"As Chagas de Cristo ferem os corações mais duros e aquecem as almas mais frias”.
Quando olhamos ao nosso redor, e contemplamos a beleza de Deus na Sua Criação, somos capazes de entender que tudo o que Ele criou expressa o Seu amor.
Entretanto, ao olharmos para a Cruz podemos ter a certeza, que não temos apenas um Deus que nos ama com um amor eterno (cf. Jr 31), mas temos um Deus completamente “enlouquecido de amor por nós”.
Entretanto, ao olharmos para a Cruz podemos ter a certeza, que não temos apenas um Deus que nos ama com um amor eterno (cf. Jr 31), mas temos um Deus completamente “enlouquecido de amor por nós”.
Sim! Creio ser esta a melhor definição para a Cruz: “loucura”
O Pai não se contentou em dar-nos apenas Suas mais belas criaturas. Desejou também entregar por amor a nós o Seu Filho único (cf. Rm 8, 32) para nossa redenção.
Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo fez-se homem, vestiu-se da nossa carne, para nos redimir da morte eterna e recuperar a graça Divina.
Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo fez-se homem, vestiu-se da nossa carne, para nos redimir da morte eterna e recuperar a graça Divina.
Com certeza, O Filho de Deus poderia ter nos salvado com sua morte, sem precisar sofrer tanto e humilhar-se. Mas escolheu por a nós, uma vida de aflições e desprezos e uma morte cruel e vergonhosa, destinada somente aos criminosos e a escória da sociedade.
Tudo isto Ele fez, para expressar ao homem o Seu imenso amor. Somente “a loucura do Amor” poderia levar um Deus tão grande e soberano a morrer numa cruz no meio de dois criminosos.
Tudo isto Ele fez, para expressar ao homem o Seu imenso amor. Somente “a loucura do Amor” poderia levar um Deus tão grande e soberano a morrer numa cruz no meio de dois criminosos.
É tão desconcertante a loucura da Cruz, que são Paulo nos diz que “o amor de Cristo nos constrange” (II Cor 5, 14).
E nós olhando para o Crucificado deveríamos nos encher de vergonha por nossos pecados. Mas ao mesmo tempo, sermos invadidos por um Santo entusiasmo, ao ponto desejar de todo o coração, abandonar as nossas faltas e voltar-se para Deus com todo fervor.
Como podemos olhar para o crucifixo, e continuarmos sendo a mesma pessoa?
Como podemos olhar para o madeiro da Cruz, para suas feridas e seu sangue derramado, e não sermos capazes de ouvir as Chagas de Jesus à gritar para nós: “Eu te Amo!"?
Como podemos olhar para o madeiro da Cruz, para suas feridas e seu sangue derramado, e não sermos capazes de ouvir as Chagas de Jesus à gritar para nós: “Eu te Amo!"?
São Boaventura nos ensina, que “as Chagas de Cristo ferem os corações mais duros e aquecem as almas mais frias”. Dentro do coração do Crucificado existe uma fornalha de amor, que deseja fazer prisioneiro da loucura da cruz todo o homem que for incendiado por suas labaredas de fogo. Pois as “chagas de amor” que cobriam o corpo de Cristo no madeiro da Cruz, eram apenas faíscas perto do incêndio que havia em seu coração.
Quando olho para o calvário não vejo apenas dois ladrões, mas vejo três. Pois no meio daqueles dois criminosos, está o ladrão de corações. Aquele que roubou meu coração, e me feriu com seu amor enlouquecido.
Sim… Que saiba o mundo inteiro, que tenho o coração ferido pelas Chagas de Amor do crucificado. Assim como rezava São João de Ávila:
“Ó grande Amor, o que fizestes? Viestes para curar e me feristes? Vieste a ensinar a viver e me tornastes semelhante a um louco? Ó sábia loucura, não viva mais eu sem vós! Senhor, quando vos vejo na cruz, tudo me convida a amar: o madeiro, a vossa pessoa, as feridas de vosso corpo e principalmente o vosso amor. Tudo me convida a vos amar e a não esquecer mais de vós”.
Convido você nesta quaresma a fazer o exercício da meditação diária na Paixão de Cristo.
E durante a semana santa deixe-se ser incendiado pelo fogo do coração do crucificado, ao ponto de tornar-se prisioneiro do amor, e assim experimentar a verdadeira liberdade em Deus.
E durante a semana santa deixe-se ser incendiado pelo fogo do coração do crucificado, ao ponto de tornar-se prisioneiro do amor, e assim experimentar a verdadeira liberdade em Deus.
Fraternalmente,
Ricardo Alexandre
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