segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

RECICLADO


Meu coração acabou usado e amarfanhado.

Minha alma trincou.

Meus pensamentos borraram.

Meus sentimentos se conspurcaram.


Fui ficando feio, velho, manchado.

Lá dentro do meu ser, a coisa ficou feia.


Foi quando, num dia de confissão,

passaste à minha porta.


Recolheste os cacos do meu eu

e os reciclaste,

cada um do jeito que era antes


Agora, estou novo de novo!


Dar-te-ei mais um nome,

Além de meu salvador e meu redentor,

serás também o meu reciclador.


Pode não ser um adjetivo bonito,

mas sei que é verdadeiro.

Tu me refizeste.

Quem me criou, também me reciclou!


Padre Zezinho

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