Meditemos sobre o final do Ano Nacional Mariano e a comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Neste dia 11 de outubro de 17, chegamos ao
fim do Ano Nacional Mariano, instituído pela Congregação Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), e no dia 12 comemoramos o jubileu de 300 anos
do encontro milagroso da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
nas águas do Rio Paraíba Rio Sul, na atual cidade de Aparecida-SP. O
povo católico brasileiro está em festa pelos 300 anos de Nossa Senhora
Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil!
No fim deste Ano Mariano, ao celebrarmos o
jubileu dos 300 anos de Aparecida, nosso coração deve encher-se de
alegria pelas graças e bênçãos concedidas por Deus através das mãos
maternais da Virgem Maria. Devemos agradecer a nossa Mãe e Rainha por
tantos favores recebidos nestes três últimos séculos. Além disso, apesar
das “nuvens negras” que pairam sobre a sociedade do Brasil e do mundo,
apesar da violência, das guerras, da separação das famílias, das
ideologias que se espalham rapidamente, somos chamados por Nossa Senhora
a uma atitude de fé e de esperança. Como outrora, supliquemos a nossa
Mãe e Padroeira nos ajude a ser valorosos e a dizer nosso sim ao chamado
de nosso Senhor Jesus Cristo ao amor, à santidade.
Aparecida e a presença materna da Virgem Maria
Certamente que, ao celebrarmos o jubileu de
300 anos de Aparecida, nosso coração se enche de alegria pelas graças e
bênçãos concedidas a nós por Deus, através das mãos maternais da Virgem
Maria. Mas, há ainda algo mais profundo e importante para nossa vida
espiritual que devemos considerar nesses dias. O encontro da imagem de
Nossa Senhora da Conceição recordou o povo daquele tempo e lembra a cada
um de nós que temos uma Mãe, solícita, preocupada, com o bem espiritual
e material de seus filhos.
Há 300 anos, alguns pescadores estavam com
medo, angustiados porque seus patrões queriam peixes e, à semelhança dos
discípulos de Jesus, nada apanharam (cf. Lc 5, 5). Então, no rio
Paraíba, da mesma forma que no lago de Genesaré, aconteceu uma pesca
milagrosa, depois que os pescadores encontraram a imagem da Nossa
Senhora da Conceição, que chamaram carinhosamente de “Aparecida”. A
partir disso, aquele povo simples e humilde conscientizou-se que tem uma
Mãe, que está atenta à necessidade de cada um de seus filhos.
Assim, mais do que pelas graças e bênçãos
que recebemos por suas mãos, devemos nos alegrar porque temos uma Mãe.
Os grandes e milagres e prodígios que aconteceram e ainda acontecem
pelas mãos de Nossa Senhora Aparecida nos lembram que não estamos
sozinhos, mas temos esta Mãe amorosa, que cuida de cada um de nós, como
cuidou de seu Filho Jesus na humilde casa de Nazaré.
Como é importante a figura da mãe em uma
casa, em uma família. Da mesma forma, na vida espiritual é
importantíssima a presença materna da Virgem Maria. Por isso, façamos
como o apóstolo São João e acolhamos a Mãe, que nos foi dada por Jesus,
em nossa casa, em nosso coração (cf. Jo 19, 27).
Aparecida e o crescimento na virtude da fé
Aqueles pescadores estavam impotentes, sem
saber o que fazer para salvar a jornada de trabalho e provavelmente os
seus empregos. Pois, lançaram tantas vezes as redes no rio Paraíba e
nada apanharam. Mas, ainda que a situação seja difícil, devemos sempre
confiar, ter fé. Pois, temos uma Mãe solícita, que está junto ao seu
Filho Jesus a interceder por cada um de nós!
Em Aparecida, a Virgem da Conceição
manifestou o seu cuidado materno principalmente para fortalecer a fé
daqueles pobres pecadores. Na “Aparecida” do nosso coração, ela também
quer manifestar o seu cuidado materno e fortalecer a nossa fé. No
entanto, mais do que realizar milagres e prodígios, Nossa Senhora quer
aumentar a nossa fé!
Diante de tantos fatos tristes, revoltantes,
incompreensíveis, que todos os dias vemos nos meios de comunicação, não
podemos perder a fé. Recentemente, uma imagem de Nossa Senhora
Aparecida foi ultrajada. Além disso, em uma exposição de “arte”
contemporânea, Jesus e Maria foram profundamente desrespeitados; a
dignidade humana foi rebaixada a um nível que, há pouco tempo, jamais
imaginaríamos.
Confrontados com estes e tantos outros fatos
que nos deixam perplexos, talvez nos sintamos como aqueles pescadores,
angustiados, com medo, sem saber o que fazer. Mas, como aconteceu
outrora, a Virgem Aparecida que fortalecer a nossa fé. Por isso, façamos
a nossa parte, “lancemos as redes” da verdadeira caridade nos corações
dos homens e deixemos que a “pesca milagrosa” aconteça, que a nossa fé
cresça a ponto de mover montanhas! (cf. Mt 17, 20). Neste fim do Ano
Mariano, na comemoração dos 300 anos de Aparecida, invoquemos com
confiança a Virgem Maria e peçamos a ela aquilo que pediram os
discípulos a Jesus: “Aumenta-nos a fé!” (Lc 17, 5). Pois, como está
escrito na Carta aos Hebreus, “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb
11, 6).
Oração do Papa São João Paulo II a Nossa Senhora Aparecida
Mãe de Deus e nossa,
protegei a Igreja, o Papa, os Bispos, os Sacerdotes
e todo o Povo fiel; acolhei sob o vosso manto protetor
os religiosos, religiosas, as famílias,
as crianças, os jovens e seus educadores!
protegei a Igreja, o Papa, os Bispos, os Sacerdotes
e todo o Povo fiel; acolhei sob o vosso manto protetor
os religiosos, religiosas, as famílias,
as crianças, os jovens e seus educadores!
Saúde dos Enfermos e Consoladora dos Aflitos,
sede conforto dos que sofrem no corpo ou na alma;
sede luz dos que procuram Cristo,
Redentor do Homem; a todos os homens
mostrai que sois a Mãe de nossa confiança.
sede conforto dos que sofrem no corpo ou na alma;
sede luz dos que procuram Cristo,
Redentor do Homem; a todos os homens
mostrai que sois a Mãe de nossa confiança.
Rainha da Paz e Espelho da Justiça,
alcançai para o mundo a paz,
fazei que o Brasil tenha paz duradoura,
que os homens convivam sempre como irmãos,
como filhos de Deus!
alcançai para o mundo a paz,
fazei que o Brasil tenha paz duradoura,
que os homens convivam sempre como irmãos,
como filhos de Deus!
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!
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