segunda-feira, 3 de junho de 2024

Memória de São Carlos Lwanga e companheiros mártires - Os três “corações” do homem.

 A tão esperada continuação do filme “A Paixão de Cristo” está chegando – A  Ressurreição – Vocação de Jesus

Como ouro na fornalha o Senhor provou os eleitos e aceitou-os como ofertas de holocausto; no tempo certo, Deus se lembrará deles, porque seus escolhidos receberão a graça e a paz (Sb 3,6s.9).

No século 19, na Uganda, país do continente africano, Carlos Lwanga, juntamente com outros 21 jovens leigos, sofreram torturas até o martírio, por não renunciarem à fé cristã. Celebrando a memória destes santos mártires, rezemos pelos cristãos perseguidos, em virtude de seu corajoso trabalho na vinha do Senhor, e pelos povos da grande África.

Primeira Leitura: 2 Pedro 1,2-7

Leitura da segunda carta de São Pedro – Caríssimos, 2graça e paz vos sejam concedidas abundantemente, porque conheceis Deus e Jesus, nosso Senhor. 3O seu divino poder nos deu tudo o que contribui para a vida e para a piedade, mediante o conhecimento daquele que, pela sua própria glória e virtude, nos chamou. 4Por meio de tudo isso nos foram dadas as preciosas promessas, as maiores que há, a fim de que vos tornásseis participantes da natureza divina, depois de libertos da corrupção, da concupiscência no mundo. 5Por isso mesmo, dedicai todo o esforço em juntar à vossa fé a virtude, à virtude o conhecimento, 6ao conhecimento o autodomínio, ao autodomínio a perseverança, à perseverança a piedade, 7à piedade o amor fraterno e ao amor fraterno a caridade. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 90(91)

Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

1. Quem habita ao abrigo do Altíssimo / e vive à sombra do Senhor onipotente, / diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, / sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”. – R.

2. “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo / e protegê-lo, pois meu nome ele conhece. / Ao invocar-me, hei de ouvi-lo e atendê-lo, / a seu lado eu estarei em suas dores. – R.

3. Hei de livrá-lo e de glória coroá-lo, † vou conceder-lhe vida longa e dias plenos / e vou mostrar-lhe minha graça e salvação.” – R.

Evangelho: Marcos 12,1-12

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo, a fiel testemunha, / primogênito dos mortos, / nos amou e do pecado nos lavou, / em seu sangue derramado (Ap 1,5). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores e viajou para longe. 2Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3Mas os agricultores pegaram o empregado, bateram nele e o mandaram de volta sem nada. 4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até os agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. 7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. 8Então agarraram o filho, o mataram e o jogaram fora da vinha. 9Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores e entregará a vinha a outros. 10Por acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado tornou-se a pedra mais importante; 11isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?” 12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora. – Palavra da salvação.

Reflexão
Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: 'Eles respeitarão meu filho'. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: 'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. Por acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos'?"

Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.

A retomada do Tempo Comum que hoje tem início não deve apagar a forte impressão que nos causou a solenidade de Pentecostes, celebrada ontem, nem os proveitos espirituais que podemos colher da meditação constante e pausada, ao longo da semana, sobre a vinda do Espírito Santo em nossas almas. E recebê-lO significa, antes de tudo, ser capacitado a amar de um modo sobre-humano, ou seja, superior às nossas forças naturais. É como se tivéssemos, por assim dizer, três "corações", cada um deles preparado para amar em sua ordem e à sua maneira: temos o "coração" das emoções, dos sentimentos, da paixão meramente animal; temos o "coração" da alma, do agradecimento, da retribuição; temos enfim o "coração" do próprio Espírito que habita em nós e faz-nos amar nEle, com Ele e por Ele, de uma forma verdadeiramente divina. É este último amor o que faz bater o Coração do Filho do dono da vinha, como lemos há pouco no Evangelho, e O leva a entregar-se à conhecida maldade dos vinhateiros, a fim de os salvar e dar-lhes vida em abundância. Busquemos nesta "oitava de Pentecostes" unificar estes nossos três "corações", que tanto se digladiam entre si; subjuguemos o "coração" das paixões ao império da razão, e tornemos dócil aos convites do "coração" do Espírito o "coração" da alma, para que amemos a Deus e aos irmãos como Cristo nos amou. Que a Virgem Maria nos acompanhe nestes próximos dias e nos ajude a ter um coração puro e unificado como o dela, o único, além do de seu Filho, que se deixou inundar sem medida pela caridade sobrenatural do Espírito Santo.

 

 https://padrepauloricardo.org

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