O Senhor fez o seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia! (Sl 104,43)
Proibidos de falar sobre o Senhor Jesus, os apóstolos reagem: “Não nos podemos calar a respeito do que vimos e ouvimos”. Esta liturgia nos impulsione a sermos, em todo tempo e lugar, autênticos comunicadores do Cristo ressuscitado.
Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas 13ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. 14No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário. 15Mandaram que saíssem para fora do sinédrio e começaram a discutir entre si: 16“O que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre claríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. 17Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus”. 18Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. 19Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, que obedeçamos a vós e não a Deus! 20Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”. 21Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido. – Palavra do Senhor.
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.
1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / O Senhor é minha força e o meu canto / e tornou-se para mim o salvador. / “Clamores de alegria e de vitória / ressoem pelas tendas dos fiéis. – R.
2. A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, / a mão direita do Senhor fez maravilhas!” / O Senhor severamente me provou, / mas não me abandonou às mãos da morte. – R.
3. Abri-me, vós, abri-me as portas da justiça; / quero entrar para dar graças ao Senhor! / “Sim, esta é a porta do Senhor, / por ela só os justos entrarão!” / Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes / e vos tornastes para mim o salvador! – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” – Palavra da salvação.
Ao sermos batizados, morremos para nós mesmos e para tudo quanto seja pecado, de modo que a nossa vida, agora renovada, passa a estar "escondida com Cristo em Deus" (Col 3, 3), como diz o Apóstolo. Pela ablução do Batismo, com efeito, somos despojados dos andrajos do homem velho e, tal como os neófitos de outrora, revestidos com as vestes brancas da graça divina. É, portanto, nosso dever de batizados prolongar até o fim dessa peregrinação a candura da vida nova de que fomos enriquecidos, a fim de sermos encontrados fiéis, como bons combatentes (cf. 2Tm 4, 1), Àquele que, por sua Paixão e Morte de Cruz, abriu-nos as portas do Paraíso. Sabendo, pois, que ainda estamos no mundo, embora a ele não pertençamos, e aqui apenas "ensaiamos" o destino que nos espera após a morte, mantenhamos sempre os olhos postos na eternidade que nos espera; com a mente sempre elevada aos céus e os pés bem firmes no chão, usemos das coisas do mundo sem atar a elas o nosso coração, cientes de que "todo o tempo que passamos no corpo", preocupados com as vaidades do homem carnal, "é um exílio longe do Senhor" (2Cor 5, 6). Peçamos hoje a Deus, Pai todo-poderoso, que nos conceda a graça de, tendo já celebrado as festas da Páscoa, refletirmos em nossa vida diária e em nossos costumes, reformados pelo Evangelho, a alegria esperançosa de quem sabe ter uma habitação eterna no Céu (cf. 2Cor 5, 1).
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