quinta-feira, 6 de abril de 2017

CATÓLICO PODE FAZER VASECTOMIA?

A cirurgia é uma mutilação do corpo do homem, a fim de torná-lo estéril

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Quando é preciso adiar ou evitar indefinidamente uma gravidez, pode surgir a dúvida sobre a vasectomia e sobre o fato de esta cirurgia de esterilização masculina entrar em contradição com os valores do homem casado.
A vasectomia consiste em cortar os canais que levam o sêmen dos testículos ao pênis e na ligação destes canais. Com isso, evita-se a saída dos espermatozoides e, portanto, a fecundação de um óvulo, o que daria origem a uma nova vida.
Pode ser um método bastante eficaz e, inclusive, reversível. Mas estamos falando de um ato de mutilação do corpo do homem para torná-lo infértil.
As relações sexuais são, verdadeiramente, enriquecedoras e construtivas quando se respeita tanto a pessoa em sua integridade, quanto a mesma essência misteriosa desta união íntima, longe de uma visão utilitarista e hedonista.
Um leitor perguntou à Aleteia sobre a moralidade da vasectomia.
Citando o último documento da Igreja Católica sobre o amor na família, a Amoris Laetitia, a Associação de Médicos Cristãos da Catalunha responde que esta técnica não pode ser um ato de amor para com o outro ou um ato que contribua com “o diálogo consensual dos esposos, o respeito aos tempos e a consideração da dignidade de cada um dos membros de um casal”.
Um católico é chamado a viver a sexualidade como uma doação total de amor fecundo que, fortalecida pelo sacramento do Matrimônio, “chega a ser símbolo das realidades íntimas de Deus”.
Por isso, a Igreja propõe os métodos baseados nos “ritmos naturais da fecundidade” (Humanae Vitae), que “fomentam o afeto entre o casal e favorece a educação de uma liberdade autêntica”, o respeito mútuo e a comunicação (Catecismo).
Em outras palavras: a Igreja é contra a vasectomia como método direto de esterilização, com base no que diz o Catecismo da Igreja Católica de número 2399: “A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo: a esterilização direta ou a contracepção)”.
A vasectomia, como outros métodos anticonceptivos, potencializa um individualismo e pode desvirtuar os vínculos familiares. Os métodos naturais de regulação da fertilidade são mais exigentes, mas respeitam a natureza e, no dia a dia, vão deixando a relação mais madura e satisfatória.




Aleteia Brasil / Associação de Médicos Cristãos da Catalunha |

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