sexta-feira, 2 de março de 2012

ONDE ESTAVA DEUS NO MOMENTO DO MEU ACIDENTE? - PARTE FINAL



Mesmo na mais profunda dor gerada pela tragédia, é possível ter esperança. É bem verdade que a angústia, a decepção, a mágoa, os altos índices de violência resgistrados e expostos todos os dias pelos programas sensacionalistas, as notícias dos mais terríveis destastres e as mais comoventes catástrofes deixam o coração do homem em aflição e angústia, mas não é a mesma aflição e angústia que experenciam os que não têm esperança.

Aos que colocam sua esperança no Deus verdadeiro, não só enfrentam as dificuldades, como durante o momento da mais profunda dor, quando não a superam, mas aprende a conviverem com ela.

Deus não está ausente na sua dor, mas traz a força e o consolo para que não somente possa suportá-la, mas que também possa descobrir o tesouro que se esconde em cada sofrimento.

O Padre Pio de Pietrelcina assim descreve sobre o sofrimento e a dor na vida humana: Assim como o corpo precisa ser nutrido, também a alma precisa da cruz, dia a dia, para purificá-la e desapegá-la das coisas terrenas. Não queremos entender que Deus não quer e não pode nos salvar nem nos santificar sem a cruz. Quanto mais Ele chama uma alma a Si, mais a santifica por meio da cruz”

A desordem presente no mundo, a dor, o sofrimento e toda a aflição, além de consequências da existência do mal, servem de sinal para que o homem entenda de como seria a vida sem Deus e de um mundo sem amor. Voltariamos as caos do início, às trevas que habitavam o abismo.

Onde estava Deus na minha tribulação?

Deus estava no mesmo lugar que estava quando enviou seu único filho a este mundo para enfrentar o sofrimento, ser humilhado, cruficado e morto pregado em uma cruz, para trazer a minha e a sua salvação. Ele o amou tanto, que não poupou seu Filho da mais profunda e terrível angústia humana.

Os apóstolos não tinha nenhuma dúvida em quem depositava sua confiança nos momentos dificieis.

 Paulo escreve: Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo”.(Fl 4,19)

Pedro diz: "Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Ped. 5,6-7).

O Criei à minha imagem, transformei o caos e as trevas em um Paraíso para que você habitasse, o tenho cuidado e te chamado de meu filho, o que ainda preciso fazer por você?

Não te criei, não te amei tanto e não te ensinei a andar tão somente para vê-lo cair.

Acredita mesmo que Eu daria meu filho por vocês e não supriria às suas necessidades? Que não viria em auxílio à sua dor? Que seria indiferente na sua angústia?

Que faria tudo isso para vê-lo simplesmente perecer sob o domínio do mal?

Perguntas-me onde estou?

"Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28,20)

Senhor, sabemos que tu és o Deus todo poderoso, que tudo estás sob Teu controle. Somos limitados e fracos, não compreendemos o porque de tudo que nos acontece, nem o momento pelo qual experimentamos. Mas uma coisa agora entendenmos: És um Deus fiel, Deus de misericórdia, de amor infinito por nós e que permanecerás estável e  imutável em Sua essência.
Na no momento de nossa tribulação, não o viamos e nem o sentiamos, hoje o vemos e o sintimos, agindo, cuidando e protegendo na hora em que mais dependemos e necessitamos de Sua mão poderosa, do Seu imenso amor e de Sua infinita misericórdia.
No momento mais agonizante, lá estavas, assistindo em nossa fraqueza.

Infeliz que fomos. Fechado em nossa ingnorância, cego pela soberba e entregue à razão, não nos deixamos perceber que o Seu agir era constante na nossa vida.          
Envergonha-nos a forma como fomos insensatos, descuidados e egoístas, questionar a Vós, O Deus de Israel, O Deus da Glória, Deus do Amor, O nosso Deus, Santo, Eterno e Todo poderoso. Só resta recorrer a Vossa inifnita misericórdia e dizer em nossas afliçoes, em nossas tempestades:

“Senhor, salva-nos, pois estamos afundando!”(Mt 8,25)



por
wellington Dantas

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