“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo” |
Neste fim de semana somos convidados e refletir mais uma vez sobre o pecado que rompe com Deus e Deus que vem em socorro do homem. “...imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo”. Deus já fez muitas alianças com seu povo e estes rompem as alianças voltando a sua face contra Deus na degradação da vida social envolta no pecado. Mas neste texto Deus fala pelo profeta que fará uma aliança definitiva. E diz: “todos me reconhecerão, do menor ao maior deles”. Não será mais aliança escrita em pedra, mas no coração. Deus estava anunciando o evento Cristo que só aconteceram seis séculos depois. Vemos também que o Senhor promete seu Espírito que estará no coração do homem e lhe ensinará todas as coisas. Nosso Deus é persistente e não desiste de seu povo. Esta promessa se cumpre em Jesus. A segunda leitura nos coloca que: “Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu”. Foi na obediência ao Pai que Cristo nos conquistou a salvação. O que é para nós obedecer? Como estamos em nossa obediência a Palavra de Deus? Obedecer significa “submeter livremente”. Estamos nos submetendo à Palavra revelada? Pelo menos conhecemos o que Deus nos revelou? Infelizmente para a maioria das pessoas a fé é feita do “achometro”, diz que entende, mas na verdade “acha que é assim, acha que é assado”, mas não conhece o que Deus levou dois mil anos para se revelar. É um despropósito e uma grande falta de educação para com Deus não estudar toda a Economia da Salvação. Precisamos mudar conhecer mais “a fundo” a Palavra, e ter claro qual é o propósito de Deus para a “minha vida”, o que Deus espera de mim? Qual foi o motivo d’Ele ter me criado? Vamos rever esses critérios em nossa vida. “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo”. Afinal o que somos nós, apenas uma semente ou uma árvore? Nem árvore, nem semente. Estamos em fase de sermos semente, estamos em formação, adquirindo conhecimento e nos aperfeiçoando em nossa caminhada neste mundo e em tudo o que vamos abstraindo em nossa vivência fruto de nossa relação com o outro, com Deus e conosco mesmo vai nos transformando em uma semente que deve a cada momento morrer para si mesmo para que a luz de Deus brilhe em cada área de nossa vida. Oxalá quando chegar à hora de partir deste mundo estejamos acabado e pronto para que nos tornemos uma grande árvore por toda eternidade. Diz-nos Paulo: “Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível; semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual. Como está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (Gn 2,7); o segundo Adão é espírito vivificante. Mas não é o espiritual que vem primeiro, e sim o animal; o espiritual vem depois. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo veio do céu. Qual o homem terreno, tais os homens terrenos; e qual o homem celestial, tais os homens celestiais. Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno, precisamos reproduzir as feições do homem celestial”. (1 Cor 15, 42-49). Assim vemos no evangelho – “Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna”. Vejo que temos muito que refletir nesta quaresma, talvez já tenhamos lutado muito neste mundo buscando as coisas materiais, que em si são boas, mas não podemos deixar de investir em nossa vida espiritual, afinal o que vai ficar no depois deste mundo é a árvore que está em potência dentro da semente que somos cada um de nós. E esta só vamos conhecer em toda a sua dimensão após a morte, hoje fica em nós o empenho de sermos melhor e a esperança que Deus realizará em nós suas promessas, certamente a parte do Senhor será feita com muita propriedade, então só depende de nós. Esta vida é um estágio, qual será a “nota” de nosso exame final? Boa prova! Antonio ComDeus |
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