Se você costuma ler Bíblia, vai encontrar no Antigo Testamento, textos que afirmam que Deus se vinga até a quarta geração, (Ex 20, 5) mas encontrará também textos que garantem que Deus perdoa e é propenso a misericórdia (Nm 14, 18) e que não se lembrará dos pecados dos nossos antepassados nem dos nossos. (Dt 7, 12) Aí, você terá que escolher qual dos caminhos seguir.
Se já leu e costuma ler o Novo Testamento, encontrará textos abundantes nos Evangelhos e nas Cartas de Paulo, que garantem que o preço já foi pago, que Jesus já morreu uma vez por todas e por todos, que resgatou com seu sangue toda e qualquer dívida (Gl 3, 13) e que, portanto, a árvore genealógica foi sanada. Ele é riquíssimo em misericórdia. (Ef 2, 4).
Não há porque um cristão fazer cerimônias de quebra de maldição, porque não há mais maldição. Você pode seguir um pregador que acentua a misericórdia, ou pode seguir um que diz que temos que fazer sessões de quebra de maldição; a escolha é sua! Mas aí ficará difícil entender Paulo e a doutrina da graça. Se você tem angústias e medos e precisa de sinais e de provas, provavelmente vai participar de alguma cerimônia de quebra de maldição. Se, tendo lido São Paulo e os Evangelhos, não tem mais medos e não tem angústias, porque o próprio Jesus disse: “Não temais, eu venci o mundo” (Jo 16, 33), então não precisa de nenhuma cerimônia de quebra de maldição, pela simples razão de que você sabe que não está amaldiçoado. Para aqueles que acreditam em Cristo, não há nenhuma condenação, muito menos deverá você pagar pelos pecados de outros; (Rm 5, 18; Rm 8, 1) Jesus já fez isso!
Quem crê que Jesus é Redentor de todos e de tudo e do universo, não tem porque acreditar em maldição ou precisar de quebras de maldição. Cada Igreja tem as suas tradições e a Igreja Católica não as tem mais. Exceto alguns grupos não se faz mais este ritual na Igreja. Se quiser ficar com eles fique, mas nos últimos cem anos, não sei de nenhum papa ou bispo ou teólogo que disse ou sustentou que é preciso fazer a cerimônia de quebra de maldição. Simplesmente não cremos que Deus se vinga!
Padre José Fernandes de Oliveira, SCJ
por
Padre Zezinho, SCJ
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