segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

QUEM ERA O DISCÍPULO AMADO.


É o único que não tem medo de acompanhá-lo na cruz, quando todos o abandonam.

João é o único evangelista que não dá lugar de destaque aos apóstolos, mas menciona-os em diferentes episódios.Ele é também o único que fala da presença de um misterioso personagem, alguém muito próximo de Jesus.Esse discípulo, que tem o privilégio de ser especialmente amado por Jesus, aparece em seis aparições no seu evangelho.
Ele esteve na ultima ceia, reclinando sua cabeça no peito de Jesus.Os estudiosos especulam que esse discípulo seria um dos seguintes personagens: Lázaro, o jovem ressuscitado por Jesus; o jovem rico, que um dia se aproximou de Jesus para lhe perguntar o que devia fazer para ganhar a vida eterna; Natanael, aquele discípulo mencionado uma só fez por João e a quem Jesus, quando o viu, lhe disse que era “um verdadeiro israelita, em quem não há maldade” (Jo 1,47); o próprio João, apóstolo e evangelista, que nunca fala de si próprio no seu evangelho, mas que pertencia ao pequeno grupo de três apóstolos preferidos pelo Senhor, ao lado de Pedro e Tiago.

Não há convergência entre os exegetas, daí concluir-se que o discípulo amado não existiu, de fato; se existe, somos todos nós.Não se trata de uma figura real, mas de um símbolo daquilo que dever ser todo verdadeiro seguidor de Jesus. É o único que não tem medo de acompanhá-lo na cruz, quando todos o abandonam. De segui-lo até as últimas consequências. É ele que imediatamente crê em sua ressurreição, apenas com um olhar para o interior da tumba.Ele é aquele que segue de perto a Jesus e também a Pedro, ou seja, a hierarquia da Igreja. (Do opúsculo “Que sabemos sobre a Bíblia”, Vol 2, de Ariel Alvarez Valdés, Editora Santuário)São João, apóstolo e evangelistaAo evangelista João devemos um Jesus mais íntimo, aquele que mais profundamente se manifesta filho de Deus feito homem.

Filho de Zebedeu, rico pescador de Betsaida (Mc 1,20; Mt 4, 18-22; Jo 1,44) e de Salomé, uma das mulheres que se puseram a serviço de Jesus e de seus apóstolos, João foi provavelmente educado, como o irmão Tiago, em ambiente da seita dos zelotes, como mostra a vivacidade de suas réplicas (Mc 3, 17; Lc 9, 53-56).Sendo discípulo de João Batista (Jo 1,35-41), foi encaminhado a Jesus por seu mestre. Uma vez discípulo de Jesus, João foi um dos mais ativos membros do grupo, um daqueles a quem o Senhor confiou maior número de encargos e os mais íntimos segredos (Mt 17, 1-8); Mc 13, 3; Lc 22, 8; Jo 13,23; Mt 26,37; Jo 19,26; 20,3).Tomou parte no Concílio de Jerusalém (Gl 2,9) e, no termo de uma longa vida apostólica, foi exilado na ilha de Patmos, ao tempo de Domiciano (Ap 1). João colocou no centro do seu Evangelho a manifestação de Deus ao mundo na pessoa do Cristo: Jesus é filho de Deus, e se apresenta como tal mediante seus grandes “sou sou” e múltiplas manifestações concretas.A tais manifestações João dá o nome de “testemunho” ou de “missão”, numa série de “sinais” da “glória” de Deus; o mais importante destes “sinais” realiza-se na “hora” da glorificação de Cristo no mistério pascal.Estes sinais perpetuam-se na vida da Igreja e nos sacramentos da presença do Senhor.As cartas de João prolongam o ensinamento de seu Evangelho.

Deus, que é “Amor e Luz”, os deveres cristãos derivados da caridade e as precauções contra o pecado são os temas principais.O Apocalipse é essencialmente uma meditação sobre o significado da história, redigida segundo um gênero literário muito usado no mundo hebraico, e destinada a fortalecer a fé cristã exposta a perseguições: Cristo já venceu o mundo e Satanás; os que participam dos sofrimentos de Cristo participarão também de seu triunfo.

com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
pemiliocarlos.blogspot.com

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