João Paulo II, Enc. Dominum et vivificantem, 31: AAS 78 (1986) 843
Fonte: Catecismo da Igreja Católica

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