quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Tempo do Natal antes da Epifania - A manifestação de Cristo em nós.

 Segundo Domingo do Tempo Comum – Eis o Cordeiro de Deus…- São João 1, 29 –  34 – Dia 19 de janeiro de 2020 | Ide e Anunciai

Antífona

O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu (Is 9,1).

Em Jesus não há pecado: “ele se manifestou para tirar os pecados”. Confiantes, busquemos na Eucaristia a força para, a exemplo de Cristo, Cordeiro de Deus, vencermos todo mal.

Primeira Leitura: 1 João 2,29-3,6

João Batista batiza com água. Jesus, ao invés, “batiza com o Espírito Santo” e é o Filho de Deus. Nele esperamos, e sua Palavra nos purifica.

Leitura da primeira carta de São João – Caríssimos, 29já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 4Todo o que comete pecado comete também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade. 5Vós sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6Todo aquele que peca mostra que não o viu nem o conheceu. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 97(98)

Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus.

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios! / Sua mão e o seu braço forte e santo / alcançaram-lhe a vitória. – R.

2. Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus. / Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, / alegrai-vos e exultai! – R.

3. Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa / e da cítara suave! / Aclamai, com os clarins e as trombetas, / ao Senhor, o nosso rei! – R.

Evangelho: João 1,29-34

Aleluia, aleluia, aleluia.

A Palavra se fez carne, entre nós ela habitou; / e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12). – R.

Proclamação do santo Evangelho segundo João29No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas, se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. 32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba, do céu e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, esse é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: este é o Filho de Deus!” – Palavra da salvação.

Reflexão

No Evangelho de hoje, vemos o testemunho de São João Batista sobre Cristo com aquela frase que estamos acostumados a ouvir em todas as Missas: “Eis o Cordeiro de Deus”.

João Batista sabia desde o início quem era Jesus. Isso fica muito claro no evangelho de São João, onde se lê: “Aquele que me enviou”, ou seja, o próprio Deus, “isso me revelou”. Logo, João Batista sabia desde o início que Jesus era o Filho de Deus e que, após o batismo no Jordão, Ele se manifestaria ao povo de Israel.

Sim, alguns estudiosos modernos rejeitam esta tese, porque parece, nos evangelhos sinóticos, que São João Batista “vacila” ao mandar seus discípulos perguntarem se Jesus é, de fato, o Messias, como se o Batista não soubesse a resposta.

No entanto, a Tradição da Igreja interpreta este Evangelho da seguinte maneira: João Batista sabia perfeitamente quem era Jesus e enviou os discípulos para que estes reconhecessem em Jesus o Messias prometido.

João Batista devia diminuir, Cristo crescer e os discípulos do primeiro passar para o segundo. Seja como for, o fato é que a Igreja sempre interpretou o batismo de Jesus como uma manifestação, e é exatamente por causa deste Evangelho que nós proclamamos hoje: pelo batismo de João, Cristo se manifestou.

Assim este evangelho adquire todo sentido nesta fase do tempo litúrgico de preparação para a Epifania do Senhor, ou seja, a sua manifestação.

São três as grandes manifestações que se celebram na Epifania: a manifestação por meio da estrela aos reis magos, a manifestação no batismo e a manifestação nas bodas de Caná, onde acontece a transformação de água em vinho. Precisamos entender que Cristo é a luz que nos ilumina e vem para se manifestar.

Nesse contexto, hoje também se celebra a memória facultativa do Santíssimo Nome de Jesus. Que esse nome seja manifestado e exaltado! Que no nome de Jesus a glória de Deus se manifeste!

Eis aí, nós não podemos nos cansar de ter esse nome nos lábios nem de manifestar a sua graça, a sua verdade, a nossa gratidão e o nosso amor a Cristo. Esse nome deve estar sempre no nosso coração e frequentemente nos nossos lábios.

Mas para quê? Para que se manifeste a glória de Deus. Sejamos bem práticos aqui: como podemos fazer o nome Cristo manifestar-se e ser glorificado pelas pessoas?

Na prática, as coisas acontecem assim: quando damos o nosso testemunho da grandeza de Deus e de tudo o que Cristo fez por nós quando transmitimos às pessoas a nossa fé, as pessoas começam interiormente a receber Cristo, a receber a verdade que é esta luz interior.

É evidente que essa luz começa, sim, a brilhar, e por isso precisamos dar graças por essa manifestação da glória de Deus dentro de nós.

Invoquemos hoje o santo nome de Jesus e peçamos a Ele que aumente a nossa fé e, com isso, também nos dê a graça e a capacidade de manifestar esta fé transmitindo-a aos outros, para que todos, absolutamente todos, se dobrem ao som do nome de Jesus.

Que o céu, a terra e os abismos se dobrem para a glória de Deus Pai!

 

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