Leitura do primeiro livro dos Reis – Naqueles dias, 7secou a torrente do lugar onde Elias estava escondido, porque não tinha chovido no país. 8Então, a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: “Levanta-te e vai à Sarepta dos sidônios e fica morando lá, pois ordenei a uma viúva desse lugar que te dê sustento”. 10Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber”. 11Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão!” 12Ela respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte”. 13Elias replicou-lhe: “Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra'”. 15A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias. – Palavra do Senhor.
Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!
1. Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça! † Vós que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição, / atendei-me por piedade e escutai minha oração! / Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? / Por que amais a ilusão e procurais a falsidade? – R.
2. Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo / e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece! / Se ficardes revoltados, não pequeis por vossa ira; / meditai nos vossos leitos e calai o coração! – R.
3. Muitos há que se perguntam: “Quem nos dá felicidade?” / Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face! / Vós me destes, ó Senhor, mais alegria ao coração / do que a outros na fartura do seu trigo e vinho novo. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos vossa luz. / Vendo eles vossas obras, deem glória ao Pai celeste! (Mt 5,16) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 13“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. – Palavra da salvação.
Reflexão
Dirigindo-se a nós, cristãos, de modo todo particular, Jesus chama-nos hoje a ser "sal da terra" e "luz do mundo". Se o sal é, por sua própria natureza, aquilo que dá sabor aos alimentos, o cristão deve ser, de modo análogo, uma pessoa sábia, ou seja, que é capaz de saborear, à luz da fé e sob o influxo da caridade, todas as realidades dignas de serem amadas. Ora, além de conhecer o justo valor de cada coisa, o cristão é também aquele que, à semelhança do sal, dá sabor a tudo: ao trabalho e ao descanso, às rotinas humanas e aos empreendimentos apostólicos, à família e aos amigos. Um espírito revestido de Cristo sabe "temperar" a vida com o amor a Deus; nada lhe é insosso, nada lhe parece de pouca monta, porque tudo, se condimentado com a caridade sobrenatural, se lhe afigura ocasião e circunstância de amar a Deus e, por amor a Ele, amar também os irmãos.
O cristão, porém, não vive só para si; se deseja ser fiel à sua vocação de batizado, tem de ser também "luz do mundo", isto é, testemunho vivo da graça de Nosso Senhor. E deve ser testemunho não apenas com o exemplo, senão também por meio da palavra e da luz da verdadeira doutrina católica. Ser luz do mundo, para um cristão, implica sobretudo levar a luz da fé onde grassam as trevas da ignorância e do pecado, da estultice e da mundanidade. O fiel "sal da terra" é sábio e, portanto, chamado a portar a chama dessa sabedoria às almas obscurecidas pelo erro, porque "ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa." Vivamos, pois, a sabedoria do Evangelho e levemos a sua luz a todos quantos ainda se encontram afastados de Cristo, Sol de Justiça.
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