Antífona
Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor do vosso nome, ó Altíssimo (Sl 65,4).
A discórdia é um veneno que se encontra também entre os que trabalham pelo Reino de Deus. Louvável é a atitude de quem interfere para estabelecer a harmonia e a paz entre povos e pessoas. A liturgia nos motive a buscar o caminho da reconciliação e da caridade.
A amizade e a caridade de Jônatas salvam Davi. Os milagres de Jesus são sinais de amor, e não exibição de poder. Somente na cruz Jesus será verdadeiramente proclamado Filho de Deus, por isso “ordenava severamente para não dizerem quem ele era”.
Leitura do primeiro livro de Samuel – Naqueles dias, 6quando Davi voltou, depois de ter matado o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, dançando e cantando alegremente ao som de tamborins e címbalos. 7E, enquanto dançavam, diziam em coro: “Saul matou mil, mas Davi matou dez mil”. 8Saul ficou muito encolerizado com isso e não gostou nada da canção, dizendo: “A Davi deram dez mil e a mim somente mil. Que lhe falta ainda, senão a realeza?” 9E, a partir daquele dia, não olhou mais para Davi com bons olhos. 19,1Saul falou a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos sobre sua intenção de matar Davi. Mas Jônatas, filho de Saul, amava profundamente Davi 2e preveniu-o a respeito disso, dizendo: “Saul, meu pai, procura matar-te; portanto, toma cuidado amanhã de manhã e fica oculto em um esconderijo. 3Eu mesmo sairei em companhia de meu pai, no campo, onde estiveres, e lhe falarei de ti, para ver o que ele diz, e depois te avisarei de tudo o que eu souber”. 4Então Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e acrescentou: “Não faças mal algum ao teu servo Davi, porque ele nunca te ofendeu. Ao contrário, o que ele tem feito foi muito proveitoso para ti. 5Arriscou a sua vida, matando o filisteu, e o Senhor deu uma grande vitória a todo Israel. Tu mesmo foste testemunha e te alegraste. Por que, então, pecarias, derramando sangue inocente e mandando matar Davi sem motivo?” 6Saul, ouvindo isso e aplacado com as razões de Jônatas, jurou: “Pela vida do Senhor, ele não será morto!” 7Então Jônatas chamou Davi e contou-lhe tudo isso. Levou-o em seguida a Saul, para que ele retomasse o seu lugar, como antes. – Palavra do Senhor.
É no Senhor que eu confio e nada temo.
1. Tende pena e compaixão de mim, ó Deus, † pois há tantos que me calcam sob os pés / e agressores me oprimem todo dia! / Meus inimigos de contínuo me espezinham, / são numerosos os que lutam contra mim! – R.
2. Do meu exílio registrastes cada passo, † em vosso odre recolhestes cada lágrima / e anotastes tudo isso em vosso livro. / Meus inimigos haverão de recuar † em qualquer dia em que eu vos invocar; / tenho certeza: o Senhor está comigo! – R.
3. Confio em Deus e louvarei sua promessa. † É no Senhor que eu confio e nada temo: / que poderia contra mim um ser mortal? / Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz / e vos oferto um sacrifício de louvor. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; / fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). – R.
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. 8E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era. – Palavra da salvação.
O Evangelho de hoje nos mostra um pouco daquilo que é o sucesso da
missão de Cristo: Ele tem pregado o Evangelho, tem feito curas e atraído
multidões. Ao mesmo tempo, embora estejamos apenas no início do
Evangelho de São Marcos, já vemos uma controvérsia com os fariseus, que
querem se ver livres de Jesus.
Vemos, portanto, um grande
contraste entre aqueles que buscam Jesus, por causa de suas obras e
pregações, e aqueles que o rejeitam. É a realidade da luz que brilha e
se expande, atraindo outros para si, e a realidade das trevas, que não
querem aceitar a luz de Cristo.
Dentro deste contexto, Jesus
começa o seu projeto de implantar as bases da Igreja com a escolha dos
Doze Apóstolos, que serão o fundamento da Igreja. Assim como o povo de
Israel, no Antigo Testamento, tinha os doze filhos de Jacó; agora, nós,
que somos o novo Povo de Deus, temos os Doze Apóstolos.
No
Evangelho de hoje, nós vemos que Jesus prega de uma barca para uma
multidão vinda de vários locais, inclusive de fora, das fronteiras da
Terra Santa. Com um olhar mais profundo, podemos deduzir que essa barca é
a Igreja, a partir da qual, Jesus quer conduzir todos nós a uma
“viagem” para Deus, para que sejamos unidos a Ele e sejamos Povo de Deus
no Céu.
Colocando-nos em um contexto mais amplo, este Evangelho só tem
sentido enquanto é uma “janela” que descortina, diante dos nossos olhos,
a realidade da Igreja, que já não é mais só o povo de Israel, dos doze
filhos de Jacó, mas é feita de todos os povos e alicerçada sobre os Doze
Apóstolos.
Deus, na Sua infinita bondade, quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da Verdade. Mas, para isso, precisamos verdadeiramente ouvir a voz de Cristo e converter o nosso coração. Ao fazermos isso, estamos, de fato, entrando na barca da Igreja, a fim que, conduzidos por Cristo, possamos chegar à felicidade do Céu.
https://padrepauloricardo.org
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