Vaticano, 12 Dez. 10 / 04:39 pm (ACI).- Em sua visita pastoral à paróquia romana de São Maximiliano Kolbe na manhã deste domingo, o Papa Bento XVI assinalou que nem as violentas revoluções nem as grandes promessas mudam o mundo, e sim a silenciosa luz da verdade e o amor de Deus.
Na homilia da Missa que presidiu na citada paróquia o Santo Padre se referiu ao Evangelho de hoje no qual João Batista envia dois de seus discípulos a perguntar a Jesus se ele é o Messias que deveria vir “Ou devemos esperar a outros?”
O Papa afirmou que nos últimos dois ou três séculos vieram muitos profetas, ideólogos e ditadores, que disseram: ‘Não é ele! Ele Não mudou o mundo! Nós sim!’”
Estes homens, prosseguiu o Papa, “criaram seus impérios, suas ditaduras, seus totalitarismos que teriam mudado o mundo. E o mudaram, mas de modo destrutivo. Hoje sabemos que destas grandes promessas não restou mas que um grande vazio e uma grande destruição. Não eram eles então”.
E assim, “devemos ver de novo a Cristo, e perguntar-lhe: ‘és tu?’. O Senhor, no mundo silencioso que lhe é próprio, responde: ‘Vejam o que tenho feito. Não tenho feito revoluciões cruentas, não mudei com força o mundo, mas sim acendi muitas luzes que formam, no tempo, um grande caminho luminoso nos milênios”.
Como exemplo destas luzes que o Senhor “acende” na história, o Papa apresenta a São Maximiliano Kolbe, “que se voluntariou a morrer de fome para salvar um pai de família. Que grande luz se converteu! Quanta luz se fez com esta figura que animou a outros a entregarem-se, a estar próximos aos que sofrem e os oprimidos!”
“Pensemos no pai que era para os leprosos Damião Veuster, que viveu e morreu com e para eles, e assim levou luz a esta comunidade. Pensemos na Madre Teresa, que deu luz a tantas pessoas, que logo depois de uma vida sem luz, morreram com um sorriso porque foram tocadas pela luz do amor de Deus”.
“E assim poderemos continuar e veremos como o Senhor disse na resposta a João, que não é a violenta revolução do mundo, nem as grandes promessas as que mudam ao mundo, mas a silenciosa luz da verdade, da bondade de Deus que é o sinal de Sua presença e nos dá a certeza de que somos amados profundamente e que não somos esquecidos, não somos um produto de um acaso, mas uma vontade de amor”.
Desta forma, explica o Papa, “podemos sentir a proximidade de Deus. ‘Deus está perto, diz a Primeira Leitura de hoje, está perto mas nós com freqüência estamos longe. Aproximemo-nos, vamos à presença de sua luz, rezemos ao Senhor e no contato da oração convertamo-nos, nós mesmos, em luz para os outros”.
Este é o sentido da Igreja paroquial: “entrar ali, em conversa, em contato com Jesus, com o Filho de Deus, assim nós mesmos nos convertemos em uma pequenas luzes que Ele acendeu e a levamos a mundo que precisa ser redimido”.
“Nosso espírito deve abrir-se a este convite e assim caminhar com alegria ao encontro do Natal, imitando a Virgem Maria, que esperou na oração, com íntima e alegre trepidação o nascimento do Redentor. Amém!”
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