Veja que beleza estas palavras de Dom Angelo Bagnasco, Presidente da Conferência Episcopal Italiana, ameaçado de morte pelo movimento gay da Itália!
Se a fé pode chegar à Revelação sobre o homem, também a razão pode compreender a verdade humana da pessoa. É a força da razão sem preconceitos, é a luz do bom senso comum: e isto apesar de lentidões e erros no curso da história. A pessoa não é uma fase da vida humana, mas é – podemos dizer – a “forma” na qual o homem é homem. Por isto, mesmo quando a pessoa não desenvolveu nem atuou ainda as suas capacidades ou perde a consciência de si, permanece pessoa digna de respeito e de direito. A sua dignidade é, portanto, intrínseca e inalienável em qualquer circunstância de vida.
O homem não pode ser reduzido a um aglomerado de pulsões e desejos, mas é um sujeito rico e unitário; não é nem uma máquina corpórea nem um pensar desencarnado. É sempre alguém”, não é e não se torna nunca uma “coisa”, um “meio” para atingir-se um outro fim.
A sua razão não é somente capaz de autoconsciência, de raciocínios formais, de aplicações à realidade empírica, mas se abre também aos significados e à questão do bem e do mal. Esta supera os limites da seqüência dos fatos, da mera crônica, e a interpreta nela procurando os porquês, as direções futuras.
Neste dinamismo se põe a universal questão do sentido do viver e do morrer que atravessa a história humana, como uma marca de fogo, testemunhando a capacidade do homem em transcender-se, a radical abertura da sua alma ao infinito, o grito ontológico da pessoa em direção da Transcendência, isto é, de Deus.
D. Henrique Soares, bispo auxiliar de Aracaju, SE
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