segunda-feira, 31 de maio de 2010

LITURGIA DIÁRIA

Evangelho: Marcos 12, 13-17

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos - Naquele tempo, 13Enviaram-lhe alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra. 14Aproximaram-se dele e disseram-lhe: Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo? 15Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário. 16Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: De quem é esta imagem e a inscrição? De César, responderam-lhe. 17Jesus então lhes replicou. Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E admiravam-se dele. - Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Enviados para encontrar em Jesus alguma falha, alguns líderes religiosos armaram uma cilada para tentarem surpreender e denegrir a pessoa e a autoridade de Jesus. Argumentaram a questão do tributo a César. Se Jesus apoiasse o tributo imperial, ficaria exposto ao ódio dos seus compatriotas que viviam sob a extorsão romana; se não apoiasse, seria denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do povo judeu. Um subversivo.
Então Jesus, com as palavras: “Dai a César o que é de César”, estabeleceu a importante questão de que o cristão é cidadão de dois mundos: o terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes, e ao mundo celeste com todas as implicações que isto acarreta. Que existe um poder nesse mundo passageiro, e um poder em um mundo que não tem fim. Jesus ensina, que enquanto estivermos neste mundo, teremos obrigações para com ele. Agora, precisamos também, ter o espírito de discernimento para fazer a distinção entre o que pertence a este mundo e o que pertence ao reino do céu. O que pertence a Deus e o que não pertence. Quanto as obrigações com este mundo, estão o exercício com dignidade da nossa cidadania, escolhendo de forma consciente àquele que será nosso representante, obedecendo, respeitando e rezando pelas autoridades constituídas pelo próprio povo. Essas autoridades por sua vez, deveriam reverter o valor dos impostos que foram pagos, em benefício para o povo, o que sabemos que na prática muito pouco se aplica. Mas, nós enquanto cristãos devemos cumprir com nossas obrigações, nunca esquecendo que também não podemos viver alienados, nem esquecer que somos cidadãos do céu e que temos obrigações no exercício da cidadania celestial. Essas, por sua vez, nos ensina que devemos atuar como porta-vozes de Deus. Anunciar a boa notícia e viver retamente segundo a vontade de Deus, contribuindo para a construção do reino do Seu filho na terra. Um reino de amor, paz, Justiça.
De um lado o imposto a ser pago em moeda deste mundo, do outro, o preço da nossa salvação.
Em uma tem a imagem e a descrição do Imperador romano, representa injustiça, opressão, medo. Em outra, de um lado tem a face de Jesus, e do outro, o sinal da nossa salvação: a cruz.
Qual o mais importante? Bem, lembremos das palavras de Jesus em Mateus 6,33: “buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Portanto, saiba que o Reino de Deus e a Sua justiça têm prioridade. Como disse Pedro: "Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5,29).
Que lutemos para conquistar a moeda pela qual possamos comprar nosso lote no reino do Céu. Que tenhamos nossa fé fortalecida em atos e palavras, nos tornando imitadores do Cristo, o filho do Deus vivo.


Wellington Dantas - Ministério Pregação/Formação, Grupo Semeando a Paz.

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