quinta-feira, 15 de março de 2012

CATÓLICO E MAÇONARIA


Hoje a Maçonaria atrai muitos católicos, infelizmente, embora a Igreja proiba que nos tornemos maçons.
Com todo o respeito que devemos a cada pessoa, em face à sua opção, devemos contudo, lembrar aos que querem ser autenticamente católicos, que a filiação à Maçonaria é considera da pela Igreja Católica “pecado grave”, já que as concepções de Deus e religião, assim como o processo de iniciação secreta imposto aos novos membros, não se coadunam com as noções do Cristianismo relativos a Deus e aos sacramentos, principalmente.

A Igreja tem uma posição oficial sobre o assunto, que foi feita pelo pronunciamento da Santa Sé em 26/11/1983, por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico pelo Papa João Paulo li.
Esta é a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, que vem assinada pelo seu Prefeito, Cardeal Joseph Ratzinger e pelo Fr. Jérome Hamer, Secretário:
“Tem-se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato de que no novo Código de Direito Canõnico, ela não vem expressamente mencionada como no código anterior”. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional, seguido também quanto às outras associações igual mente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece, portanto, imutável o parecer negati­vo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois OS seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às ~colações maçônicas, estão em estado de pecado gra­ve e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de feve­reiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240s).
O Sumo Pontífice João Paulo li, durante a audiên­cia concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária des­ta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação”.

Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983. É importante notar que a Declaração da Santa Sé afirma que “estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Isto é muito sério para os católicos. E é a palavra oficial da Igreja sobre a questão!
O número 386 da Revista “Pergunte e Respondere­mos”, de autoria de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo artigo sobre o assunto.
Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólogo renomado; afirma: “A Maçonaria professa a concepção de Deus dita “deísta”, ou seja, a que a razão natural pode atingir; – admite “a religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões particula­res”. Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o pensamente cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verdades por Ele reveladas”.
“Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu processo de iniciação secreta. Pro­põem o aperfeiçoamento ético do homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e recebidas dos “grandes iniciados” do passado – entre os quais alguns maçons colocam o próprio Jesus Cristo. Cele­bram também ritos de índole “secreta ou esotérica”, que vão sendo manifestados e aplicados aos membros nova­tos à medida que progridem nos graus de iniciação. – Ora um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico”.

Outra razão muito séria que D. Estevão levanta, para mostrar ao católico que não se faça maçom, é esta: “Ademais, quem se filia a uma sociedade se­creta, não pode prever o que lhe acontecerá, o que se lhe pedirá ou imporá; não sabe se lhe será fácil guar­dar sua liberdade de opções pessoais. Embora tenci­one manter fidelidade a seus princípios íntimos, pode­se ver em encruzilhadas constrangedoras”.
Por outro lado, é preciso lembrar aos católicos que a fé e a doutrina da Igreja é insuperável e completa: herdada dos profetas e dos Apóstolos; revelada por Deus; confirma da pela Tradição dos Santos Padres, Doutores e Santos; confessada pelo sangue dos mártires e guardada pelo Sa­grado Magistério. Não é preciso buscar “coisas novas” para alimentar o espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu próprio Corpo na Eucaristia.?
O Santo Padre nos outorgou o Catecismo da Igreja Católica, de riqueza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pedro nos pede: “Estai sempre prontos a responder para a vos­sa defesa a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança”(1 Pe 3,15).

Antes de buscarmos “coisas novas”, e perigosas para a nossa vida espiritual, ou que põem em risco a nossa própria salvação eterna, vamos antes aprender o que deve­mos, no seio sagrado e puro da nossa Santa Mãe Igreja. Além do mais é preciso lembrar que a principal virtude do católico é a obediência à Santa Igreja, chamada pelo Papa João XXIII, de Mater et Magistra (Mãe e Mestra).

Quem desejar compreender melhor as razões pelas quais a Igreja, como Mãe cautelosa, proíbe os seus filhos de se associarem às lojas maçonicas, poderá ler o livro do Bispo de Novo Hamburgo, D. Boaventura kloppenburg, Igreja & Maçona­ria, Ed. Vozes, 2a. Edição, 1995, ou ainda o livro do Bispo Auxiliar de Brasília, D.João Evangelista Martins Terra, sobre o mesmo assunto.
Infelizmente, em desobediência à Igreja, alguns no passado, até mesmo do clero, se associaram à Maçonaria, no intuito, às vezes, de serem úteis à sociedade, mas isto nunca foi permitido pela Igreja.




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