A Campanha da Fraternidade deste ano já está sensibilizando a sociedade sobre os cuidados que se devem ter com relação à saúde, precioso dom de Deus. O brasileiro trabalha cinco meses por ano para pagar impostos ao Governo e são trilhões de reais arrecadados, mas a saúde pública fica relegada a segundo plano. Como bem está no Hino da Campanha da Fraternidade: “Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, / Pelo remédio para aliviar a dor! / Este é teu povo, em longas filas nas calçadas, / A mendigar pela saúde, meu Senhor!”.
Além de exigir do Governo mais atenção aos que padecem sofrimentos horrípilos e jazem na miséria, cumpre uma conscientização geral para que, por todos os meios, cada um zele pelo próprio bem-estar físico, inclusive melhorando os hábitos alimentares. Muitas vezes, porém, se esquece também que há uma correlação estreita entre a saúde, o equilíbrio interior e o bem estar. Que é, porém, a tranqüilidade de ânimo ou o sossego espiritual senão a ausência de conflitos, de paixões conscientes que afloram do inconsciente, causas primordiais de muitas perturbações? Que melhor e mais profunda eutimia pode trazer à mente que a graça santificante, ou seja, a participação na vida divina, a posse de Deus, a união com o Ser Supremo? Este é um ponto fundamental: olha tranqüilamente a vida, não te aborreças nem te preocupes, ou seja, desprende-te de teus complexos, acalma tuas iras. Íntimo e profundo é o influxo do pecado com seu cortejo de tristezas e complexos, fonte de dores e sofrimentos.
A medicina psicossomática canta as belezas do espírito alegre na conquista da saúde. Se o trauma psíquico causa a oclusão da coronária, a neurose da angústia nas enfermidades congênitas do coração e na estenose mitral e outros males, que recurso mais eficaz, que meio mais eficiente a ser difundido do que a vivência da teologia da paz da consciência. Resguardar a saúde é, portanto, deixar de fazer uma propaganda dos preservativos que não preservam de nada e que são um incitamento ao desprezo do sexto e do nono mandamentos da Lei de Deus, aumentando os conflitos interiores. É não promover a bebida alcoólica que leva a uma vida devassa e a uma série de vícios hediondos.
Cumpre levar a mensagem do Evangelho por toda parte, acreditando no testamento de Cristo que é o preceito do amor e fazendo compreender que onde está o amor aí está Deus, conduzindo deste modo os corações à imperturbabilidade, ostentando-lhes os caminhos refulgentes de uma íntima adesão à divindade. É, deste modo que a muitos se aponta o caminho da regeneração, a mensagem da harmonia e ajuda a sarar o corpo, a vivificar o espírito. Apontar aos sofredores a ventura inefável que flui da sublime posse de Deus é auxiliá-los para que os medicamentos produzam mais rapidamente os seus efeitos, lutando sempre para que os poderes públicos zelem pela saúde de todos. Isto será possível quando houver menos corrupção que desvia verbas volumosas e impede que haja melhores hospitais e neles um atendimento digno de pessoas humanas que são tratadas tantas vezes pior que os animais que possuem clínicas especializadas, enquanto seres humanos morrem por falta de atendimento adequado até na porta dos hospitais.
Fonte: Côn José Geraldo Vidigal de Carvalho* |
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