Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Assim fala o Senhor Deus: 17Dentro de pouco tempo, não se transformará o Líbano em jardim? E não poderá o jardim tornar-se floresta?18Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro e os olhos dos cegos verão, no meio das trevas e das sombras. 19Os humildes aumentarão sua alegria no Senhor, e os mais pobres dos homens se rejubilarão no Santo de Israel; 20fracassou o prepotente, desapareceu o trapaceiro, e sucumbiram todos os malfeitores precoces, 21os que faziam os outros pecar por palavras, e armavam ciladas ao juiz à porta da cidade e atacavam o justo com palavras falsas.22Isto diz o Senhor à casa de Jacó, ele que libertou Abraão: “Agora, Jacó não mais terá de envergonhar-se nem seu rosto terá de enrubescer; 23quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó, e temerão o Deus de Israel; 24os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender”.
Evangelho (Mateus 9,27-31)
.Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região. - Palavra da Salvação.
O local geográfico do episódio não é citado. Alguns estudiosos das sagradas escrituras o situam em Cafarnaum, em vista de estar, em Mateus, logo a seguir à ressurreição da filha de Jairo, e se dividem quanto à “casa” a que se refere o narrador, que diz apenas “entrando em casa”. Todavia, supõe-se, que seja na casa de Pedro, ou então na de Mateus. Ou ainda que Jesus alugara um apartamento para si, independente, para ter a liberdade de movimento indispensável a um ministério como o seu. E essa dedução é feita porque em Mat. 8:14 é dito “foi à casa de Pedro”, e em Mat. 13:1 “saiu de casa” ou “voltou a casa” (Mat. 13:36 e 17:25). Logo é a “sua casa”. Não cremos haja Jesus abandonado a casa de Pedro, nem para trocá-la por uma mais rica (a de Mateus), nem para uma casa própria, onde teria o problema de quem lhe cuidasse das coisas, o que não faltava, com todo o amor, na casa de Pedro, com as esposas dele e de André, suas filhas e a própria sogra de Pedro, que fora curada por Jesus.
Pela cronologia geralmente aceita, a cura foi efetuada na Transjordânia, em sua estada depois da Festa da Dedicação.
Jesus passou os seus três anos de vida pública pregando o Reino do Pai e operando milagres em benefício daquele povo que sofria muito, por pertencer a uma classe desprivilegiada, muito pobre e excluída, por isso, do convívio e costumes dos escribas e fariseus, descendentes do povo que Moisés (enviado por Deus), tirou da escravidão que viviam no Egito por 400 anos, para levá-los à terra prometida e que acabaram, depois de tantas alianças propostas por Deus, vivendo como pagãos. Por isso Jesus veio, como extremo recurso, para salvar aquele povo de “cabeça dura” e, nas suas andanças, Jesus não foi aceito no meio daquela gente que até hoje espera pelo Messias, pelo Salvador que já veio. Eles achavam que o salvador deveria ser um grande, forte e poderoso homem, que chegaria montado num belo cavalo e que seria para eles o salvador que Javé havia prometido aos seus antepassados, os quais viviam dentro de esquemas cheios de leis, mais de 5000. Leis impostas aos pobres que não faziam parte do convívio com os ricos, senhores e doutores das leis, que os exploravam, massacravam, desprezavam e nem eram dignos de terem algum contato com eles.
Um dia, Jesus passava pelas ruas e em determinado local passa por dois cegos, à beira do caminho, que gritam chamando-lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. O título “Filho de David” designava o Messias (cfs. Salmo 17:23, etc) e já fora empregado pela Cananéia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente, um título que honrava a pessoa: bem David. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.
Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força de fazer isso. A resposta é singela: “Sim, Senhor”, “meu senhor”. Em resposta, Jesus lhes diz: “faça-se a vós segundo a vossa crença”, e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os, que ninguém saiba. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido em toda a região.
Jesus chega até eles e lhes pergunta:- “Que quereis que vos faça?” - “Que enxerguemos, Senhor! Tende piedade de nós!” Jesus coloca os dedos em seus olhos e diz: “Então, que vejam!” E ficaram ambos curados. Saíram gritando e glorificando a Deus pela graça recebida, por toda aquela região. Daí, Jesus, com as Suas pregações e o Seu amor, começa a mudar a vida de muita gente que passa a segui-lo como discípulos; passando da apatia que os dominava, para a certeza em suas esperanças revividas por aquele homem que lhes falava ao coração e lhes trazia a alegria do Senhor. Abriu-lhes os olhos para a realidade das promessas feitas por Deus aos seus antepassados; que começava a ser cumprida ali, em cada encontro. Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos. O povo que O ouvia foi crescendo, crescendo, que mesmo Ele sendo crucificado todos assumiram o seu lugar na Sua vida. E, passado todo aquele tempo da missão de Jesus, todos enxergaram limpidamente, com exceção dos que foram responsáveis por sua morte e, que até hoje esperam o Messias, que já veio, chama-se Jesus e vive no meio de nós, pelo seu Espírito Santo que Ele nos deixou como advogado e defensor. Por isso, todos os dias e a cada Natal, nós, cristãos, fazemos memória e trazemos Jesus à terra, para lhe demonstrarmos que O amamos, na comemoração do Seu nascimento, apesar de sermos fracos, pequenos, mas lutadores e perseverantes para chegarmos até o fim, para recebermos, através da Sua extrema Misericórdia, o lugar no céu, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.
Pela cronologia geralmente aceita, a cura foi efetuada na Transjordânia, em sua estada depois da Festa da Dedicação.
Jesus passou os seus três anos de vida pública pregando o Reino do Pai e operando milagres em benefício daquele povo que sofria muito, por pertencer a uma classe desprivilegiada, muito pobre e excluída, por isso, do convívio e costumes dos escribas e fariseus, descendentes do povo que Moisés (enviado por Deus), tirou da escravidão que viviam no Egito por 400 anos, para levá-los à terra prometida e que acabaram, depois de tantas alianças propostas por Deus, vivendo como pagãos. Por isso Jesus veio, como extremo recurso, para salvar aquele povo de “cabeça dura” e, nas suas andanças, Jesus não foi aceito no meio daquela gente que até hoje espera pelo Messias, pelo Salvador que já veio. Eles achavam que o salvador deveria ser um grande, forte e poderoso homem, que chegaria montado num belo cavalo e que seria para eles o salvador que Javé havia prometido aos seus antepassados, os quais viviam dentro de esquemas cheios de leis, mais de 5000. Leis impostas aos pobres que não faziam parte do convívio com os ricos, senhores e doutores das leis, que os exploravam, massacravam, desprezavam e nem eram dignos de terem algum contato com eles.
Um dia, Jesus passava pelas ruas e em determinado local passa por dois cegos, à beira do caminho, que gritam chamando-lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. O título “Filho de David” designava o Messias (cfs. Salmo 17:23, etc) e já fora empregado pela Cananéia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente, um título que honrava a pessoa: bem David. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.
Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força de fazer isso. A resposta é singela: “Sim, Senhor”, “meu senhor”. Em resposta, Jesus lhes diz: “faça-se a vós segundo a vossa crença”, e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os, que ninguém saiba. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido em toda a região.
Jesus chega até eles e lhes pergunta:- “Que quereis que vos faça?” - “Que enxerguemos, Senhor! Tende piedade de nós!” Jesus coloca os dedos em seus olhos e diz: “Então, que vejam!” E ficaram ambos curados. Saíram gritando e glorificando a Deus pela graça recebida, por toda aquela região. Daí, Jesus, com as Suas pregações e o Seu amor, começa a mudar a vida de muita gente que passa a segui-lo como discípulos; passando da apatia que os dominava, para a certeza em suas esperanças revividas por aquele homem que lhes falava ao coração e lhes trazia a alegria do Senhor. Abriu-lhes os olhos para a realidade das promessas feitas por Deus aos seus antepassados; que começava a ser cumprida ali, em cada encontro. Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos. O povo que O ouvia foi crescendo, crescendo, que mesmo Ele sendo crucificado todos assumiram o seu lugar na Sua vida. E, passado todo aquele tempo da missão de Jesus, todos enxergaram limpidamente, com exceção dos que foram responsáveis por sua morte e, que até hoje esperam o Messias, que já veio, chama-se Jesus e vive no meio de nós, pelo seu Espírito Santo que Ele nos deixou como advogado e defensor. Por isso, todos os dias e a cada Natal, nós, cristãos, fazemos memória e trazemos Jesus à terra, para lhe demonstrarmos que O amamos, na comemoração do Seu nascimento, apesar de sermos fracos, pequenos, mas lutadores e perseverantes para chegarmos até o fim, para recebermos, através da Sua extrema Misericórdia, o lugar no céu, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.
Padre Bantu
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