quinta-feira, 10 de outubro de 2024

27ª Semana do Tempo Comum - Por que não recebemos o que pedimos?

 Evangelio del día: jueves 6 de octubre de 2022 - Paz Estereo FM 88.8

Ao vosso poder, Senhor, tudo está sujeito, e não há quem possa resistir à vossa vontade, porque sois o criador de todas as coisas, do céu e da terra e de tudo que eles contêm; vós sois o Senhor do universo (Est 4,17).

Chamados pelo Mestre divino a valorizar a oração na nossa vida cristã, deixemo-nos conduzir pelo seu Espírito, o maior dom que o Pai celeste pode nos conceder. A celebração desta Eucaristia nos fortaleça nos caminhos da justiça e da santidade.

Primeira Leitura: Gálatas 3,1-5

Leitura da carta de São Paulo aos Gálatas1Ó gálatas insensatos, quem é que vos fascinou? Diante de vossos olhos, não foi acaso representado, como que ao vivo, Jesus Cristo crucificado? 2Só isto quero saber de vós: recebestes o Espírito pela prática da Lei ou pela fé através da pregação? 3Sois assim tão insensatos? A ponto de, depois de terdes começado pelo espírito, quererdes terminar pela carne? 4Foi acaso em vão que sofrestes tanto? Se é que foi mesmo em vão! 5Aquele que vos dá generosamente o Espírito e realiza milagres entre vós faz isso porque praticais a Lei ou porque crestes, através da pregação? – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Lc 1

Bendito seja o Senhor Deus de Israel, / porque a seu povo visitou e libertou!

1. Fez surgir um poderoso salvador / na casa de Davi, seu servidor, / como falara pela boca de seus santos, / os profetas desde os tempos mais antigos. – R.

2. Para salvar-nos do poder dos inimigos / e da mão de todos quantos nos odeiam. / Assim mostrou misericórdia a nossos pais, / recordando a sua santa aliança. – R.

3. E o juramento a Abraão, o nosso pai, / de conceder-nos que, libertos do inimigo, / a ele nós sirvamos sem temor, † em santidade e em justiça diante dele, / enquanto perdurarem nossos dias. – R.

Evangelho: Lucas 11,5-13

Aleluia, aleluia, aleluia.

Abri-nos, ó Senhor, o coração / para ouvirmos a Palavra de Jesus! (At 16,14) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’, 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” – Palavra da salvação.

Reflexão
 
O Evangelho de hoje, dando continuidade ao de ontem, fala-nos da oração cristã, mas de uma oração com uma finalidade bastante específica: pedir e receber o Espírito Santo, dom que o Pai do céu concede para transformar-nos interiormente. Na primeira petição do Pai-Nosso, com efeito, suplicamos a Deus que “venha a nós o vosso Reino”, e o que é esse reinado senão o derramamento do Espírito divino em nossos corações? De fato, como Deus irá reinar no mundo se não houver almas que lhe estejam submetidas, que reconheçam o seu senhorio, que o entronizem no seu coração, pondo-o acima de todo e qualquer bem? A oração cristã, neste sentido, deve supor em nós uma profunda disponibilidade a mudar, a reorientar nossos valores e atitudes mais fundamentais, a deixar que Deus aja soberanamente, purificando-nos como for do seu agrado. Ele quer fazer-nos participantes da sua divindade, da sua própria capacidade de amar; e isso só é possível se pedirmos, contínua e constantemente, que o fogo do Espírito Santo incendeie nossas entranhas e, abrasando-nos como ferro na fornalha, nos eleve acima do que somos e nos torne semelhantes ao que Ele mesmo é. Isso, repitamos, só é possível se pedirmos, e pedirmos sem desanimar. É verdade que o Pai quer e pode dar-nos essa graça, ainda que não lha peçamos; mas Ele espera também o nosso pedido e, portanto, o nosso livre desejo, sinal de que temos o coração largo o bastante para receber a infusão do Espírito Santo. Que a nossa oração seja, a partir de hoje, mais humilde, mais perseverante e mais confiante; que a ela nunca falte a “importuna” insistência de quem bate à porta de um amigo em plena madrugada, confiante em que há de receber dele a ajuda de que tanto necessita. Não desanimemos, pois “o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”


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