sexta-feira, 9 de julho de 2010

CASO DO GOLEIRO BRUNO

Os jornais hoje gastam horas para falar do caso do goleiro Bruno do Flamengo. Jovem, vitorioso na vida, que se envolveu em um crime que se desenha como um dos mais bárbaros já rodados nos sensacionalistas canais de TV. Não somente os jornais, mas é um assunto que domina as esquinas, o trabalho, reuniões etc. Uns criticam, outros condenam. Enquanto uns desejam sua condenação, outros proferem uma dura sentença. Outros se regozijam por saber que ele perderá tudo que tem, tudo que conquistou. Movidos pela inveja, sentem um pouco de felicidade, pela sua infelicidade, pela sua desgraça. Veja a que ponto chega o coração humano e de quanta miséria carregamos dentro de nós. Não vamos isentá-lo de culpa.
A barbárie com que o ato foi perpetrado é indiscutível. Uma vez provado, claro, deverá ser punido sim, rigorosamente. Mas alguém já parou pra pensar que esse jovem goleiro, carreira promissora, foi tão somente um alvo fácil de ser acertado pelo nosso inimigo? (ver evangelho de hoje). Um jovem que por não vigiar, foi fortemente atingido pelo poder de fogo de satanás. Por não está adequadamente com a armadura, foi alvejado por disparos certeiros em uma região vital. E nós com nosso coração cheio de “justiça” pelo fato de achar que caminhamos, por que rezamos ou achamos que somos bons, falamos: “bem feito por não lembrar que existe um Deus”. Somos muito bons com a língua. O melhor de tudo é que ela queimará nos quinto dos infernos junto com todos que faz mal uso dela. Pena que não a utilizarmos para pedir que um dia esse jovem encontre o amor de Deus, o arrependimento, o perdão e sua conversão.
Não estou aqui querendo bancar o puritano, longe de mim, até porque hoje me sinto o mais miserável dos homens, mas fico triste quando só escuto línguas que professam condenação. Línguas que mostram certa felicidade pela desgraça alheia. Há alegria vê-lo em desgraça, nosso coração se regozija. Quão miserável somos nós. Não estamos isentando-o do crime e nem do ato extremo pelo qual foi praticado, MAS QUEM NOS INCUBIU COMO JUÍZES? Quem nos outorgou o direito de proferir sentenças ou emitir juízos? É duro, é chocante, revoltante eu sei. Mas será que não dar pra sentir misericórdia do ser humano Bruno. Será que não dar pra separar o ato praticado, da pessoa que praticou? Assim como Deus, que não olha para nosso pecado, mas através dele, ver toda a beleza de nossa alma.

Será que não dar pra olhar para aquele jovem, e ver que ele foi flechado por um dardo inflamado do inimigo? Como alguém que não teve uma oportunidade para poder se abrir ao amor de Deus, por existirem pouco trabalhadores como vimos no evangelho de ontem. Porque enquanto muitos deveriam está na messe, anunciando o amor de Deus para que esses fatos não venham mais ocorrer, preferem ficar dizimando ódio, proferindo sentenças e se alegrando com as desgraças de filhos de Deus que podem está se perdendo.
Lembremos que o mundo gira a cada minuto. Hoje o acusamos, o execramos, nos regozijamos pela sua desgraça, mas e se amanhã for um dos nossos filhos ou até nós mesmo? e se amanhã, ele conhecer o arrependimento e poder ter sua salvação enquanto podemos perder a nossa?
Cuidado com o que sente seu coração nessas situações. Se ele se alegra, tenha mais cuidado ainda, pois você pode guardar dentro de você, uma maldade até maior que essa aqui referida. Você pode esconder uma fúria que nem mesmo você sabe. Rezemos e roguemos a Deus, para que bárbaries assim, não se repitam.




Wellington Dantas.

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