Nos últimos tempos tenho me afastado de Ti, mas nunca de Tua misericórdia que insiste em me alcançar.
A água e o sangue que correu pela lança que te abriu, me faz crer que essa fonte de vida e de todas as graças, torna possível um renovar após mergulhar na morte espiritual e de ter me afastado de Ti, de seus preceitos e me precipitado no abismo do desespero, onde há a espera pela densa escuridão.
Poderia eu, permanecer em Espírito de contemplação diante desta cena final de sua vida, e caindo em si, poder retomar o caminho para casa?
A renovação dos carismas se tornou possível imediatamente após seu coração ser dilacerado no ato do calvário quando teve seu lado aberto pela lança. Não viver Seus preceitos não me fez esquecer quem Tu és e nem muito menos, de que seja qual for o tempo e o vale de lágrimas, existe uma Igreja que nascida do coração transpassado do esposo, grita orante em apelo à Sua Misericórdia.
O Seu mistério me impele a apelar a esta misericórdia e a implorar nesta fase altamente crítica, pelo meu renascimento.
Assim diz o Bispo do séc V: “Chora sobre Jerusalém que pela incredulidade atraía para si a ruína e prediz a suprema destruição do templo outrora famoso. Com toda paciência suporta ser batido na cabeça por um homem duplamente escravo. Esbofeteado, cuspido, injuriado, atormentado, flagelado e, por fim, crucificado e dado como companheiro de suplícios a dois ladrões, contado entre os homicidas e celerados. Bebe o vinagre e o fel produzidos pela má videira, coroado de espinhos em lugar de louros e cachos de uva. Escarnecido com a púrpura, batido com a cana, ferido o lado pela lança e enfim levado ao sepulcro” (Teodoreto de Ciro, Liturgia das Horas IV, p. 77).
"NÃO PERMITAS A MIM QUE TEU SOFRIMENTO, SUA DOR E MORTE, SEJAM EM VÃO".
por
wellington Dantas
Inpirado pela Encíclica Dives in Misericórdia, n. 15 )
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