A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a
descobrir a presença – discreta, mas eficaz e tranquilizadora – de Deus na
caminhada histórica da Igreja. A promessa de Jesus – “não vos deixarei órfãos”
– pode ser uma boa síntese do tema.
O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer aos homens.
A primeira leitura mostra exatamente a comunidade cristã a dar testemunho da Boa Nova de Jesus e a ser uma presença libertadora e salvadora na vida dos homens. Avisa, no entanto, que o Espírito só se manifestará e só atuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do Pai e de Jesus.
A segunda leitura exorta os crentes – confrontados com a hostilidade do mundo – a terem confiança, a darem um testemunho sereno da sua fé, a mostrarem o seu amor a todos os homens, mesmo aos perseguidores. Cristo, que fez da sua vida um dom de amor a todos, deve ser o modelo que os cristãos têm sempre diante dos olhos.
O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer aos homens.
A primeira leitura mostra exatamente a comunidade cristã a dar testemunho da Boa Nova de Jesus e a ser uma presença libertadora e salvadora na vida dos homens. Avisa, no entanto, que o Espírito só se manifestará e só atuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do Pai e de Jesus.
A segunda leitura exorta os crentes – confrontados com a hostilidade do mundo – a terem confiança, a darem um testemunho sereno da sua fé, a mostrarem o seu amor a todos os homens, mesmo aos perseguidores. Cristo, que fez da sua vida um dom de amor a todos, deve ser o modelo que os cristãos têm sempre diante dos olhos.
LEITURA I – Atos 8,5-8.14-17
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi las e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.
Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram lhes Pedro e João.
Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles.
Então impunham lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo.
Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi las e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.
Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram lhes Pedro e João.
Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles.
Então impunham lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo.
AMBIENTE
Durante os primeiros anos, o cristianismo
praticamente não saiu de Jerusalém: os primeiros sete capítulos do livro dos
Atos dos Apóstolos apresentam-nos a Igreja de Jerusalém e o testemunho dado
pelos primeiros cristãos no espaço restrito da cidade.
Por volta do ano 35, no entanto, desencadeou-se uma perseguição contra os membros da comunidade cristã de Jerusalém. Pode supor-se, com grande probabilidade, que esta perseguição (desencadeada após a morte de Estêvão) não afetou de igual forma todos os membros da comunidade (os apóstolos continuam em Jerusalém), mas dirigiu-se, de forma especial, contra os judeo-helenistas do círculo de Estêvão (os cristãos “hebreus”, que mantêm uma fidelidade relativa à Lei e ao judaísmo, ficam – até nova ordem – ao abrigo da perseguição). Estes, contudo, não se conformaram com uma morte inútil: deixaram Jerusalém e espalharam-se pelas outras regiões da Palestina. Tratou-se de um facto providencial (porque não ver nele a ação do Espírito?), que permitiu a difusão do Evangelho pelas outras regiões palestinas.
A primeira leitura deste domingo fala-nos de Filipe – um dos sete diáconos, do mesmo grupo do mártir Estêvão (cf. Act 6,1-7) – que, deixando Jerusalém foi anunciar o Evangelho aos habitantes da região central da Palestina, a Samaria.
É curioso que a difusão do Evangelho fora de Jerusalém ocorra, precisamente, na Samaria. A Samaria era, para os judeus, uma terra praticamente pagã. Os judeus desprezavam os samaritanos por serem uma mistura de sangue israelita com estrangeiros e consideravam-nos hereges em relação à pureza da fé jahwista. O anúncio do Evangelho aos samaritanos mostra que a Igreja não tem fronteiras e anuncia o passo seguinte: a evangelização do mundo pagão.
Por volta do ano 35, no entanto, desencadeou-se uma perseguição contra os membros da comunidade cristã de Jerusalém. Pode supor-se, com grande probabilidade, que esta perseguição (desencadeada após a morte de Estêvão) não afetou de igual forma todos os membros da comunidade (os apóstolos continuam em Jerusalém), mas dirigiu-se, de forma especial, contra os judeo-helenistas do círculo de Estêvão (os cristãos “hebreus”, que mantêm uma fidelidade relativa à Lei e ao judaísmo, ficam – até nova ordem – ao abrigo da perseguição). Estes, contudo, não se conformaram com uma morte inútil: deixaram Jerusalém e espalharam-se pelas outras regiões da Palestina. Tratou-se de um facto providencial (porque não ver nele a ação do Espírito?), que permitiu a difusão do Evangelho pelas outras regiões palestinas.
A primeira leitura deste domingo fala-nos de Filipe – um dos sete diáconos, do mesmo grupo do mártir Estêvão (cf. Act 6,1-7) – que, deixando Jerusalém foi anunciar o Evangelho aos habitantes da região central da Palestina, a Samaria.
É curioso que a difusão do Evangelho fora de Jerusalém ocorra, precisamente, na Samaria. A Samaria era, para os judeus, uma terra praticamente pagã. Os judeus desprezavam os samaritanos por serem uma mistura de sangue israelita com estrangeiros e consideravam-nos hereges em relação à pureza da fé jahwista. O anúncio do Evangelho aos samaritanos mostra que a Igreja não tem fronteiras e anuncia o passo seguinte: a evangelização do mundo pagão.
MENSAGEM
O nosso texto divide-se em duas partes.
Na primeira parte (vers. 5-8), temos um sumário que resume a atividade missionária de Filipe entre os samaritanos. Filipe pregava “o Messias” – isto é, apresentava aos samaritanos Jesus Cristo e a sua proposta de salvação e de libertação. Diante da interpelação que o Evangelho constituía, os samaritanos “aderiam unanimemente às palavras de Filipe”. Dessa adesão, nascia a comunidade do “Reino”, isto é, começava a aparecer uma comunidade de homens livres, iluminados pela luz libertadora de Jesus, e que possuíam a vida nova de Deus (Lucas descreve esta realidade nova de homens livres e cheios de vida nova, dizendo que os espíritos impuros abandonavam os possessos e que os coxos e paralíticos eram curados). Desta nova realidade brotava uma profunda alegria: a alegria é um dos traços característicos que, na obra de Lucas, acompanha a erupção da comunidade do “Messias”.
Na segunda parte (vers. 14-17), Lucas refere a chegada à Samaria dos apóstolos Pedro e João. Quando a comunidade cristã de Jerusalém soube que a Samaria tinha já acolhido a mensagem de Jesus, despachou para lá Pedro e João em visita de inspeção. Lucas não diz qual a reação de Pedro e João ao constatarem o avanço do Evangelho; apenas refere que os samaritanos, apesar de batizados, ainda não tinham recebido o Espírito Santo. Que significa isto? Provavelmente, significa que a adesão dos samaritanos ao Evangelho era superficial (talvez mais motivada pelos gestos espetaculares que acompanhavam a pregação de Filipe, do que por uma convicção bem fundada) e que não havia ainda, entre eles, uma verdadeira consciência de pertencer a essa grande família de Jesus que é a Igreja universal. Logo que chegaram – refere Lucas – Pedro e João impuseram as mãos aos samaritanos, a fim de que também eles recebessem o Espírito. O Espírito aparece, aqui, como o selo que comprova a pertença dos samaritanos – depois de unidos à Igreja universal e em comunhão com ela – à Igreja de Jesus Cristo.
A mensagem é a seguinte: para que uma comunidade se constitua como Igreja, não basta uma aceitação superficial da Palavra, nem manifestações humanas (por muito impressionantes que sejam). Ao mesmo tempo, é preciso que qualquer comunidade cristã tenha consciência de que não é uma célula autônoma, mas que é convidada a viver a sua fé integrada na Igreja universal, em comunhão com a Igreja universal. Toda a comunidade que quer fazer parte da família de Jesus deve, portanto, acolher a autoridade e buscar o reconhecimento dos pastores da Igreja universal. Só então se manifestará nela o Espírito, a vida de Deus.
Na primeira parte (vers. 5-8), temos um sumário que resume a atividade missionária de Filipe entre os samaritanos. Filipe pregava “o Messias” – isto é, apresentava aos samaritanos Jesus Cristo e a sua proposta de salvação e de libertação. Diante da interpelação que o Evangelho constituía, os samaritanos “aderiam unanimemente às palavras de Filipe”. Dessa adesão, nascia a comunidade do “Reino”, isto é, começava a aparecer uma comunidade de homens livres, iluminados pela luz libertadora de Jesus, e que possuíam a vida nova de Deus (Lucas descreve esta realidade nova de homens livres e cheios de vida nova, dizendo que os espíritos impuros abandonavam os possessos e que os coxos e paralíticos eram curados). Desta nova realidade brotava uma profunda alegria: a alegria é um dos traços característicos que, na obra de Lucas, acompanha a erupção da comunidade do “Messias”.
Na segunda parte (vers. 14-17), Lucas refere a chegada à Samaria dos apóstolos Pedro e João. Quando a comunidade cristã de Jerusalém soube que a Samaria tinha já acolhido a mensagem de Jesus, despachou para lá Pedro e João em visita de inspeção. Lucas não diz qual a reação de Pedro e João ao constatarem o avanço do Evangelho; apenas refere que os samaritanos, apesar de batizados, ainda não tinham recebido o Espírito Santo. Que significa isto? Provavelmente, significa que a adesão dos samaritanos ao Evangelho era superficial (talvez mais motivada pelos gestos espetaculares que acompanhavam a pregação de Filipe, do que por uma convicção bem fundada) e que não havia ainda, entre eles, uma verdadeira consciência de pertencer a essa grande família de Jesus que é a Igreja universal. Logo que chegaram – refere Lucas – Pedro e João impuseram as mãos aos samaritanos, a fim de que também eles recebessem o Espírito. O Espírito aparece, aqui, como o selo que comprova a pertença dos samaritanos – depois de unidos à Igreja universal e em comunhão com ela – à Igreja de Jesus Cristo.
A mensagem é a seguinte: para que uma comunidade se constitua como Igreja, não basta uma aceitação superficial da Palavra, nem manifestações humanas (por muito impressionantes que sejam). Ao mesmo tempo, é preciso que qualquer comunidade cristã tenha consciência de que não é uma célula autônoma, mas que é convidada a viver a sua fé integrada na Igreja universal, em comunhão com a Igreja universal. Toda a comunidade que quer fazer parte da família de Jesus deve, portanto, acolher a autoridade e buscar o reconhecimento dos pastores da Igreja universal. Só então se manifestará nela o Espírito, a vida de Deus.
ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão, considerar os seguintes dados:
• Uma comunidade cristã é uma comunidade onde se
manifesta a comunhão com Jesus e a comunhão com todos os outros irmãos que
partilham a mesma fé. É na comunhão com os irmãos, é no amor partilhado, é na
consciência de que fazemos parte de uma imensa família que caminha animada pela
mesma fé, que se manifesta a vida do Espírito. Cada crente precisa de
desenvolver a consciência de que não é um caso isolado, independente, autónomo:
afirmações como “eu cá tenho a minha fé” não fazem sentido, se traduzem a
vontade de percorrer um caminho à margem da comunidade, sem aceitar
confrontar-se com os irmãos… Cada comunidade precisa de desenvolver a
consciência de que não é um grupo autônomo e sem ligações, mas uma parcela de
uma Igreja universal, chamada a viver na comunhão, na partilha, na
solidariedade com todos irmãos que, em qualquer canto do mundo, partilham a
mesma fé.
• Constitui, para nós, um tremendo desafio a
ação evangelizadora de Filipe… Apesar dos riscos corridos em Jerusalém, Filipe
não desistiu, não sentiu que já tinha feito o possível, não se acomodou; mas
simplesmente partiu para outras paragens a dar testemunho de Jesus. É o mesmo
entusiasmo que nos anima, quando temos de dar testemunho do Evangelho de Jesus?
• O nosso texto deixa claro, ainda, que “Deus
escreve direito por linhas tortas”: de uma situação má (perseguição aos
crentes), nasce a possibilidade de levar a Boa Nova da libertação a outras
comunidades. Às vezes, Deus tem que usar métodos drásticos para nos obrigar a
sair do nosso cantinho cômodo e levar-nos ao compromisso. Muitas vezes, os
aparentes dramas da nossa vida fazem parte dos projetos de Deus. É necessário
aprender a olhar para os acontecimentos da vida com os olhos da fé e aprender a
confiar nesse Deus que, do mal, tira o bem.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 65 (66)
Refrão 1: A terra inteira aclame o Senhor.
Refrão 2: Aleluia.
Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores, dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».
«A terra inteira Vos adore e celebre,entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus, admirável na sua ação pelos homens.
Vinde contemplar as obras de Deus, admirável na sua ação pelos homens.
Todos os que temeis a Deus, vinde e ouvi, vou narrar vos quanto Ele fez por mim.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece, nem me retirou a sua misericórdia.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece, nem me retirou a sua misericórdia.
LEITURA II – 1 Pedro 3,15-18
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos:
Venerai Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança.
Mas seja com brandura e respeito, conservando uma boa consciência,para que, naquilo mesmo em que fordes caluniados,sejam confundidos os que dizem mal do vosso bom procedimento em Cristo.
Mais vale padecer por fazer o bem,se for essa a vontade de Deus,do que por fazer o mal.
Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados
o Justo pelos injustos para nos conduzir a Deus.
Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.
Venerai Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança.
Mas seja com brandura e respeito, conservando uma boa consciência,para que, naquilo mesmo em que fordes caluniados,sejam confundidos os que dizem mal do vosso bom procedimento em Cristo.
Mais vale padecer por fazer o bem,se for essa a vontade de Deus,do que por fazer o mal.
Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados
o Justo pelos injustos para nos conduzir a Deus.
Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.
AMBIENTE
A primeira carta de Pedro tem-nos acompanhado
nos últimos domingos… Por isso, já sabemos que se trata de um texto exortativo,
enviado às comunidades cristãs estabelecidas em certas zonas rurais da Ásia
Menor. Os cristãos que compõem essas comunidades pertencem maioritariamente às
classes menos favorecidas. Apresentam, portanto, um quadro de fragilidade, que
os torna bastante vulneráveis às perseguições que se aproximam.
O objetivo do autor é animar esses cristãos e exortá-los à fidelidade aos compromissos que assumiram com Cristo, no dia do seu Batismo. Para isso, o autor lembra-lhes o exemplo de Cristo, que percorreu um caminho de cruz, antes de chegar à ressurreição.
O objetivo do autor é animar esses cristãos e exortá-los à fidelidade aos compromissos que assumiram com Cristo, no dia do seu Batismo. Para isso, o autor lembra-lhes o exemplo de Cristo, que percorreu um caminho de cruz, antes de chegar à ressurreição.
MENSAGEM
O nosso texto, sempre em tom exortativo, mostra
qual deve ser a atitude dos crentes, confrontados com a hostilidade do mundo.
Como é que os cristãos devem reagir, diante das provocações e das injustiças?
Os cristãos devem, antes de mais, reconhecer nos seus corações a “santidade” de Cristo, que é “o Senhor” (o “Kyrios” – isto é, o próprio Deus, Senhor do mundo e da história). Desse reconhecimento da santidade e da soberania absoluta de Cristo, brota a confiança e a esperança; e, dessa forma, os crentes nada temerão e poderão enfrentar a injustiça e a perseguição (vers. 15a).
Os cristãos devem, também, estar sempre dispostos a apresentar as razões da sua fé e da sua esperança – isto é, a dar testemunho daquilo em que acreditam (vers. 15b). No entanto, devem fazê-lo sem agressividade, com delicadeza, com modéstia, com respeito, com boa consciência, mostrando o seu amor por todos, mesmo pelos seus perseguidores. Dessa forma, os perseguidores ficarão desarmados e sem argumentos; e todos perceberão mais facilmente de que lado está a verdade e a justiça (vers. 16).
Os cristãos devem, ainda, em qualquer circunstância – mesmo diante do ódio e da hostilidade dos perseguidores – preferir fazer o bem do que fazer o mal (vers. 17).
O autor da carta remata a sua exortação, apresentando aos crentes a razão fundamental pela qual os crentes devem agir desta forma tão “ilógica”: o próprio “Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus” (vers. 18a). Ora, se Cristo propiciou, mesmo aos injustos, a salvação, também os cristãos devem dar a vida e fazer o bem, mesmo quando são perseguidos e sofrem.
Aliás, esse caminho de dom da vida não é um caminho de fracasso e de morte: Cristo, que morreu pelos injustos, voltou à vida pelo Espírito; por isso, os cristãos que fizerem da vida um dom – como Cristo – também ressuscitarão.
Os cristãos devem, antes de mais, reconhecer nos seus corações a “santidade” de Cristo, que é “o Senhor” (o “Kyrios” – isto é, o próprio Deus, Senhor do mundo e da história). Desse reconhecimento da santidade e da soberania absoluta de Cristo, brota a confiança e a esperança; e, dessa forma, os crentes nada temerão e poderão enfrentar a injustiça e a perseguição (vers. 15a).
Os cristãos devem, também, estar sempre dispostos a apresentar as razões da sua fé e da sua esperança – isto é, a dar testemunho daquilo em que acreditam (vers. 15b). No entanto, devem fazê-lo sem agressividade, com delicadeza, com modéstia, com respeito, com boa consciência, mostrando o seu amor por todos, mesmo pelos seus perseguidores. Dessa forma, os perseguidores ficarão desarmados e sem argumentos; e todos perceberão mais facilmente de que lado está a verdade e a justiça (vers. 16).
Os cristãos devem, ainda, em qualquer circunstância – mesmo diante do ódio e da hostilidade dos perseguidores – preferir fazer o bem do que fazer o mal (vers. 17).
O autor da carta remata a sua exortação, apresentando aos crentes a razão fundamental pela qual os crentes devem agir desta forma tão “ilógica”: o próprio “Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus” (vers. 18a). Ora, se Cristo propiciou, mesmo aos injustos, a salvação, também os cristãos devem dar a vida e fazer o bem, mesmo quando são perseguidos e sofrem.
Aliás, esse caminho de dom da vida não é um caminho de fracasso e de morte: Cristo, que morreu pelos injustos, voltou à vida pelo Espírito; por isso, os cristãos que fizerem da vida um dom – como Cristo – também ressuscitarão.
ATUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, os seguintes pontos:
• Mais uma vez (tem sido um tema que tem
aparecido, volta não volta, na liturgia deste tempo pascal), põe-se-nos o
problema do sentido de uma vida feita dom e entrega aos outros, até à morte
(sobretudo se esses “outros” são os nossos perseguidores e detratores). É
possível “dar o braço a torcer” e triunfar? O amor e o dom da vida não serão
esquemas de fragilidade, que não conduzem senão ao fracasso? Esta história de o
amor ser o caminho para a felicidade e para a vida plena não será uma desculpa
dos fracos? Não – responde a Palavra de Deus que nos é proposta. Reparemos no
exemplo de Cristo: Ele deu a vida pelos pecadores e pelos injustos e encontrou,
no final do caminho, a ressurreição, a vida plena.
• Diante das dificuldades, das propostas
contrárias aos valores cristãos, é em Cristo – o Senhor da vida, do mundo e da
história – que colocamos a nossa confiança e a nossa esperança? Ou é noutros
esquemas mais materiais, mais imediatos, mais lógicos, do ponto de vista
humano?
• Diante dos ataques – às vezes incoerentes e
irracionais – daqueles que não concordam com os valores de Jesus, como nos
comportamos? Com a mesma agressividade com que nos tratam? Com a mesma
intolerância dos nossos adversários? Tratando-os com a lógica do “olho por
olho, dente por dente”? Como é que Jesus tratou aqueles que o condenaram e
mataram?
ALELUIA – Jo 14,23
Aleluia. Aleluia.
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.
Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.
EVANGELHO – João 14,15-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo
São João.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor, para estar sempre convosco: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece,
mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver Me eis, porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama.
E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor, para estar sempre convosco: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece,
mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver Me eis, porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama.
E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
AMBIENTE
Continuamos no mesmo contexto em que nos
colocava o Evangelho do passado domingo. A decisão de matar Jesus já está
tomada pelas autoridades judaicas e Jesus sabe-o. A morte na cruz é mais do que
uma probabilidade: é o cenário imediato.
Nessa noite de quinta-feira do ano trinta, na véspera da sua morte na cruz, Jesus reuniu-Se com os seus discípulos numa “ceia”. No decurso da “ceia”, Jesus despediu-Se dos discípulos e fez-lhes as últimas recomendações. As palavras de Jesus soam a “testamento final”: Ele sabe que vai partir para o Pai e que os discípulos vão continuar no mundo. Jesus fala-lhes, então, do caminho que percorreu (e que ainda tem de percorrer, até à consumação da sua missão e até chegar ao Pai); e convida os discípulos a seguir o mesmo caminho de entrega a Deus e de amor radical aos irmãos. É seguindo esse “caminho” que eles se tornarão Homens Novos e que chegarão a ser “família de Deus” (cf. Jo 14,1-12).
Os discípulos, no entanto, estão inquietos e desconcertados. Será possível percorrer esse “caminho” se Jesus não caminhar ao lado deles? Como é que eles manterão a comunhão com Jesus e como receberão d’Ele a força para doar, dia a dia, a própria vida?
Nessa noite de quinta-feira do ano trinta, na véspera da sua morte na cruz, Jesus reuniu-Se com os seus discípulos numa “ceia”. No decurso da “ceia”, Jesus despediu-Se dos discípulos e fez-lhes as últimas recomendações. As palavras de Jesus soam a “testamento final”: Ele sabe que vai partir para o Pai e que os discípulos vão continuar no mundo. Jesus fala-lhes, então, do caminho que percorreu (e que ainda tem de percorrer, até à consumação da sua missão e até chegar ao Pai); e convida os discípulos a seguir o mesmo caminho de entrega a Deus e de amor radical aos irmãos. É seguindo esse “caminho” que eles se tornarão Homens Novos e que chegarão a ser “família de Deus” (cf. Jo 14,1-12).
Os discípulos, no entanto, estão inquietos e desconcertados. Será possível percorrer esse “caminho” se Jesus não caminhar ao lado deles? Como é que eles manterão a comunhão com Jesus e como receberão d’Ele a força para doar, dia a dia, a própria vida?
MENSAGEM
No entanto, Jesus garante aos discípulos que não
os deixará sós no mundo. Ele vai para o Pai; mas vai encontrar forma de
continuar presente e de acompanhar, a par e passo, a caminhada dos seus
discípulos.
É preciso, no entanto, que os discípulos continuem a seguir Jesus, a manifestar a sua adesão a Ele, a amá-l’O (o amor será o culminar dessa caminhada de adesão e de seguimento). A consequência desse amor é o cumprir os mandamentos que Jesus deixou. Nesse caso, os mandamentos deixam de ser normas externas que é preciso cumprir, para se tornarem a expressão clara do amor dos discípulos e da sua sintonia com Jesus (vers. 15).
Como é que Jesus vai estar presente ao lado dos discípulos, dando-lhes a coragem para percorrer “o caminho” do amor e do dom da vida?
Jesus fala no envio do “Paráclito”, que estará sempre com os discípulos (vers. 16). A palavra grega “paráklêtos”, utilizada por João, pertence ao vocabulário jurídico e designa, nesse contexto, aquele que ajuda ou defende o acusado. Pode, portanto, traduzir-se como “advogado”, “auxiliar”, “defensor”. A partir daqui, pode deduzir-se, também, quer o sentido de “consolador”, quer o sentido de “intercessor”. No Novo Testamento, a palavra só aparece em João, onde é usada quer para designar o Espírito (cf. Jo 14,26; 15,26; 16,7), quer o próprio Jesus (que no céu, cumpre uma missão de intercessão – cf. 1 Jo 2,1).
O “Paráclito” que Jesus vai enviar é o Espírito Santo – apresentado aqui como o “Espírito da Verdade” (vers. 17). Enquanto esteve com os discípulos, Jesus ensinou-os, protegeu-os, defendeu-os; mas, a partir de agora, será o Espírito que ensinará e cuidará da comunidade de Jesus. O Espírito desempenhará, neste contexto, um duplo papel: em termos internos, conservará a memória da pessoa e dos ensinamentos de Jesus, ajudando os discípulos a interpretar esses ensinamentos à luz dos novos desafios; por outro, dará segurança aos discípulos, guiá-los-á e defendê-los-á quando eles tiverem de enfrentar a oposição e a hostilidade do mundo. Em qualquer dos casos, o Espírito conduzirá essa comunidade em marcha pela história, ao encontro da verdade, da liberdade plena, da vida definitiva.
Depois de garantir aos discípulos o envio do “Paráclito”, Jesus reafirma aos discípulos que não os deixará “órfãos” no mundo. A palavra utilizada (“órfãos”) é muito significativa: no Antigo Testamento, o “órfão” é o protótipo do desvalido, do desamparado, do que está totalmente à mercê dos poderosos e que é a vítima de todas as injustiças. Jesus é claro: os seus discípulos não vão ficar indefesos, pois Ele vai estar ao lado deles.
É verdade que Ele vai deixar o mundo, vai para o Pai. O “mundo” deixará de vê-l’O, pois Ele não estará fisicamente presente. No entanto, os discípulos poderão “vê-l’O” (“contemplá-l’O”): eles continuarão em comunhão de vida com Jesus e receberão o Espírito que lhes transmitirá, dia a dia, a vida de Jesus ressuscitado (vers. 18-19).
Nesse dia (o dia em que Jesus for para o Pai e os discípulos receberem o Espírito), a comunidade descobrirá – por acção do Espírito – que faz parte da família de Deus (vers. 20-21). Jesus identifica-Se com o Pai, por ter o mesmo Espírito; os discípulos identificam-se com Jesus, por ação do Espírito. A comunidade cristã está unida com o Pai, através de Jesus, numa experiência de unidade e de comunhão de vida entre Deus e o homem. Nesse dia, a comunidade será a presença de Deus no mundo: ela e cada membro dela convertem-se em morada de Deus, o espaço onde Deus vem ao encontro dos homens. Na comunidade dos discípulos e através dela, realiza-se a acção salvadora de Deus no mundo.
É preciso, no entanto, que os discípulos continuem a seguir Jesus, a manifestar a sua adesão a Ele, a amá-l’O (o amor será o culminar dessa caminhada de adesão e de seguimento). A consequência desse amor é o cumprir os mandamentos que Jesus deixou. Nesse caso, os mandamentos deixam de ser normas externas que é preciso cumprir, para se tornarem a expressão clara do amor dos discípulos e da sua sintonia com Jesus (vers. 15).
Como é que Jesus vai estar presente ao lado dos discípulos, dando-lhes a coragem para percorrer “o caminho” do amor e do dom da vida?
Jesus fala no envio do “Paráclito”, que estará sempre com os discípulos (vers. 16). A palavra grega “paráklêtos”, utilizada por João, pertence ao vocabulário jurídico e designa, nesse contexto, aquele que ajuda ou defende o acusado. Pode, portanto, traduzir-se como “advogado”, “auxiliar”, “defensor”. A partir daqui, pode deduzir-se, também, quer o sentido de “consolador”, quer o sentido de “intercessor”. No Novo Testamento, a palavra só aparece em João, onde é usada quer para designar o Espírito (cf. Jo 14,26; 15,26; 16,7), quer o próprio Jesus (que no céu, cumpre uma missão de intercessão – cf. 1 Jo 2,1).
O “Paráclito” que Jesus vai enviar é o Espírito Santo – apresentado aqui como o “Espírito da Verdade” (vers. 17). Enquanto esteve com os discípulos, Jesus ensinou-os, protegeu-os, defendeu-os; mas, a partir de agora, será o Espírito que ensinará e cuidará da comunidade de Jesus. O Espírito desempenhará, neste contexto, um duplo papel: em termos internos, conservará a memória da pessoa e dos ensinamentos de Jesus, ajudando os discípulos a interpretar esses ensinamentos à luz dos novos desafios; por outro, dará segurança aos discípulos, guiá-los-á e defendê-los-á quando eles tiverem de enfrentar a oposição e a hostilidade do mundo. Em qualquer dos casos, o Espírito conduzirá essa comunidade em marcha pela história, ao encontro da verdade, da liberdade plena, da vida definitiva.
Depois de garantir aos discípulos o envio do “Paráclito”, Jesus reafirma aos discípulos que não os deixará “órfãos” no mundo. A palavra utilizada (“órfãos”) é muito significativa: no Antigo Testamento, o “órfão” é o protótipo do desvalido, do desamparado, do que está totalmente à mercê dos poderosos e que é a vítima de todas as injustiças. Jesus é claro: os seus discípulos não vão ficar indefesos, pois Ele vai estar ao lado deles.
É verdade que Ele vai deixar o mundo, vai para o Pai. O “mundo” deixará de vê-l’O, pois Ele não estará fisicamente presente. No entanto, os discípulos poderão “vê-l’O” (“contemplá-l’O”): eles continuarão em comunhão de vida com Jesus e receberão o Espírito que lhes transmitirá, dia a dia, a vida de Jesus ressuscitado (vers. 18-19).
Nesse dia (o dia em que Jesus for para o Pai e os discípulos receberem o Espírito), a comunidade descobrirá – por acção do Espírito – que faz parte da família de Deus (vers. 20-21). Jesus identifica-Se com o Pai, por ter o mesmo Espírito; os discípulos identificam-se com Jesus, por ação do Espírito. A comunidade cristã está unida com o Pai, através de Jesus, numa experiência de unidade e de comunhão de vida entre Deus e o homem. Nesse dia, a comunidade será a presença de Deus no mundo: ela e cada membro dela convertem-se em morada de Deus, o espaço onde Deus vem ao encontro dos homens. Na comunidade dos discípulos e através dela, realiza-se a acção salvadora de Deus no mundo.
ATUALIZAÇÃO
A reflexão e atualização da Palavra podem
fazer-se a partir dos seguintes desenvolvimentos:
• A paixão de Jesus continua a acontecer, todos
os dias, na vida de cada um de nós e na vida de tantos irmãos nossos.
Sentimo-nos impotentes face à guerra e ao terrorismo; não conseguimos prever e
evitar as catástrofes naturais; sofremos por causa da injustiça e da opressão;
vemos o mundo construir-se de acordo com critérios de egoísmo e de
materialismo; não podemos evitar a doença e a morte… Acreditamos no “Reino de
Deus”, mas ele parece nunca mais chegar, e caminhamos, desanimados e
frustrados, para um futuro que não sabemos aonde conduzirá a humanidade. No
entanto, nós os crentes temos razões para ter esperança: Jesus garantiu-nos que
não nos deixaria órfãos e que estaria sempre a nosso lado. Na minha leitura do
mundo e da história, o que é que prevalece: o pessimismo de quem se sente só e
perdido no meio de forças de morte, ou a esperança de quem está seguro de que
Jesus ressuscitado continua presente, a acompanhar a caminhada da sua
comunidade pela história?
• O “caminho” que Jesus propõe aos seus discípulos
(o “caminho” do amor, do serviço, do dom da vida) parece, à luz dos critérios
com que a maior parte dos homens do nosso tempo avaliam estas coisas, um
caminho de fracasso, que não conduz nem à riqueza, nem ao poder, nem ao êxito
social, nem ao bem estar material – afinal, tudo o que parece dar verdadeiro
sabor à vida dos homens do nosso tempo. No entanto, Jesus garantiu-nos que era
no caminho do amor e da entrega que encontraríamos a vida nova e definitiva. Na
minha leitura da vida e dos seus valores, o que é que prevalece: o pessimismo
de alguém que se sente fraco, indefeso, humilde e que vai passar ao lado das
grandes experiências que fazem felizes os grandes do mundo, ou a esperança de
alguém que se identifica com Jesus e sabe que é nesse “caminho” de amor e de
dom da vida que se encontra a felicidade plena e a vida definitiva?
• Jesus garantiu aos seus discípulos o envio de
um “defensor”, de um “consolador”, que havia de animar a comunidade cristã e
conduzi-la ao longo da sua marcha pela história. Nós acreditámos, portanto, que
o Espírito está presente, animando-nos, conduzindo-nos, criando vida nova,
dando esperança aos crentes em caminhada. Quais são as manifestações do
Espírito que eu vejo na vida das pessoas, nos acontecimentos da história, na vida
da Igreja?
• A comunidade cristã, identificada com Jesus e
com o Pai, animada pelo Espírito, é o “templo de Deus”, o lugar onde Deus
habita no meio dos homens. Através dela, o Deus libertador continua a
concretizar o seu projeto de salvação. A Igreja é, hoje, o lugar onde os
homens encontram Deus? Ela dá testemunho (em gestos de amor, de serviço, de
humanidade, de liberdade, de compreensão, de perdão, de tolerância, de
solidariedade para com os pobres) do Deus que quer oferecer aos homens a
salvação? O que é que nos falta – a nós, “família de Deus” – para sermos
verdadeiros sinais de Deus no meio dos homens?
Dehonianos
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