(Fil. 2,5).
“Tende entre vós, os mesmos sentimentos que foram os de Jesus Cristo”
A qualidade sacerdotal de todo o Povo de Deus e o ministério apostólico são, na Igreja, fruto da sua identificação com Cristo e total participação no Seu ser e missão. Daí que esta qualidade sacerdotal inspire toda ávida cristã, na caminhada de fidelidade da Igreja e de cada cristão.
Numa arreigada tradição espiritual, que bem conhecemos, a fidelidade cristã foi apresentada como uma “imitação de Jesus Cristo”. Com esta linguagem exprime-se a visão neo-testamentária da vida cristã concebida como seguimento de Jesus Cristo, no discípulado, na certeza de que toda a nossa vivência da vida nova segundo o Espírito, brota da nossa identificação e união com Cristo, de que a Eucaristia é a expressão principal e decisiva.
Esta união a Cristo, de onde brota a possibilidade e a exigência da caridade, faz com que toda a vida cristã seja profundamente sacerdotal, quer para todo o Povo de Deus que encontra em cada expressão da caridade uma “hóstia espiritual”, quer para os sacerdotes, cujo ministério é uma exigência acrescida de identificação com Cristo.
É isto que Paulo aconselha aos Filipenses ao escrever-lhes: “Tende entre vós, os mesmos sentimentos que foram os de Jesus Cristo” (Fil. 2,5).
Eu noto que quando estou muito eufórico em querer viver a vontade de Deus, é quando menos consigo.
O contrário também, o desânimo, faz-me sentir incapaz.
Talvez isso aconteça quando pretendo que a vontade de Deus seja de acordo com os meus sentimentos.
Ao invés, quando procuro adequar-me ao que realmente Deus quer de mim, as coisas parecem ter outra lógica, tudo
encaixa e aparece como um mosaico onde cada cada peça tem o seu lugar.
Agir apenas pelos sentimentos é muito arriscado.
Corro o risco de agir passionalmente, de tornar-me preconceituoso, seletivo demais nos relacionamentos.
Se me adequo à vontade de Deus, passo a dirigir todas as minhas ações a Ele próprio, desta forma os sentimentos passam a ser relativos e a razão me ajuda nas decisões.
Mantenho os pés no chão e a mente em Deus.
As pessoas temem muito em sua vida, temos medo do tempo que nos é traiçoeiro quando mais gostamos de algo.
Temos medo de agir por crer que iremos errar, temos medo de arriscar por achar que algo será perdido, algo que conquistamos com o tempo que tivemos medo.
Será que temos medo de amar?
Sendo que o amor é o que mais nos ilude.
Vamos tentar apenas não idealizar?
Quem sabe assim as coisas mudem.
Pe.Emílio Carlos+
A†Ω
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