segunda-feira, 13 de agosto de 2012

LUZ DAS NAÇÕES.


Ele veio para iluminar o mundo com a Sua Luz divina


“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo, e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo…”. Com essas palavras proféticas o velho Zacarias, pai de S. João Batista, anunciava a sua chegada ao mundo, aquele que fora escolhido por Deus para “preparar os caminhos do Senhor”. E Zacarias antecipava desde já a missão do Salvador: “…há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz”. (Lc 1,68)


Quando Jesus foi apresentado a Deus no Templo, pela boca de um outro ancião, Simeão, foi revelada a missão do Salvador: “Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal de contradições….” (Lc 2, 28-35).
Ele veio para iluminar o mundo com a Sua Luz divina; e há dois milênios isto acontece. “O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.” (Jo 1,5). Jesus é a “Luz do mundo”; Ele disse: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8,12); e ainda: “Por isso, enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. (Jo 9,5)

O Papa João Paulo II disse na encíclica “Jesus Cristo, Redentor dos homens”, que “sem Jesus Cristo o homem permanece para si mesmo um desconhecido; um mistério insondável, um enigma indecifrável”. Sem Jesus Cristo, a vida não tem sentido, o homem não sabe o sentido da dor, o significado da morte, não sabe de onde veio e nem para onde vai; e não sabe o que está fazendo neste mundo. Vive sem rumo, sem meta, sem destino, sem dignidade.

Só Jesus Cristo revela o homem ao próprio homem, ensinou o Concilio Vaticano II. Sem Jesus Cristo a moral se desintegra, o valor individual de cada pessoa desaparece, e a vida dos homens se assemelha à vida dos animais. São João disse que: “Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam… O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.” (Jo 1, 5-15)


A Luz veio a este mundo para brilhar no meio das trevas do pecado; por isso Jesus é “sinal de contradição”; sempre foi e sempre será, diante dele cada um se define, por Ele ou contra Ele. As trevas do pecado sempre tentaram apagar esta Luz, mas nunca conseguiram e jamais conseguirão; porque a Igreja a mantém sempre acesa.


Mais do que nunca hoje o ódio das trevas se manifesta contra a Luz de Cristo e contra a Igreja; de modo especial vemos isto nas questões morais. A todo custo e a todo instante, tenta-se aprovar a ignomínia do aborto, da eutanásia, da contracepção radical através da mutilação do homem ou da mulher, a aprovação dos “casamentos” de homossexuais, a manipulação de embriões com fins visivelmente comerciais e tantas outras iniciativas que desrespeitam a dignidade humana.
Jesus disse que “ninguém acende uma lâmpada e a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama; mas a põe sobre um castiçal, para iluminar os que entram” (Lc 8,16). Com isto Ele está nos dizendo que o seu ensinamento, “A Lei de Cristo”, não pode ser escondida e silenciada pelos cristãos. Estamos vivendo tempos difíceis onde as trevas tentam apagar a Luz de Cristo e do Evangelho no meio dos homens. Isto já aconteceu muitas vezes nestes dois mil anos de História da Igreja e muitos católicos derramaram o seu sangue para que a Luz de Cristo não se apagasse na sociedade; agora chegou a nossa vez. Vamos deixar a Luz do Evangelho se apagar em nosso pais? Vamos permitir que o aborto seja aprovado entre nós? Vamos transformar em lei, em casamento, a união de um homem com outro homem, e vamos chamar de “família” quando eles adotam um filho?


Martin Luther King, o grande pastor americano negro assassinado em 1964 na luta contra o racismo, dizia: “O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem caráter, nem dos sem ética; o que mais me preocupa é o silêncio dos bons.” Esse “silêncio dos bons” é de fato um pecado de omissão muito grave; é o medo de se comprometer com a verdade de Cristo, e permite que o mal avance sobre todos. O Papa Leão XIII (1878-1903) disse também que: “A audácia dos maus avança por causa da omissão dos bons”. Não podemos ser cristãos “calados” e omissos, especialmente hoje quando o cristianismo, a Igreja católica e Jesus Cristo são afrontados. O “cristão é um outro Cristo” (alter Christus)




Prof. Felipe Aquino

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