terça-feira, 7 de março de 2017

OU OUTROS: UM PROBLEMA OU UMA AJUDA?

Podemos achar que os outros atrapalham nosso caminho rumo a Deus, mas nossa felicidade passa pela felicidade dos que nos cercam.


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Não nascemos sozinhos, não chegaremos ao céu sozinhos. No entanto, às vezes pensamos que os outros são um problema para nós. E pensamos que a vida tem obstáculos demais para poder voar até o alto. Ao invés de degraus, vemos muros intransponíveis.

E podemos ter a tentação de querer prescindir dos outros para chegar às alturas, porque vemos neles um obstáculo que não nos deixa voar. É a fuga do mundo. Como dizia o Pe. Kentenich, “os que mais se empenham pela sanidade fazem que as pessoas repitam: meu Deus e meu tudo. Fora com todo o resto, com os vínculos. E assim, desprezamos com facilidade as coisas e as alegrias deste mundo. E destruímos muitas forças saudáveis da nossa natureza. Porque os vínculos queridos por Deus existem e devemos integrá-los em nosso vínculo com Ele”.
O mundo tem muitas alegrias em meio às tristezas. Há muita luz em meio às tristezas. Vínculos saudáveis que refletem Deus e seu amor. Precisamos uns dos outros neste caminho rumo ao céu. Somos degraus deste caminho que nos leva até Deus.
Às vezes, gostaríamos de fugir do mundo tentando chegar antes a Deus. A dor, o barulho, os problemas nos pesam muito. Mas não é este o caminho, não é esta a nossa vocação. Nossa felicidade passa pela felicidade dos que nos cercam.
  A alegria é contagiosa, assim como a tristeza. Os vínculos humanos são os elos que nos levam ao alto: “Deus quer atrair com laços humanos. Por isso, procura que nos deixemos vincular pelo amor filial, conjugal, paternal. Ele permite que nos vinculemos a filhos, pais e cônjuges. Mas Deus puxa este laço para cima e não descansa enquanto não estiver tudo ligado a Ele”.
  Por meio das pessoas, caminhamos rumo a Deus. Deus usou este caminho para chegar a nós, encarnou-se no ventre de Maria, fez-se um de nós, menos no pecado. Sofreu, riu, amou. Sim, Jesus se vinculou até o extremo, amou até dar a vida. Era um amor humano, cálido, tangível.
Nós usamos o mesmo caminho para chegar até Ele. Amamos na carne. Tocamos e olhamos. E nos deixamos tocar. Permitimos que o amor dos outros entre em nossa alma. E esse amor nos fala de um amor maior, mais pleno, mais cheio de luz. Esse amor nos leva a Deus.





Padre Carlos Padilla

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