sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LITURGIA DIÁRIA - A AFIRMAÇÃO DE PEDRO.



Primeira Leitura: Ageu 1, 15; 2, 9

SÃO PIO DE PIETRELCINA
PRESBÍTERO
(branco, pref.comum ou dos santos ofício da memória)

Leitura da profecia de Ageu - 15aos vinte e quatro dias do sexto mês. 9O esplendor desta casa sobrepujará o da primeira - oráculo do Senhor dos exércitos. - Palavra do senhor.
Salmo Responsorial(42)
 REFRÃO: Espera em Deus! Louvai novamente / o meu Deus salvador!
1. Fazei-me justiça, ó Deus, e defendei minha causa contra uma nação ímpia. Livrai-me do homem doloso e perverso, - R.
2. pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza; por que me repelis? Por que devo andar triste sob a opressão do inimigo? - R.
3. Lançai sobre mim a vossa luz e fidelidade; que elas me guiem, e me conduzam ao vosso monte santo, aos vossos tabernáculos. - R.
4. E me aproximarei do altar de Deus, do Deus de minha alegria e exultação. - R.
Evangelho: Lucas 9, 18-22

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? 19Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas. 20Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus. 21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 22Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia. - Palavra da salvação.
catolicanet.com

 
Homilia - Pe Bantu

 
O Evangelho nos fala que “Jesus estava rezando num lugar retirado e os discípulos estavam com Ele.” À medida que caminhamos com Jesus Ele também nos atrai para um lugar a parte a fim de que possamos conversar com Ele assim como faziam os Seus discípulos. Aí, então, Ele nos vai revelando os projetos do Pai para nós, como também vai se desnudando e, na partilha, na camaradagem, na confiança, sonda o nosso coração para coisas que precisamos entender. O Evangelho de ontem narra a reação de Herodes ante as notícias que se espalhavam sobre Jesus. Após esse episódio, Lucas narra a multiplicação dos pães, e hoje continua com o versículo 18, onde Jesus pergunta o que dizem d’Ele, e o que os discípulos pensam dEle. E o interessante disso tudo é que os discípulos escutavam os mesmos comentários que chegaram aos ouvidos de Herodes que, Jesus era ou João Batista, ou Elias, ou algum dos profetas antigos que ressuscitou. Mas o que Jesus realmente queria saber era o que os seus discípulos pensavam a respeito d’Ele. E nesse momento é Pedro quem se adianta, dizendo: "Tu és o Cristo de Deus!"
A palavra "Cristo" vem do grego, é uma tradução literal de "Messias", e significa "ungido". Esta resposta de Pedro tem todo um significado, e é sobre isso que vamos refletir hoje.
Na verdade, quando Jesus dirigiu-se aos Seus discípulos e lhes perguntou o que “os outros” diziam Dele, era apenas um pretexto para tocar nesse assunto. O Seu desejo era que os Seus seguidores tivessem consciência de quem Ele era e aprendessem a expor a sua opinião de uma forma consciente e concreta. Em outras palavras, que eles O conhecessem e ao mesmo tempo se conhecessem. O Senhor nos exercita nesse sentido. Saber quem é Jesus e conhecê-Lo intimamente nos garante a possibilidade para que nós também nos conheçamos e, aos pouquinhos, percebamos o plano de Deus para nós e do que precisamos para que a vontade do Pai se realize na nossa vida. Jesus não estava interessado na opinião dos outros.
Os livros proféticos do Antigo Testamento falam da vinda do Messias, o Salvador. E atribui a Ele o poder de curar os doentes, expulsar demônios, e trazer a paz ao povo. João Batista sabia disso. E é por isso que quando ele mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se Ele era o Messias, Jesus pediu que os discípulos de João o acompanhassem durante aquela tarde enquanto Ele realizou a cura de cegos e aleijados. Depois disso, Jesus disse aos discípulos de João que voltassem para dizer o que tinham visto. Jesus não queria dizer, neste momento, que Ele era o Messias, pois muitas coisas ainda precisavam acontecer antes do seu martírio. João Batista, como conhecedor das escrituras, sabia desses sinais. Se Jesus já afirmasse desde esse momento que era a Promessa de Deus, o alvoroço e a polêmica seriam ainda maiores do que este que já estava acontecendo. E isso poderia encurtar a sua trajetória no meio de nós.
Mas então as pessoas da época não sabiam que Ele era o Ungido de Deus? O Filho de Deus? Que não deveriam esperar que viesse outro? Pois é, não sabiam. Somente os discípulos sabiam disso. E foram severamente proibidos de comentar isso com alguém até que Ele passasse pelo martírio, morte e ressurreição.
Hoje, também, Ele não quer saber de nós o que um ou outro conhecem sobre Ele, porém, o que Ele quer de nós é o conhecimento aprofundado da Sua pessoa e, como Pedro, tenhamos a convicção do Espírito para afirmar: “Tu és o Cristo de Deus!” Assim sendo, teremos a esperança e a confiança plena de que, depois do sofrimento e, mesmo da morte, nós também, como Ele, seremos ressuscitados.
Você tem buscado ficar sozinho com Jesus?- Quem é Jesus para você?- Quem é você para você mesmo?- Você tem dúvidas em relação à sua intimidade com Jesus?- Você, também, como Pedro, pode afirmar que Jesus é o Cristo de Deus, isto é, que Jesus é o seu Salvador?
Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida.

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