sábado, 7 de maio de 2022

3ª Semana da Páscoa - Nada mais certo do que a fé.

 Momento Catequético: Sábado da 3ª semana da Páscoa, Jo 6, 60-69 – Diocese  de São Carlos

Primeira Leitura: Atos 9,31-42

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 31a Igreja vivia em paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo. 32Pedro percorria todos os lugares; e visitou também os fiéis que moravam em Lida. 33Encontrou aí um homem chamado Eneias, que estava paralítico e há oito anos jazia numa cama. 34Pedro disse-lhe: “Eneias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma a tua cama!” Imediatamente Eneias se levantou. 35Todos os habitantes de Lida e da região do Saron viram isso e se converteram ao Senhor. 36Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, nome que quer dizer Gazela. Eram muitas as boas obras que fazia e as esmolas que dava. 37Naqueles dias ela ficou doente e morreu. Então lavaram seu corpo e o colocaram no andar superior da casa. 38Como Lida ficava perto de Jope, e ouvindo dizer que Pedro estava lá, os discípulos mandaram dois homens com um recado: “Vem depressa até nós!” 39Pedro partiu imediatamente com eles. Assim que chegou, levaram-no ao andar superior, onde todas as viúvas foram ao seu encontro. Chorando, elas mostravam a Pedro as túnicas e mantos que Tabita havia feito quando vivia com elas. 40Pedro mandou que todos saíssem. Em seguida, pôs-se de joelhos e rezou. Depois, voltou-se para o corpo e disse: “Tabita, levanta-te!” Ela então abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se. 41Pedro deu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se. Depois chamou os fiéis e as viúvas e apresentou-lhes Tabita viva. 42O fato ficou conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos acreditaram no Senhor. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 115(116B)

Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor?

1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

2. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. / É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. – R.

3. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † vosso servo que nasceu de vossa serva; / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! / Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

Evangelho: João 6,60-69

Aleluia, aleluia, aleluia.                                             

Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; / só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isso vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”. 

Palavra da salvação.

Reflexão

O sermão eucarístico que Nosso Senhor veio desenvolvendo ao longo dos últimos dias conduz seus discípulos a uma encruzilhada: é necessário agora decidir-se por Jesus, ou seja, aceitar ou não com fé a sua palavra, às vezes tão dura de ouvir. Lembremo-nos que, no início de todo este discurso, boa parte dos que seguiam o Senhor buscavam nele uma solução rápida e eficaz para os próprios problemas mundanos. Era a fome — o desejo de pão, particularmente — o que motivava tantos a acompanhá-lo pelos desertos de Israel. Jesus pede-lhes então uma obra distinta: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que Ele enviou” (Jo 6, 29). Esta , por sua vez, torna-se alimento, pão de vida, fruto de um sacrifício redentor e de amor: “Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (Jo 6, 35). A reação do povo, no entanto, é de rechaço, descrença, indisposição: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” (Jo 6, 60). Dura para os que não querem crer, mas verdadeira, certíssima e vivificante para os que a ela se abrem. As palavras de Cristo, se acolhidas com fé, e não com as suspeitas ingênuas e maliciosas dos nossos tempos, fazem agir em nós um princípio superior, o Espírito Santo, que nos infunde uma vida nova — a sua própria vida divina — e transformam profundamente o nosso ser. Que Ele nos ajude, pois, a dar esse passo da fé, a fim de trilharmos o caminho percorrido pelos santos e humildes de coração, e não a vida da infidelidade e da falta de fé, distante do único que tem palavras de vida eterna.

 

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