quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O REINO DA JUSTIÇA, DO AMOR E DA PAZ.


Este é o último domingo do Ano Litúrgico, depois de a história da salvação ter feito uma órbita completa. A celebração de hoje é da festa de Cristo Rei, redentor da humanidade, para que os fiéis cristãos façam de sua presença no mundo uma força de transformação. Os cristãos são missionários do Senhor, conforme o envio feito à hora de sua ascensão aos céus: “Ide por todo o mundo, pregai a boa nova do evangelho.”O reino de Deus não é uma realidade de poder sobre o mundo, mas de cristãos que se tornaram para o mundo fermento de vida conforme o pensamento de Deus, a fim que de o mundo se converta à verdade, à justiça e à paz.
A paz é fruto da justiça e do amor. A busca da verdadeira justiça e a coerência do amor levaram ao martírio, primeiramente, Jesus e depois inúmeros cristãos à morte semelhante à de Cristo.A primeira leitura do 2Samuel, 5, 1-3, narra como as tribos do Norte aceitaram o reinado de Davi. Davi era o menor e o mais humilde de oito irmãos, da aldeia de Belém. Quando Samuel, guiado por Deus, foi escolher um dos oito filhos de Jessé para ser o novo rei, apresentaram-se os sete maiores, o menino Davi foi deixado no campo, olhando as ovelhas. Ele foi o escolhido de Deus. É por meio dos fracos que Deus realiza os seus desígnios.
Davi se tornará o modelo dos reis. Suas façanhas já lhe tinham alcançado a aprovação por parte da sua tribo do Norte. O reinado de Davi foi o reinado da união de Israel e Judá, o reinado do consenso de todo povo de Deus.Jesus é declarado rei pela sua morte de cruz. Essa idéia não cabe em nossas categorias mentais. Para nossa cultura rei é aquele que está no poder, tem prestígio, é considerado grande autoridade. Nunca poderemos entender um rei pobre sem prestigio e muito menos morrendo pregado numa cruz. Pelo dom da Fé o cristão concebe Jesus Rei e Senhor do universo.A Igreja quer com a festa de Cristo Rei mostrar ao mundo que a vitoria sobre o mal não está no poder das armas, no prestígio, mas na doação de si mesmo.
Para o cristão viver esta festa, significa seguir Cristo, tomar sua cruz a cada dia, viver a justiça, a verdade, o perdão e a misericórdia. Ninguém pode ser cristão sem passar pela morte e ressurreição de Cristo, isto e, se não nascer de novo pelas águas do batismo. Assim disse Jesus a Nicodemos: “Se não nasceres de novo não entrarás no reino dos céus”.Cristo é Rei, rei daqueles que acreditaram em sua palavra, em seu testemunho de união com o Pai. Ele veio para salvar os que andavam nas trevas. Ele é a luz que ilumina toda pessoa que vem a este mundo e o acolhe. Ele é o Senhor dos senhores.Esta festa tão significativa para a Igreja ao terminar o Ano Litúrgico nos ajuda a refletir que nossa vida é uma passagem, estamos a caminho da eternidade.O fim é certo. Quando? Somente Deus o sabe. É preciso estar conscientes de um fim inevitável, de data e hora imprevisíveis.“Cristo é Rei pela sua cruz”.
Parece difícil poder compreender. É preciso desarraigar de nossa mente as idéias de prestígio e de poder. O reinado de Cristo há de chegar ao nosso mundo por meio das pequenas coisas, escondidas, ignoradas, relegadas à humilhação do esquecimento, tal como a morte de cruz era a humilhação máxima.Discípulo de Cristo é quem, na experiência da humana fraqueza, teve a humildade de pedir-lhe ajuda, foi por ele curado e se pôs a segui-lo de perto, tornando-se testemunha do poder do seu amor misericordioso, mais forte que o pecado e a morte.O homem não vale pela sua eficiência, mas por si mesmo, porque criado e amado por Deus. Se o homem se deixa abraçar por Cristo, não mortifica a riqueza da sua humanidade: se a ele adere com todo o coração, nada lhe faltará.Nas dificuldades da vida está, sobretudo, a qualidade da fé de cada um para ser provada e verificada: a sua solidez, a sua pureza, a sua coerência com a vida. Que coisa o Senhor quer de mim? Certamente isso permanece sempre uma grande aventura, mas a vida pode adquirir significado pleno somente se temos a coragem da aventura, a confiança que o Senhor não me deixará sozinho jamais, que o Senhor me acompanhará, me ajudará. (Bento XVI).
Fonte: CNBB - Reproduzido da comunidade Bethania.

Nenhum comentário: