sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LITURGIA DIÁRIA - AS DEZ MOÇAS


Primeira Leitura: 1º Coríntios 1, 17-25


XXI SEMANA COMUM
(verce, ofício do dia)


Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios - Irmãos, 17Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo. 18A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. 19Está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes (Is 29,14). 20Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo? 21Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem. 22Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria; 23mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; 24mas, para os eleitos - quer judeus quer gregos -, força de Deus e sabedoria de Deus. 25Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. - Palavra do Senhor.




Salmo Responsorial(32)


REFRÃO: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

1. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! / aos retos fica bem glorificá-lo. / Dai graças ao Senhor ao som da harpa, /
na lira de dez cordas celebrai-o! -R.
2. Pois reta é a palavra do Senhor, / e tudo o que ele faz merece fé. / Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça. -R.
3. O Senhor desfaz os planos das nações / be os projetos que os povos se propõem. / Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. -R.



Evangelho: Mateus 25, 1-13


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 1Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. 2Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes. 3Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo. 4As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas. 5Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. 6No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. 7E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. 8As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. 9As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós. 10Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta. 11Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos! 12Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! 13Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. - Palavra da salvação.
catolicanet.com
 
 
Homilia - Pe Bantu
 
As bodas nupciais naquele tempo era uma cerimônia sem pompa realizada pelos pais dos nubentes, mas com efeito jurídico, isto é, já eram marido e esposa, mas sem efeito social, porque cada nubente continuava na casa dos pais, durante o período aproximado de um ano, até o marido ter a casa pronta. O dia das núpcias, em que começavam a viver juntos, era solene de acordo com as posses. A esposa com um grupo de amigas, depois do sol posto, esperava em sua casa o marido, que também vinha acompanhado de pajens. À sua chegada, as jovens saíam-lhe ao encontro com lamparinas ou tochas acesas, e o cortejo todo, ao som de instrumentos e cânticos, dirigia-se para a sala do festim. A sogra punha na cabeça do moço uma coroa; traziam-lhe a noiva, fechavam definitivamente a porta e começava o banquete com homens separados das mulheres.
 
O esposo é Cristo, que celebra as núpcias, trata-se de uma aliança eterna, com seus seguidores no cristianismo, na Igreja. As dez jovens representam a universalidade dos cristãos. As lâmpadas simbolizam a fé. O óleo é o amor a Deus traduzido nas boas obras em favor do próximo. A espera na casa da noiva é o tempo da vida presente. O cochilo imprevidente é a despreocupação pela outra vida. A chegada do esposo é a hora imprevista da morte. O grito é a chamada de todos ao julgamento, antes particular, depois geral. O óleo que as imprevidentes não ganharam das companheiras significa que, na passagem desta vida para a outra, cada qual levará apenas a luz de sua fé e o óleo de suas boas obras, sem possibilidade de apropriar-se do bem omitido. A porta fechada é a separação de bons e maus na outra vida. O festim nupcial é a felicidade do céu (cf. Ap 19,9).
 
Esta parábola é uma alegoria da união de Cristo com seus seguidores, que vivem juntos e se parecem. Mas os que vivem a sua fé são trigo; os outros que só salvam as aparências porque não vivem o que crêem, são joio: faltam-lhes as boas obras, não amam o Senhor, o que vale dizer, são desconhecidos do cortejo do Cordeiro e acabam fora da porta. A incerteza do momento final é estímulo para andarmos sempre na intimidade de Deus. O óleo das boas obras é um bem estritamente pessoal. Se não as tenho na vida, não as comprarei na morte. Por isso, precisamos você e eu irmos providenciando enquanto é tempo todo o material necessário para que se o novo se demorar nós não nos preocupemos com nada mais senão pelo tempo da demora. Certos de que ele em breve virá. Tarde embora, mas não facha. Que a santidade da tua vida apresse a vinda do Senhor!
 
Ensina-me, Senhor, a viver sempre pronto para uma longa demora como para uma vinda súbita da última hora. Que eu veja, Senhor, que a prática do bem neste mundo só me faz crescer, só me traz felicidade, só dá sentido à vida, e que a casa da minha eternidade é construída só com o material do bem que pratico agora. Amém.

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