segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

COMO SURGIRAM AS LEIS DA NATUREZA?


O físico e escritor britânico Paul Davies afirma que a ciência consegue explicar muito bem os fenômenos naturais, como chuva. Mas ele diz: “Quando se trata de… perguntas como ‘Por que as leis da natureza existem?’, a situação é mais complicada. As descobertas científicas não ajudam muitos a esclarecer esse tipo de dúvida. Muitas das perguntas mais importantes continuam sem resposta desde o início da civilização e ainda nos perturbam”.

Em 2007, Flew escreveu: “O mais importante não é o fato de haver regularidades na natureza, mas sim que elas são matematicamente precisas, universais e interligadas. O cientista alemão Albert Einstein referiu-se a elas como a ‘razão encarnada’. O que devemos perguntar é o que fez a natureza surgir do jeito que é. Essa, sem dúvida, é a pergunta que os cientistas, do cientista britânico Isaac Newton a Einstein e ao físico alemão Werner Heisenberg, fizeram e para a qual encontram a resposta. Essa resposta foi: a Mente de Deus”.

De fato, muitos cientistas renomados não acham que é anticientífico acreditar numa Causa Primaria Inteligente. Por outro lado, dizer que o Universo, suas leis e a vida simplesmente surgiram por acaso não é intelectualmente satisfatório. Por exemplo, quando pensamos nas coisas que usamos no dia a dia, em especial aquelas que possuem um projeto complexo e sofisticado ficam claro que foi preciso alguém para projetá-las.

Os novos ateus defendem a idéia de que “toda fé religiosa é cega”, escreveu John Lennox, professor de matemática na Universidade de Oxford, Inglaterra, mas ele acrescentou: Precisamos deixar bem claro que quem pensa assim está errado. Então fica a pergunta: que fé resiste à lógica – a dos ateus ou a dos religiosos? Analise, por exemplo, a origem da vida.

Os evolucionistas admitem prontamente que a origem da vida ainda é um mistério – apesar de existirem muitas teorias conflitantes. O biólogo inglês Richard Dawkins, um dos novos ateus mais influentes, afirma que por causa da grande quantidade de planetas que deve existir no Universo é óbvio que surgiria vida em algum lugar. Mas muitos cientistas respeitados não tem tanta certeza. John Barrow, professor em Cambridge, disse que a crença na evolução da vida e da mente acaba num beco sem saída em todos seus estágios. “Existem tantos fatores que impedem a vida de evoluir num ambiente complexo e inóspito que seria pura arrogância sugerir que tudo é possível com a quantidade suficiente de carbono e de tempo.”

Lembre-se também que a vida não e apenas um conjunto de elementos químicos. Na verdade ela é baseada num tipo extremamente sofisticado de informações que estão codificadas no DNA. Assim, quando falamos da origem da vida, estamos falando também sobre informações biológicas. Qual e a única fonte de informações que conhecemos? Numa palavra: inteligência. Será então que uma série de acidentes produziria informações complexas, como um programa de computador, uma equação algébrica, uma enciclopédia ou mesmo uma receita de bolo? É claro que não! Muito menos as informações armazenadas no código genético dos organismos vivos, que são bem mais sofisticadas e eficientes.

Segundo os ateus, “o Universo é assim mesmo, cheio de mistérios e por coincidência possibilita a vida”, explica Paul Davies. “Se não fosse assim”, dizem os ateus, “nem estaríamos aqui para debater esse assunto. O Universo pode ou não ter uma complexa harmonia subjacente, mas não existe nenhum projeto, objetivo ou significado – pelo menos nenhum que faça sentido para nós”. “a vantagem dessa postura observa Davies, é que é fácil de ser assumida – tão fácil que serve de pretexto”, ou seja, um modo conveniente de fugir do assunto.
Em seu livro Evolution: A Teory in Crisis (Evolução: Uma Teoria em Crise), o britânico-australiano e renomado biólogo molecular Michael Denton concluiu que a teoria da evolução “parece mais um princípio de astrologia medieval do que uma teoria científica séria”. Ele também se referiu á revolução darwinista como um dos maiores mitos de nossos tempos.

O professor Lennox escreveu: quanto mais aprendemos sobre o nosso Universo, mais credibilidade ganha à hipótese de que existe um Deus Criador – que projetou o Universo com um objetivo – como a melhor explicação do porquê estamos aqui.

O professo Frantisek Vyskocil, da Universidade Charles, em Praga é conhecido internacionalmente por suas pesquisas em neurofisiologia. Antes ateu, hoje ele está convencido de que Deus existe. Tudo pelo estudo da ciência e de pesquisas gerais: Bibliologia, Teologia, História, Arqueologia e Filosofia.
São João Apóstolo afirma com categoria: “E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé” (Jo 5,4).
O verdadeiro conhecimento do ser humano é Deus (Jo 17,3). A verdadeira sabedoria para o bem de todos procede do Deus que é amor (Tg 1,5; Jo 4,8).


 
 

por
 Pe. Inácio José do Vale, Professor de História da Igreja - Faculdade de Teologia de Volta Redonda
Católicos na Rede

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