sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

JOÃO, FILHO DA VIRGEM - IV


Em Maria, João sempre sentia o ardor incandescente deste Amor infinito.
João tinha tudo a aprender em termos da pureza do olhar.


Quando, no Cenáculo, João se inclinou sobre o peito do Mestre, ele se aproximou da morada do Amor infinito.Em Maria, João sempre sentia o ardor incandescente deste Amor infinito.

Nela, a divina Presença, à guisa de um tabernáculo vivo, continuava a subsistir e a espalhar a sua paz, a sua luz e o seu amor.Se Maria e João compartilhavam o mesmo amor, a experiência de Maria quanto às coisas de Deus eram mais elevadas.
Dela, João tinha tudo a aprender em termos da pureza do olhar, em termos da fé e da fidelidade.Não que suas vidas tivessem que se identificar; pois nem poderiam e nem deveriam fazê-lo.Após ter recebido a mensagem de Jesus Cristo, João deveria transmiti-la de forma teológica, profética e espiritual.

Ele deveria fazer com que a vida “em espírito e em verdade” fosse divulgada, tornando-se conhecida.Maria, por sua vez, deveria permanecer sendo a alma e o coração da Igreja.A missão de João não estava somente na absorção da mensagem de Cristo, porém, sendo amigo, confidente e sacerdote de Cristo Jesus, ele deveria ser iluminado por Maria, para um maior aprofundamento nas mensagens.

Era preciso que aprendesse a “permanecer” em espírito sobre este sagrado Coração, que Maria e ele contemplaram, sofrido e aberto, na Cruz, Coração que somente Maria havia formado, com a sua própria carne e sentido palpitar em suas entranhas.

P. Paul Marie de la Croix, O.C.D.
O Evangelho de João e seu testemunho espiritual
Desclée de Brouwer
Fonte:pemiliocarlos.blogspot.com

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